tag:blogger.com,1999:blog-28803926743526455732024-02-20T02:19:30.050-08:00Blog do Fernando Birmanfbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.comBlogger576125tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-35157168992066684232021-04-07T17:46:00.004-07:002021-04-08T05:02:34.997-07:00A trágica sina de uma pátria malandra<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZHb-mZLqYxg/YG5Q71JAmRI/AAAAAAABGvw/3coJbCXu488TvBwmERsgyDjJHgpDtcNoACNcBGAsYHQ/s2048/20200226_171629.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZHb-mZLqYxg/YG5Q71JAmRI/AAAAAAABGvw/3coJbCXu488TvBwmERsgyDjJHgpDtcNoACNcBGAsYHQ/w400-h300/20200226_171629.jpg" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal">O recente episódio da vacinação clandestina de políticos e
empresários mineiros é muito emblemático. A malandragem brasileira talvez tenha
ido longe demais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em quase todo o mundo, a guerra contra a Covid-19 exigiu que
os Estados assumissem a distribuição das vacinas, definindo critérios para
estabelecer a ordem em que seus cidadãos recebem as suas doses. Isso vale até mesmo
para países sem tradição de grandes campanhas de vacinação universal. Pois é, o Brasil, uma referência no assunto, virou motivo de chacota.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A discussão sobre a abertura de frentes de vacinação
paralelas não vingou em quase nenhum país. No Brasil, a expectativa pelo fura
fila é enorme. Entretanto, pior do que discuti-lo é partir para o ato, como no
caso da ação clandestina de Belo Horizonte.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A essa altura, todo mundo sabe do ocorrido. Os malandros que
passaram a perna no esforço nacional de vacinação foram enganados por uma outra
trapaceira, que não era enfermeira e nem aplicava vacinas.<b> Os malandros se dão
bem até encontrarem malandros melhores.</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Todos os leitores têm suas histórias para contar sobre a
nossa malandragem patológica, que possui ligações umbilicais com a corrupção na
política e a criminalidade comum. Apenas para exemplificar, há poucos meses,
num mesmo final de semana, senti essa delinquência nacional de perto: <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">1) Normalmente, uso aplicativos para comprar refeições (delivery). Nesse dia, decidi contatar o restaurante, que enviou seu motoqueiro
com a maquininha. Fui ao seu encontro para pegar a encomenda e pagar com o
cartão. Encurtando a história: o motoboy usou a sua própria maquininha, passou
meu cartão e fugiu. Enganou a mim e ao restaurante de uma vez só. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">2) No mesmo dia, minha esposa mostrou uma daquelas falsas campanhas concebidas para o sequestro da conta Whatsapp. Apesar da bela peça publicitária, ela estava atenta. Quando recebeu a mensagem com o tão desejado código
do Whatsapp, a ficha caiu. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">3) No dia seguinte, abasteci o carro no posto de sempre.
Quando o tanque já estava pela metade, estranhei os frentistas. O posto guardou
as cores verde e amarela, embora não fosse mais da Petrobrás. Mudaram a
bandeira e ficaram na moita atraindo os incautos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E assim vai. São inúmeros eventos sucessivos. Para evitar ser
surrupiado ou sofrer algum golpe, melhor não se distrair por um segundo. <b>O Brasil
não é para amadores</b>. Essa associação de corrupção, criminalidade e malandragem
faz com que muitos dos nossos amigos lá fora desistam de voltar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Enfim, gostaria de conhecer as respostas para este mistério
brasileiro. Talvez aqueles que acreditam na roubalheira generalizada, até por
fazer parte dela, sentem-se no direito de explorar o próximo. Afinal, ladrão
que rouba ladrão... <b>É a trágica sina de uma pátria malandra.</b></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foto: Uma outra tomada da Plaza Mayor, em Madrid. O inverno
de 2020 foi bem camarada.<o:p></o:p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-65634478658518046782021-03-14T06:53:00.005-07:002021-03-14T07:05:39.490-07:00Para salvar o Brasil dos políticos do amanhã<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-wbeKCcusEiM/YE4U4wCSKOI/AAAAAAABGmU/Es7opG5jqoo41XUlg5VrfY3vVEZvAOaxwCNcBGAsYHQ/s2048/20200226_152229.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-wbeKCcusEiM/YE4U4wCSKOI/AAAAAAABGmU/Es7opG5jqoo41XUlg5VrfY3vVEZvAOaxwCNcBGAsYHQ/w400-h300/20200226_152229.jpg" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal">Nos meus poucos textos sobre política, a intenção é de
construir alguma coisa, mostrar uma perspectiva alternativa ou fazer uma
interpretação dos fatos. Nunca uso esta ferramenta para desabafar ou transmitir
qualquer mensagem contrária aos interesses nacionais. Aliás, se quiser
desabafar, uso o Twitter.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esta semana foi bastante movimentada na política nacional. Na
fase mais terrível da pandemia, o STF centralizou as atenções com a anulação
das condenações do Lula e o julgamento sobre o juiz Sérgio Moro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>A Lava Jato já estava nocauteada</b>. O destino do juiz é
apenas a cereja do bolo para muitos, entre os quais, o Lula. Existem várias
possibilidades em relação ao futuro das duas personalidades, o que não muda a
minha conclusão<b>. A questão não deve ser quem foi punido ou deixou de ser
punido pela famigerada operação, mas se teremos uma política bandida para
sempre.</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Deixando as nossas eventuais preferências de lado, parto das
seguintes premissas: 1) A corrupção em todas as instâncias de governo do Brasil
é generalizada; 2) A impunidade impera; 3) A Lava Jato, que parecia poder mudar
este quadro desalentador, sempre esteve longe de ser um consenso entre
juristas, principalmente pelos deslizes apontados pelo STF, que, mais cedo ou
mais tarde, anulariam todas as condenações.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando a gente critica um ministro do STF por ser “garantista”,
não é ele que está errado, são as leis e a constituição! <b>Temos que
modernizar nosso aparato legal para adaptá-lo à criminalidade do colarinho
branco do século XXI.</b> Tudo evolui, em especial o mundo das finanças e
tecnologia, propiciando inúmeras situações imprevistas pelas leis antigas,
válvulas de escape para o dinheiro sujo e outras circunstâncias amorais. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não vou julgar ninguém nesse post, pois <b>todos os
corruptos estão por aí, livres, leves e soltos.</b> A nossa geração produziu a
Lava Jato, que bateu na trave, mas não fez gol. <b>Precisamos pensar em
proteger o Brasil das próximas gerações</b>. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nas últimas eleições, promovemos uma boa renovação do
Congresso. Ainda insuficiente. Apesar dos poucos gatos pingados defendendo a
pauta anticorrupção, ainda há um grande grupo de rabo preso. Só uma renovação
brutal dos parlamentares salva o Brasil. Ela vai acontecer de qualquer jeito e é
imprescindível acelerá-la.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="http://fbirnotes.blogspot.com/2020/06/2022-e-agora.html">A campanha 2022
já começou</a>. A disputa presidencial costuma fazer barulho e capturar toda a
atenção. <b>Porém, no nosso presidencialismo moreno, o Congresso tem muito peso</b>.
