Páginas do Fernando Birman

Tuesday, July 21, 2020

Viajante



Já falei sobre muitas coisas neste blog e minhas viagens estão entre os temas recorrentes. Até mesmo a proposta de ilustrar cada post com uma fotografia tirada em algum lugar do mundo mantém a ligação deste blog com as viagens.

Graças à longa pausa deste blogueiro, acumulei um estoque de fotos capaz de ilustrar milhares de novos posts. No entanto, a minha maior inquietude é se e quando vamos voltar a viajar.

Por um golpe de sorte, comecei o ano com umas boas férias. Voltei ao Brasil quando o epicentro da pandemia se instalava na Europa e a situação saía do controle na Itália. Foi por pouco!

Não faltam ideias e convites de viagem para o próximo ano. Também não faltam dúvidas: será seguro? teremos vacinas? os brasileiros serão aceitos sem restrições? Acredito também que o setor aéreo passe por uma tremenda reestruturação, impactando nossos hábitos de turismo.

Minhas viagens pessoais e profissionais dos últimos vinte anos simbolizam um pouco desse mundo anterior à pandemia. Viagens para lá e para cá, malas quase sempre prontas, passaporte na mão, etc.

No começo, tudo parece charmoso. Acumulam-se milhas, sobe-se na hierarquia da fidelidade das companhias aéreas, hotéis, locadoras e trens. Mas quando você começa a reconhecer os comissários de bordo e ser tratado pelo nome em todo lugar, talvez já tenha viajado demais.

Enfim, aquela época em que cruzávamos o planeta para uma simples reunião pode ter acabado.  Deixei claro neste blog que sou contra um movimento brusco das empresas para acabar com seus escritórios e ficarem no 100% virtual. Já com relação às viagens, acredito que usar e abusar das telecomunicações parece razoável. Mesmo que seja apenas pelo bem do planeta.


Foto: Voltando à Viena, o majestoso palácio de Schönbrunn, residência de verão principal dos Habsburgos, de meados do século XVIII até o final da Segunda Guerra. 



2 comments:

  1. Concordo. Aquelas viagens vai-e-volta não faziam muito sentido - mesmo desconsiderando o impacto ambiental e os riscos atuais com a pandemia.

    Sinto falta de congresso. Ficar alguns dias, conversar com os colegas espalhados pelo mundo, visitar um cidade nova, tem atrativos.

    E também havia os participantes que corriam para dar sua palestra e fugiam no mesmo dia. Para quê servia isso, além de poluir e levar germes para passear, nunca descobri.

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  2. Convenções (intra empresa) também serão necessárias para compensar o excesso de home office e permitir que os colegas se encontrem, troquem ideias, trabalhem juntos sobre alguns assuntos, etc. Senão, teremos aquele quadro que comentei há algum tempo.

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