Pude
acompanhar as críticas à campeã do Carnaval carioca, que se vendeu para uma
ditadura africana. O evento em si, lamentável para a cultura brasileira, está
longe de ser um fenômeno isolado.
Na esteira do último post, sabemos que o dinheiro sujo está em todo lugar. Dinheiro de
ditadores, terroristas, traficantes e corruptos acabam refugiando-se nos
esportes, nos espetáculos e no capital de empresas de todos os tipos.
Como todos querem
trabalhar com dinheiro “limpo”, o mercado financeiro encarrega-se da sua
transformação. O “caixa dois” vira fundo de investimentos. Os receptores de propina, sérios empreendedores.
Viva a Suíça! Viva Dubai!
Depois dos
atentados parisienses de janeiro, a eterna dúvida voltou. Quem está por trás do
terrorismo islâmico? Os terroristas não são lunáticos agindo por conta própria.
Recebem treinamento, material e apoio logístico de uma poderosa organização.
Arábia
Saudita e Catar, por exemplo, são dois dos Estados suspeitos de financiar esse
terrorismo. Evidentemente, não há provas conclusivas. Qualquer chefe de
Casa Civil de República de Banana sabe montar um esquema para disfarçar os
fluxos da corrupção.
Os dois
países em questão são grandes aliados do Ocidente. Boa parte do dinheiro do
petróleo volta para o Ocidente como participações em empresas, aquisições
imobiliárias ou títulos da dívida pública. São centenas de bilhões de dólares. Diante
dessa quantia, talvez seja melhor não fazer perguntas complicadas.
O dilema do
Ocidente diante da Arábia, guardada as devidas proporções, é o mesmo vivido por
inúmeras pessoas e organizações que, lutando pela sobrevivência, acabam fazendo concessões. Ou no popular,“fechando os olhos”.
Resta à
sociedade, “abrir os olhos”. A briga por um mundo mais justo e menos submetido a interesses escusos deve ser permanente.
Devemos ajustar as regras, criar novas leis, revogar concorrências, cassar
políticos, boicotar organizações, clamar pela ética, etc. E, quando nada
funcionar, uma sonora vaia. Dilma e
Beija-Flor que o digam.
Foto: O
tapete de flores da Grand Place de Bruxelas, por ocasião da celebração de
Assunção, no último 15 de agosto.
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