A despeito dos seus muitos representantes indignos para a função, tem sido um freio
para as loucuras presidenciais. É desnecessário relembrar os governos Dilma,
Temer e Bolsonaro, todos distantes da unanimidade nacional.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Enfim, devemos deixar nossos bandidos de estimação de lado e
desejar que as próximas gerações se libertem da discussão de quem rouba mais. <b>Os
bandidos de hoje não pagarão pelos seus crimes e o caminho para a correção
passa pelo Congresso.</b> Voltarei a este assunto em 2022. Só adiantei a
reflexão, pois o clima pré-campanha ficou repentinamente aquecido. O debate e o
desafio são bons para o Brasil, mas a disputa presidencial não é tudo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;">Leitura complementar:</span></p><p class="MsoNormal"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2020/06/2022-e-agora.html">2022 é agora</a> - Post de junho de 2020 </p><p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"><br /></span></p>
<p class="MsoNormal">Foto: Plaza Mayor (Madrid, Espanha). Felizmente, consegui
fazer esta viagem de férias no começo de 2020. Voltei poucos dias antes do
confinamento.<o:p></o:p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-80451192654756052002021-03-04T12:50:00.002-08:002021-03-05T04:00:07.318-08:00Triste fim de um estimado grupo de Whatsapp<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhURa0pkoeRHBRkQkQpPceCtQLYSO1DIXAuITnH-c0gFa39YQ1eqOs8RbXvOsrRQG2El65uCKB5w8eNXz9dhULiMW7qIX6kKlK7vqSbtjXWg0v8cWtJ1ASvgQJf8e3ZbzC6Wmh03GZh0nE/s2048/20200206_101442.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhURa0pkoeRHBRkQkQpPceCtQLYSO1DIXAuITnH-c0gFa39YQ1eqOs8RbXvOsrRQG2El65uCKB5w8eNXz9dhULiMW7qIX6kKlK7vqSbtjXWg0v8cWtJ1ASvgQJf8e3ZbzC6Wmh03GZh0nE/w400-h300/20200206_101442.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Tem sido interessante observar a evolução dos diversos
grupos de Whatsapp ao longo dos últimos meses. Desde as últimas eleições
talvez. A famigerada <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2020/09/polarizacao.html">polarização</a> destruiu
qualquer espírito de camaradagem e, muitas vezes, a própria harmonia familiar.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tiveram mais sorte os grupos temáticos (e.g. futebol, vinho
ou filmes) e aqueles estritamente profissionais. Mesmo nesses últimos, de vez em quando, escapa uma provocaçãozinha, merecedora de reprimenda instantânea.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>Discutir política é absolutamente necessário, ao
contrário do que preconiza a sabedoria popular brasileira</b>. Faz parte do
processo democrático e é essencial para a elaboração da nossa visão de país, para
a conciliação em torno das grandes prioridades e para a avaliação dos nossos
representantes e instituições.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Reconheço que a armadilha da polarização tem impedido as
boas conversas. Com os ânimos tão acirrados, insistir no diálogo é desgastante.
<b>Exercendo a cidadania, proporcionamos a cizânia</b>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tentei classificar o comportamento dos grupos de Whatsapp remanescentes
conforme a sua estratégia de sobrevivência:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="color: #2b00fe;">“O silêncio dos inocentes”</span>:</b> Continuam com um monte de
gente, que quase não se manifesta. Foram dominados por aquela minoria
barulhenta, defensora de uma bandeira política.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="color: #2b00fe;">“As patricinhas de Beverly Hills”</span>:</b> Tem boa
participação, mas faz um grande esforço para ficar nas amenidades e preservar
as amizades. Quando surge uma discussão mais contundente, o pessoal esfria e
volta à normalidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;"><b>“Feios, sujos e malvados</b>”</span>: É o grupo de confronto, se
é que sobrou algum deles. É ataque vindo de todos os lados. Mesmo sendo quase
tudo fake news, o objetivo é manter o outro sob pressão constante. Vale tudo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b><span style="color: #2b00fe;">“Turma da Mônica”</span>:</b> Para fugir dos grupos acima,
criaram-se inúmeros grupos menores, onde os verdadeiros amigos podem interagir num
clima de respeito mútuo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;"><b>“O grande ditador</b>”</span>: Espero que o leitor não participe
de algum grupo desses. Na prática, não é um grupo, mas um órgão de divulgação. É
de onde pessoas próximas da política disparam as informações privilegiadas, ou
seja, fake news fresquinhas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Se o leitor conhecer algum outro tipo de grupo, compartilhe!
