De vez em quando, interrompo a série de posts sobre assuntos irrelevantes, para falar das coisas que realmente importam, dos grandes problemas da humanidade. Como por exemplo, a questão da produção de vinho rosé. Existem dois caminhos para produzí-lo. Ou melhor, existe um método de produção e outro de imitação.
O primeiro é o tradicional, seguido pelos produtores franceses (Provence, por excelência), através de um processo intermediário entre o do vinho branco e do tinto. O desafio é pegar o máximo do que as uvas tintas ofecem, mas sem a cor. Uvas como grenache, cinsault, etc.
O outro é a simples mistura de vinhos tintos e brancos. Graças às suas evidentes vantagens econômicas, foi adotado no novo mundo do vinho: EUA, Austrália e África do Sul.
Se a indústria vinícola francesa quer defender a tradição do bom e autêntico rosé, outros países europeus estão desistindo desta concorrência injusta. A União Européia quer regulamentar a mistura. Este tipo de debate é quente por aqui. Deram azar, pois a crise, o G20, a OTAN e tantas outras coisas têm ofuscado a manifestação dos produtores de rosé. Dá-lhe José Bové!
Enfim, é a mesma sina dos bons queijos, chocolates e tantas outras especialidades. O mercado é dominado pelos produtos mais competitivos. Aos melhores, um nicho.
Foto: Visão do topo da cidade de Saint-Bonnet-le-Château, no Loire.
Confúcio disse: "Três são os caminhos da sabedoria. A reflexão é o mais nobre. A imitação é o mais fácil. E o caminho da vivência é o mais amargo."
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