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;">Leitura complementar:</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2020/08/foi-por-dinheiro.html">Foi por
dinheiro</a> - Um post de agosto de 2020<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2020/09/polarizacao.html">Polarização</a> - Um post de setembro de 2020<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foto: Para fechar esta sequência latino-americana, uma foto
do Jardim Japonês de Buenos Aires (2020).<o:p></o:p></p><br /><p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-13631311074595881302021-02-27T11:50:00.005-08:002021-02-27T11:51:19.191-08:00Clubhouse, um mês depois<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-1v30mdmfuwc/YDqiCO8NQqI/AAAAAAABGd4/lnidBucAZJ8QmYjIcbbobxMrudicSBTWQCNcBGAsYHQ/s5472/IMG_3412.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-1v30mdmfuwc/YDqiCO8NQqI/AAAAAAABGd4/lnidBucAZJ8QmYjIcbbobxMrudicSBTWQCNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_3412.JPG" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal">Aconteceu o que eu esperava. Vários grupos passaram do
Whatsapp para o Telegram e acabei esquecendo deles. Menos distrações por um
lado, alguma perda de informação por outro. No geral, foi positivo como eu
esperava.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><b>Distração mesmo foi o Clubhouse</b>. Os primeiros dias de
fevereiro foram uma perdição, porque todas as ‘celebridades’ do mundo da
tecnologia e inovação estavam por lá e aí rola o chamado FOMO (fearing of
missing out). Eu tive que pegar um iPhone velho da minha esposa, pois a versão
Android do Clubhouse ainda não está pronta. <b>Sim, eu sou um usuário de
Windows e Google!</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em tempos de pandemia soa desnecessário explicar o que é
crescimento exponencial e o começo de fevereiro foi um belo exemplo. Os autoproclamados
experts no Clubhouse, tinham entrado uma semana antes de você. Quase todo mundo
tinha aquele ícone de novato que o app deixa por uma semana junto à sua foto.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na primeira semana, entrei em um monte de salas para ouvir
especialistas, celebridades e anônimos. De fato, fiz alguns contatos interessantes
e aprendi algumas coisas. <b>Foi viciante enquanto durou</b>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Um mês depois, deixei de seguir todos os famosos. Entro
apenas quando sou convidado como speaker<b>. Por exemplo, todas as quintas-feiras,
às 8 horas, com Cezar Taurion, Marcelo Madureira e João Gubolin</b>. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por falar em ser speaker, as duas primeiras vezes em que fui
chamado para falar foram de surpresa. Na primeira, estava no trono. Na segunda,
esbaforido numa esteira. Depois dessas, nada de improvisos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal">Foto: Ainda no Uruguai, a famosa Casapueblo em Punta del
Este.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"> </p><p class="MsoNormal">PS: No momento da publicação deste post, tenho 6 convites para o Clubhouse. Se você precisar, mande <b>seu número de celular (iPhone) de forma reservada</b>.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-24917120302145858202021-02-09T08:51:00.000-08:002021-02-09T08:51:18.702-08:00Vazamento pouco é bobagem<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ea1OusAWpgA/YCK7lAYd0fI/AAAAAAABGZc/I7sXNZ0YvPUy-XGvrXGc7bUOi3fkthfQwCNcBGAsYHQ/s2048/20200204_144209.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1536" data-original-width="2048" height="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-ea1OusAWpgA/YCK7lAYd0fI/AAAAAAABGZc/I7sXNZ0YvPUy-XGvrXGc7bUOi3fkthfQwCNcBGAsYHQ/w400-h300/20200204_144209.jpg" width="400" /></a></div><p><br /></p><p></p><p class="MsoNormal">Em julho do ano passado, postei <a href="http://fbirnotes.blogspot.com/2020/07/ciberseguranca.html?m=0">Cibersegurança</a><span class="MsoHyperlink">,</span> um texto com dicas para a sua proteção no mundo da
tecnologia da informação. Você que seguiu todas as minhas dicas à risca, acabou
de ganhar um belo prêmio: <b>seus dados pessoais estão nas mãos dos bandidos</b>.
Parabéns!<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A brincadeira fica por aqui, porque o assunto deste post é
uma tragédia. Nossos dados foram expostos e permanecem à disposição dos gatunos.
Não respeitaram nem os finados. Está tudo lá: números dos documentos, data de
nascimento, telefone, filiação, renda, etc.
<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Logo que a imprensa começou a divulgar este terrível acontecimento,
vários amigos perguntaram-me se era verdadeiro. Confirmei e fui mais longe. Boa
parte desses dados já andava circulando de forma reservada na chamada Internet
profunda, aquela destinada às atividades ilegais. Entretanto, muito pior do que
dar uma triste confirmação para os amigos é dizer que não há nada a fazer.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Sem querer ser catastrofista, mas no dever de alertar os
leitores, recomendo <b>a máxima atenção às inúmeras tentativas de fraudes</b>
que possam ser criadas a partir de um conjunto de informações tão ricas:</p><div style="text-align: left;"><span style="text-indent: -18pt;"><span> </span>1.</span><span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal; text-indent: -18pt;">
</span><span style="text-indent: -18pt;">Tenham a máxima atenção com telefonemas, e-mails,
SMS, Whatsapp, etc.<br /></span><span style="text-indent: -18pt;"> 2.</span><span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal; text-indent: -18pt;">
</span><span style="text-indent: -18pt;">Desconfiem de qualquer interlocutor não habitual.</span></div><div style="text-align: left;"><span style="text-indent: -18pt;"> 3.</span><span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal; text-indent: -18pt;">
</span><span style="text-indent: -18pt;">Tenham cuidado na concretização de
quaisquer transações.</span></div><div style="text-align: left;"><span style="text-indent: -18pt;"> </span><span style="text-indent: -18pt;">4.</span><span style="font-size: 7pt; font-stretch: normal; font-variant-east-asian: normal; font-variant-numeric: normal; line-height: normal; text-indent: -18pt;">
</span><span style="text-indent: -18pt;">Investiguem qualquer evidência de tentativa de
fraude.</span></div><p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="line-height: normal; margin-left: 71.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><o:p></o:p></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 71.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><o:p></o:p></p><p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="line-height: normal; margin-left: 71.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><o:p></o:p></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="line-height: normal; margin-left: 71.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A maior parte das informações em questão quase não muda ao longo
do tempo e como os dados podem ser copiados de forma ilimitada, tal fantasma
vai nos assombrar por anos.<b> Essa vigília vai longe</b>!<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Assim como o cidadão deve ficar atento, o país deve promover
o assunto à pauta das urgências, <b>colocando em prática o arcabouço jurídico para
proteger nossos dados</b> e fazendo funcionar a LGPD (Lei Geral de Proteção de
Dados) e a ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados). Acredito que o
governo precise de musculatura para investigar e punir os eventuais abusos. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O grande problema do Brasil é a tradição de se acumular
dados pessoais sem quaisquer escrúpulos. Cadastros abarrotados de dados
pessoais multiplicam-se por aí. É um prato cheio para invasões externas ou
sabotagens internas, que costumam deixar estragos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><b>A importância de se colocar em prática uma legislação
rigorosa é fazer com que tais vazamentos sejam punidos de forma exemplar.
</b>Diante de tal impacto, as empresas evitariam essa batata quente, guardando o
mínimo possível de dados pessoais e fazendo um esforço hercúleo para
protegê-los. Para muitas empresas e órgãos públicos, há uma senhora lição de
casa, que levará alguns anos.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Que todos os leitores fiquem atentos. Nossos dados pessoais
já eram. Se quiserem salvar os dados pessoais dos nossos filhos e netos, fiquem
de olho nos governantes. Como se já não tivéssemos problemas suficientes nesses
tempos de pandemia.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;">Leitura complementar:</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><a href="http://fbirnotes.blogspot.com/2020/07/ciberseguranca.html?m=0">Cibersegurança</a>
– Um post de julho de 2020</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><a href="https://link.estadao.com.br/noticias/cultura-digital,vazamento-de-dados-veja-tudo-o-que-ja-sabemos-sobre-o-caso,70003603083">Informações
adicionais</a> – Matéria do Estadão<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><a href="https://g1.globo.com/economia/tecnologia/blog/altieres-rohr/post/2021/01/28/sem-agencia-de-protecao-de-dados-megavazamentos-evidenciam-custo-de-atraso-da-lei-no-brasil.ghtml">Sobre
a aplicação da LGPD</a> – Matéria do G1<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal">Foto: Ainda no Uruguai, foto do seu parlamento (Montevidéu,
2020).</p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-32097627988144208642021-01-19T05:10:00.001-08:002021-01-19T05:15:44.025-08:00Depois da Ford, depois do automóvel<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-dwR-RViOLac/YAbYeR-UdGI/AAAAAAABGL8/QL-PrsuBSEQt2A5PY3qR-J_q8JizoMxcwCNcBGAsYHQ/s2048/20200204_151612.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-dwR-RViOLac/YAbYeR-UdGI/AAAAAAABGL8/QL-PrsuBSEQt2A5PY3qR-J_q8JizoMxcwCNcBGAsYHQ/w300-h400/20200204_151612.jpg" width="300" /></a></div><br /><p>O fechamento das fábricas da Ford do Brasil já deu muita
conversa. Infelizmente, nossas economias ainda precisam dos empregos da cadeia
automobilística. Durante a minha vivência europeia, vi a mesma choradeira
inúmeras vezes. Cada fábrica fechada gerava uma comoção nacional: gesticulações
políticas, manifestações e caça aos culpados. E tudo isso aconteceu antes das mudanças
estruturais no setor, tema deste artigo.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Até pouco tempo, a reorganização orgânica da indústria era a
maior causa dos eventuais fechamentos. Falo da migração para países mais
competitivos, do desmonte de plantas obsoletas ou da consolidação de unidades. No
Brasil, conseguimos a proeza de perder a Ford para a Argentina. Na Europa, os
países ocidentais perdem para os orientais, aqueles da antiga cortina de ferro,
com mão de obra mais barata.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Todos esses movimentos de orientação econômica são fichinha
perto do turbilhão de transformações que assolam o mundo do automóvel.
<b>Transformações aceleradas por uma conscientização mundial em relação às
mudanças climáticas, que implicam em novos comportamentos e hábitos de compra</b>. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dois nomes, que dispensam apresentações, são ícones dessa
história: Uber e Tesla. O primeiro, seguido por inúmeros outros atores,
popularizou a <b>cultura do compartilhamento</b>. Não é difícil achar por perto alguém
que tenha decidido abrir mão do carro. A tendência foi reforçada pela pandemia.
Depois dela, nada será como antes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A Tesla transformou aqueles protótipos de <b>carros elétricos</b>
em algo realmente interessante de se dirigir, um objeto de desejo no primeiro
mundo. <a href="https://www.carboncounter.com/#!/explore">Um trabalho recente
do MIT</a> mostra a superioridade dos carros elétricos em relação aos tradicionais.
Eles podem ter um custo de aquisição mais alto, mas o custo total de uso é
menor, sem contar o evidente impacto ambiental.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A demanda por automóveis vai crescer muito menos do que seus
produtores gostariam e numa outra direção. As montadoras tradicionais estão
correndo atrás. Porém, tal readaptação custará muitos empregos. A perda de centenas
de milhares de postos de metalúrgicos será parcialmente compensada por mais empregos
na área de tecnologia. Afinal, como disse um amigo, o Tesla é um <b>computador sobre
rodas</b>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A cereja do bolo é o carro autônomo, que acrescenta desafios
tecnológicos e regulatórios, o que não muda o quadro acima. E ainda tem uma
possibilidade extra, enquanto estivermos em casa ou no trabalho, nossos carros poderão
sair sozinhos, fazendo um bico para o Uber. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A mudança será brutal. Melhor parar de chorar os mortos de ontem
e de hoje. As fábricas existentes vão agregar cada vez menos valor na medida em
que os novos componentes de altíssima tecnologia concentrem todas as margens da
cadeia: <b>o software</b>, a bateria ou o motor elétrico.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Depois de alguns bilhões de dólares de pesquisa e
desenvolvimento, a Apple deve lançar seu automóvel - elétrico e autônomo - a
partir de 2024. Tudo indica que ele será produzido pela Hyundai. Essa briga de
cachorro grande <b>vai relegar ao Brasil a um papel ainda mais secundário</b>. Não é apenas
uma questão de tributos, subsídios, mão de obra ou câmbio. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Talvez esse bonde já tenha sido perdido. Se o país não
quiser perder o próximo, é melhor encarar o desafio da ciência e educação,
preparando as próximas gerações para buscar o caminho da <b>produção de tecnologia
local</b>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><u><span style="color: #2b00fe;">Leitura complementar</span></u>:<br />
<!--[if !supportLineBreakNewLine]--><br />
<!--[endif]--><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2015/09/diesel.html">Diesel
– Um post de 2015</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.carboncounter.com/#!/explore">Comparativo
automóveis (MIT)</a><span class="MsoHyperlink"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><span class="MsoHyperlink"><a href="https://www.reuters.com/article/hyundai-motor-apple-idBRKBN29F0HQ-OBRBS">Acordo
Apple & Hyundai</a><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foto: Na Bodega Bouza, periferia de Montevidéu, um Ford T no
meio dos vinhedos. Foi a única forma de relacionar o texto com minhas fotos. <span face=""Segoe UI Emoji",sans-serif" style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-char-type: symbol-ext; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-symbol-font-family: "Segoe UI Emoji";">😉</span>
Viagem feita no começo de 2020, antes da pandemia.</p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-28688872911263387432021-01-15T11:25:00.004-08:002021-01-15T11:25:54.868-08:00A vida antes e depois do Whatsapp<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-_h_KRbCQEwk/YAHqVdeVXwI/AAAAAAABGIk/DFkFZUUTSJMswVjGrihMTSxCo-BMxgomgCNcBGAsYHQ/s5472/IMG_1918.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-_h_KRbCQEwk/YAHqVdeVXwI/AAAAAAABGIk/DFkFZUUTSJMswVjGrihMTSxCo-BMxgomgCNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_1918.JPG" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal">Após a recente divisão da nossa era em antes e depois do
Coronavírus, estamos diante de um novo marco histórico:<b> o antes e depois do
Whatsapp</b>. A fuga de muitos usuários e grupos para outras ferramentas parece
inevitável. O mundo não será mais o mesmo!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O Facebook desperdiçou uma oportunidade histórica. <b>O
Whatsapp é o app mais importante das nossas vidas.</b> Nele, amamos, trabalhamos,
brincamos, compramos, aprendemos, vendemos, divertimo-nos, reclamamos, etc. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Essa promiscuidade digital tem as suas armadilhas, mas está
tudo ali, num só app! Dá para passar um dia sem e-mail ou qualquer outro
software, menos ele. O Whatsapp fez sucesso em muitos lugares do mundo, em
especial no Brasil: aqui, <b>é tudo nele!</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Sempre tive três queixas com relação ao produto:</p><p class="MsoNormal"></p><ol style="text-align: left;"><li><span style="text-indent: -18pt;">Conquistando esta posição dominante, deveria ter
alguns recursos para melhor organizar os contatos e grupos. </span><span style="text-indent: -18pt;"> </span><span style="text-indent: -18pt;">A tal mistura de assuntos sempre foi um
incômodo. </span></li><li><span style="text-indent: -18pt;">A </span><span style="text-indent: -18pt;">questão de segurança deveria ser tratada com mais
seriedade, tendo em vista que a usurpação de perfis Whatsapp é um golpe muito
comum no Brasil. Uma praga! </span></li><li><span style="text-indent: -18pt;">O tema da vez, o famigerado compartilhamento de
dados com o Facebook, despertou uma reação exagerada de muitos. Acredito
que, diante do tesouro representado pelo Whatsapp, o Facebook poderia ter sido menos
afoito e buscado alternativas de monetização. Afinal, não é todo dia que
aparece um app tão essencial nas nossas vidas.</span></li></ol><p></p><p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="text-align: left; text-indent: -18pt;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não podemos deixar de reconhecer o esforço da plataforma em
frear o compartilhamento excessivo de ‘fake news’ e similares. Ficaram tão focados
no assunto, que menosprezaram essa fuga em massa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Manterei a conta no Whatsapp e acessarei o Signal e o Telegram
com menos frequência. Enfim, acabarei usando mais aplicativos. Muitos farão o
mesmo, mas, como diz o filósofo Martinho da Vila, <b>a vida vai melhorar.</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O inconveniente do Whatsapp é que ele abriga o Brasil
inteiro. Todo mundo está lá e faz inúmeros acessos diários. Sem chances de desligá-lo
ou ignorá-lo. A existência de outras plataformas vai tirar aquela expectativa
de resposta imediata. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Finalmente, poderemos tocar nossas vidas e, quando
necessário, dizer:<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Não olhei o Signal hoje”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Tive que reinstalar o Telegram”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">- “Agora, só acesso o Whatsapp no final do dia”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p>Ufa,<b> que alívio!</b></p><p class="MsoNormal"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal"><b><span style="color: #2b00fe; font-size: medium;">Um ótimo 2021 a todos vocês!</span></b></p><p class="MsoNormal"><b><br /></b></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal">Foto: Fechando a série de Santorini de 2016. O passeio de
barco é essencial para ver a ilha sob uma perspectiva diferente e visitar a
boca do vulcão submerso.<o:p></o:p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-45177097781419707002020-12-16T11:02:00.006-08:002020-12-16T11:04:06.399-08:00Polo é o novo black-tie<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-kf-sv5E7ggM/X9pZIwNrbjI/AAAAAAABFhM/QIDmTST8Y74a1Wbc7JYaxD82NbYh7TyGACNcBGAsYHQ/s5472/IMG_1815.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-kf-sv5E7ggM/X9pZIwNrbjI/AAAAAAABFhM/QIDmTST8Y74a1Wbc7JYaxD82NbYh7TyGACNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_1815.JPG" width="400" /></a></div><br /><br /><p></p><p>O costume de mandar minhas camisas para serem lavadas por
especialistas vem de longa data. Foi assim no Brasil, na França e na Bélgica.
Em abril de 2009, comentei neste blog sobre um evento inusitado: <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2009/04/lava-roupa-todo-dia-que-agonia-1.html">o
furto sofrido pela lavanderia</a> em Lyon.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Desde o meu retorno ao Brasil, minha esposa administra o
assunto. Todo começo de ano, ela fecha um pacote de camisas. Pagamos antecipado
e a lavanderia vai deduzindo as entregas semanais. A gente ganha no valor
unitário e perde com a antecipação. Mas a questão não é financeira, é de
praticidade.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No começo do ano, poucos dias antes do confinamento, minha
esposa ainda perguntou se as minhas novas atividades profissionais exigiriam o
mesmo pacote de camisas, calculado com a base de uma por dia. Respondi: “<b>Claro!
Vou encontrar clientes e parceiros. Já tenho almoços agendados para o mês de
março inteiro!</b>”. Ela fechou com a lavanderia.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em março, ainda usava camisas diariamente. Aí, vendo o que
acontecia do outro lado do Zoom, comecei usar camisas polo. Depois, mudei para
as melhores camisetas. Em abril, já estava usando as camisetas mais básicas, <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2009/04/lava-roupa-todo-dia-que-agonia-4.html">daquelas
que comprava de dúzias</a> na Europa.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Em tempos de ‘work from home’, <b>as camisas polo são o novo
black-tie</b>. </p><p class="MsoNormal">Termino 2020, com um baita crédito na lavanderia, mas trabalhar de calção
e camiseta não tem preço.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Leitura complementar: <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2009/04/lava-roupa-todo-dia-que-agonia-1.html">Furto
à lavanderia</a> (2009)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2009/04/lava-roupa-todo-dia-que-agonia-4.html">Compra
de T-shirts</a> (2009)<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foto: Praia vermelha de Santorini (2016)<o:p></o:p></p><p><br /></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-67113077395564196362020-12-02T12:55:00.002-08:002020-12-03T04:01:50.057-08:00Macapá<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-GHLWBfjLh2c/X8f-SM16-4I/AAAAAAABFcY/HQQiNmGHLok3TKIX3udEcXQPr5TwICcEwCNcBGAsYHQ/s5472/IMG_1853.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-GHLWBfjLh2c/X8f-SM16-4I/AAAAAAABFcY/HQQiNmGHLok3TKIX3udEcXQPr5TwICcEwCNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_1853.JPG" width="400" /></a></div><br /><p></p><p class="MsoNormal">Durante a forte tempestade de ontem, houve um problema com o
fornecimento de energia. Foram boas horas sem luz. Um dia de Macapá num bairro
nobre de São Paulo.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Os habituais cortes de energia programados para o final de
semana são fichinha. No domingão, sempre tem coisa melhor para fazer. Porém, um
corte inesperado numa terça-feira em tempos de “work from home” é uma baita
sacanagem.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">De repente, toda aquela parafernália eletrônica comprada
para melhorar nossas “lives” não serve para nada. A gente se vira com o smartphone
mesmo. Aliás, onde andam meus poderosos carregadores de celular? Faz meses que não preciso deles! <span face=""Segoe UI Emoji",sans-serif" style="mso-ascii-font-family: Calibri; mso-ascii-theme-font: minor-latin; mso-char-type: symbol-ext; mso-hansi-font-family: Calibri; mso-hansi-theme-font: minor-latin; mso-symbol-font-family: "Segoe UI Emoji";">😉</span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Um bom smartphone comporta tudo o que precisamos fazer: calls,
leituras, anotações, etc. Passar muitas horas com ele pode ser divertido. Porém,
quando é por obrigação, a coisa é diferente. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">As horas passavam e eu acreditando na volta iminente da energia.
A uma determinada altura, já estava de olho na tomada do hall social, ligada ao
gerador do condomínio. Ela garantiu o celular até a hora de dormir.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Ao cair da tarde, a preocupação era outra. Comer é fácil,
afinal o iFood está aí para isso. Minha esposa, no entanto, teve outra ideia. Levar
alguns equipamentos da cozinha para o hall social, onde usaríamos aquela tomada.
Felizmente, não tem detector de fumaça por lá. O resultado foi um delicioso jantar
à luz de velas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Noite adentro, a energia do computador ainda sustentou uma luminária
com tomada USB por um par de horas. Minha esposa escrevia a sua monografia e eu
aproveitava a luminosidade para ler um livro no Kindle com mais conforto. Rendeu
uma centena de páginas. Poderia ter rendido mais se o capítulo do livro em
questão fosse menos indigesto.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A energia voltou durante a madrugada, tempo limite para não
comprometer o que estava na geladeira. A gente se vira muito bem. Nada
comparável aos nossos irmãos do Amapá, que sofreram o apagão dos apagões.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p>
</p><p class="MsoNormal">Foto: Monastério de Perissa em Santorini (2016).<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-71162034451722268062020-11-21T10:51:00.000-08:002020-11-21T10:51:08.363-08:00GPS<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTut9HBiPdX4AH-i2SEUWIWKDhA__ycQGPF1whkNFP2TdVOZQJ87aOs4OhrRporMkJVT7x6t8UxsTKP6ediB9pvKySHk_FTswiA-rE3ZXLF4fxkQPm7supCtuk7b7OEWD9tkKjhlXhkfE/s5472/IMG_1789.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTut9HBiPdX4AH-i2SEUWIWKDhA__ycQGPF1whkNFP2TdVOZQJ87aOs4OhrRporMkJVT7x6t8UxsTKP6ediB9pvKySHk_FTswiA-rE3ZXLF4fxkQPm7supCtuk7b7OEWD9tkKjhlXhkfE/w400-h266/IMG_1789.JPG" width="400" /></a></div><br /><br /><p></p><p>Remexendo as coisas aqui em casa, achei um aparelho GPS
abandonado há anos. Carreguei e liguei. Como ele não pôde receber o sinal dos
satélites, então mostrou o lugar onde fora desligado pela última vez, a saída
da minha garagem em Lyon (2010).</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Graças à minha determinação em conhecer cada buraco a até 3
horas de Lyon, precisei muito dele. Eu tinha um GPS embutido no painel do carro,
um luxo à época. Posteriormente, adquiri um outro, conforme relato a seguir. Houve
um grande mercado de aparelhos GPS, derrubado pelos poderosos smartphones e suas
fantásticas aplicações, tal qual o onipresente Waze. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Até meados de 2008, contava apenas com o GPS do carro. Foi na
primavera daquele ano que parti para explorar a Franche-Comté. Chegar a
Besançon é fácil, mas precisaria do GPS para visitar uma dúzia de atrações da
vizinhança: a capela de Rondchamp (Le Corbusier), o Leão de Belfort (Bartholdi),
a Salina Real (Ledoux), as diversas fortalezas de Vauban e assim por diante.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No dia seguinte à chegada, liguei o carro para começar a
aventura. Ops, um probleminha! Naquela manhã fria, o carro pegou, mas o GPS
empacou. Depois de alguma insistência, compreendi que ele só tinha o mapa do
sul da França. Eu estava fora do mapa! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fazendo um breve parêntesis, era impossível baixar um novo
mapa online. Além disso, cada mapa extra era tão caro quanto um Tomtom
carregado com a Europa inteira. Pouco depois da viagem, optei pelo Tomtom, mais
fácil e intuitivo do que o GPS do carro.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Voltando à viagem. Sem o GPS, o jeito foi fazer como sempre
foi feito. Comprei um mapa no posto e prestei atenção na paisagem e nas placas.
Passei a dirigir observando e pensando, ao invés de seguir cegamente o
dispositivo. Tudo funcionou com perfeição. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando voltei ao Brasil, já estávamos na era do Waze. Embora
o maior objetivo do aplicativo seja ganhar tempo – e isso funcionou super bem –
acabamos viciados e dependentes do mesmo. Sempre tem uma desculpa para usá-lo:
o trânsito, os radares, uma dúvida com relação ao caminho, etc.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">E por que falar de GPS numa época em que estamos com os
carros ociosos na garagem? Por duas razões. Primeiro, como disse no começo do
post, em tempos de pandemia uma das minhas atividades é fazer ‘arqueologia em
casa’. Foi assim que descobri o GPS. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A segunda razão, e mais importante, é que a pandemia propiciou
uma convivência mais intensa e constante com minha esposa. Parte dessa
interação foi ouvir inúmeras aulas dos cursos que ela tem feito desde o começo
do ano, vários deles focados no envelhecimento.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Então, foi meio de penetra, que ouvi uma especialista em
cognição falar da importância de se abandonar os aplicativos de direção para
melhor estimular o cérebro. Deixe-o capturar as referências, processar as
alternativas e encontrar os caminhos. Este pequeno exercício intelectual faz
parte de um conjunto de estímulos essenciais para mantê-lo saudável. Embora não
seja uma unanimidade, segundo diversos especialistas, tais estímulos somados às
boas práticas de saúde podem até prevenir demências.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Percebendo que o trânsito de São Paulo está piorando, mas
ainda longe dos piores dias do período anterior pré-pandemia, aproveitem para
deixar o Waze desligado. #ficaadica <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Foto: Outra tomada de Oia, do interior do hotel, se é que
podemos falar de interior. Santorini, 2016.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><br /></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-55540517381283368102020-11-16T10:49:00.002-08:002020-11-16T11:03:26.962-08:00Peneira<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-axADOeYfpk0/X7LHpXQ9iqI/AAAAAAABFPc/JuTHikAs5PkBH2cdQghxuxdBh0mYEVmJQCNcBGAsYHQ/s5472/IMG_1776.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-axADOeYfpk0/X7LHpXQ9iqI/AAAAAAABFPc/JuTHikAs5PkBH2cdQghxuxdBh0mYEVmJQCNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_1776.JPG" width="400" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Estamos mal acostumados. Um pequeno atraso na apuração das
eleições provocou críticas, insinuações e teorias conspiratórias. Os derrotados
nunca perdem a oportunidade de desacreditar a nossa sólida Justiça Eleitoral. Na
realidade, os incidentes de domingo mostram que a opção brasileira para
automação das eleições é a melhor possível.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><b>O nosso sistema de votação é reconhecido
internacionalmente como seguro</b>. As urnas e o sistema de contagem não são
conectados à Internet, limitando muito a ação de hackers, que assolam
organizações públicas e privadas ao redor do planeta. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Há duas queixas comuns contra o sistema. A primeira, vinda do
próprio governo, é o custo de manutenção do mesmo. Que bom que estejam
preocupados com isso, afinal ele é pago por todos nós. A segunda, vinda de
diversos ativistas pela democracia, é a falta de algum registro físico do voto,
como a sua impressão no momento votação. Mesmo sem este recurso, as eleições
são perfeitamente auditáveis, urna por urna.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O problema ocorrido com o aplicativo da Justiça Eleitoral, aquele usado
para a justificar a ausência, confirma que, <b>se houver alguma vulnerabilidade,
ela será explorada</b>. Nossas autoridades têm estudado um novo sistema pela
Internet. Aprendemos que talvez seja melhor segurar a solução atual, cara e confiável,
por mais algum tempo.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Fazendo um paralelo com a indústria de transformação, onde
trabalhei por muito tempo, que tem, entre seus desafios, colocar o
máximo de automação digital no parque fabril. Apesar do custo elevado, as tecnologias
de última geração permitem ganhos de produtividade e níveis de eficiência
fantásticos. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Mesmo diante de tamanha evolução, vários engenheiros
especializados começam a questionar o saldo do investimento. Os ganhos
trouxeram ameaças jamais imaginadas. Hoje, qualquer indústria pode estar na
mira de um grupo de hackers do outro lado do mundo. O alto custo da vigilância
cibernética não estava na conta inicial.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Temos visto uma sequência de ataques a diversos órgãos
federais, além daquele comentado acima. Não há muita transparência do governo
para tal. Uns dizem que estão com problema de vírus, outros desconversam. <b>Já
é hora de tratar do assunto como gente grande!<o:p></o:p></b></p><p class="MsoNormal">Não é vergonha ser hackeado. Grandes e excelentes empresas
privadas são atacadas o tempo todo. <b>Crime é esconder quando os dados
pessoais são comprometidos.</b> E pelas informações sobre nós cidadãos, que são
comercializadas na Internet, ouso dizer <b>que temos uma grande peneira na
máquina pública nacional</b>.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Junto com a pandemia, vários grupos de hackers estrangeiros
industrializaram os ataques. Todo dia tem uma nova vítima. Para abortar esta
série de ataques aos órgãos públicos, o governo precisa fazer o mesmo que tantos
outros países, deixar as armas tradicionais de lado e investir na cibersegurança:
boas práticas, infraestrutura e um bom contingente de funcionários
especializados.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal">Foto: Mais uma tomada da costa de Oia, em Santorini (2016).</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p>
</p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-58388096495909220802020-11-06T11:56:00.002-08:002020-11-06T14:48:30.228-08:00Conversas republicanas<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-WBqgvodrWCU/X6Wpl97TxII/AAAAAAABFHk/vyew1J1PQ3cDpwOUcMqP8gpwIoE2GO0awCNcBGAsYHQ/s5472/IMG_1999.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-WBqgvodrWCU/X6Wpl97TxII/AAAAAAABFHk/vyew1J1PQ3cDpwOUcMqP8gpwIoE2GO0awCNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_1999.JPG" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal">A maior parte dos parentes e amigos que moram nos EUA votou
no Biden. Ainda assim, tenho uns poucos amigos fiéis ao Partido Republicano.
Neste post, selecionei extratos das conversas com eles, que tomaram conta do
meu Whatsapp nesta semana de suspense.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Felizmente, entre eles, nenhum fanático. Votam no Partido
Republicano, apesar do Trump. Um deles declarou: “<b>também não gosto do homem
Donald</b>”. Ao comentar sobre o festival de falsas denúncias e a possível
judicialização das eleições, foi mais longe: “<b>Trump acabou</b>.”<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Comentei que a alternância de poder norte-americana é bastante
saudável. Respeito muito os dois séculos de tradição democrática do país. Nada
contra um programa conservador, que é tão legítimo como outro qualquer. O problema
maior é aquilo que veio junto, o Donald. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Um dos amigos ainda defende seu legado econômico: “<b>as
políticas e o sucesso econômico desfrutado por tantos que não foram tão
abençoados antes</b>.” Pena que a pandemia tenha levado boa parte deste
sucesso, sem contar o saldo de mortos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Todos eles reconhecem o maior equilíbrio do futuro presidente.
Disse um deles: <b>“pelo menos, com o Biden as coisas serão mais calmas.”</b> Entretanto,
temem que os radicais venham junto: <b>“Biden é a tromba do elefante sob a
tenda”</b>. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Pensando com meus botões, quem são os tais radicais? A turma
do Bernie Sanders? Os comunistas dos Estados Unidos? Um outro amigo explicita: <b>“o perigo é a Kamala!”</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Kamala, com todo respeito, é uma competente mulher do
sistema, longe de parecer uma revolucionária incendiária, que queira destruir as
bases da América.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Daqui do Brasil, reconheço que é fácil dar palpites no país
dos outros. Não moro nos EUA e, obviamente, ignoro muito do que acontece por
lá. Os últimos presidentes republicanos dos EUA foram Bush pai, Bush filho e
Trump. Os últimos democratas, Clinton e Obama. Precisa dizer alguma coisa? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O mais próximo dos amigos compreende a situação e termina
com espírito republicano: <b>“não importa o que aconteça, estaremos por aqui e
de olho no futuro.”</b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não é necessário enumerar os infindáveis defeitos do Trump.
É impensável como alguém como ele tenha ido tão longe. Os Estados Unidos têm
problemas sérios para resolver e precisam de um líder com mais empatia e vontade
política de servir a todos. Chega de dividir a nação. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">70 milhões de americanos votaram no Partido Republicano, apesar
do Donald. Não são todos loucos, fascistas ou ultraconservadores. São dezenas
de milhões de trabalhadores que, de alguma forma, tiveram importantes perdas
nas últimas décadas. Biden não pode ignorá-los. É um senhor desafio. </p><p class="MsoNormal"><b><span style="color: #800180;">Boa sorte
Joe Biden!</span></b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foto: Final da tarde em Oia, Santorini, Grécia. Uma multidão
vai para o extremo da ilha para assistir ao por do sol (maio, 2016).<o:p></o:p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-66438557442739352432020-10-30T08:23:00.005-07:002020-10-30T08:23:46.258-07:00Hotel boutique<p style="text-align: center;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-M9Nks-LDLwA/X5wvPmx8W-I/AAAAAAABFAg/z-J6aIvnOqcIUIgQIbS_SpfcNDJU-OQ-wCNcBGAsYHQ/s5472/IMG_1793.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-M9Nks-LDLwA/X5wvPmx8W-I/AAAAAAABFAg/z-J6aIvnOqcIUIgQIbS_SpfcNDJU-OQ-wCNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_1793.JPG" width="400" /></a></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="text-align: left;">No ano de 2016, o meu retorno para o Brasil já estava agendado
para o final de julho. Aproveitei o primeiro semestre para passear bastante. Não
desperdicei nenhum dos feriados, sobretudo aqueles do generoso mês de maio: Trabalho,
Armistício de 1945, Ascensão e Pentecostes.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">- O que faremos no feriado prolongado de cinco dias? – indagou
minha esposa. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">- Vamos ver se tem algum lugar legal, que a gente não conheça,
no máximo a 3 horas de vôo daqui (de Bruxelas). – Respondi de imediato.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Estávamos em casa, então, no computador, abri uma janela
para procurar passagens e outra para procurar hotéis. Em menos de dez minutos,
disse<b>: Vamos para Santorini, na Grécia!</b> <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Abri uma terceira janela e busquei imagens de Santorini no
Google. Mostrei as fotos para minha esposa, que ficou instantaneamente encantada
e ansiosa pela viagem. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">O vôo era da TUI, uma operadora alemã que fazia a rota
Bruxelas-Santorini, com uma escala em outra ilha grega. O hotel parecia ser um
daqueles com status de “boutique”, mas com preço bem razoável. Não perdi muito
tempo na reserva, pois tinha várias viagens para organizar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Meu colega Thierry, apaixonado pela Grécia, ensinou algumas
palavras. A dica mais importante era a pronúncia correta da localidade de
Santorini onde estava o hotel: Oia, pronuncia-se “ía”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Essa viagem foi um pouco depois dos atentados no aeroporto de
Bruxelas, que ainda estava um caos. Felizmente, deu tudo certo. Já relatei o episódio
do aluguel de carro em Santorini no post “<a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2016/05/a-mae-do-taxista.html">A mãe do
taxista</a>”. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">A principal rua de Oia é fechada para carros. Do
estacionamento até o hotel não deu 100m. Não vimos o hotel em si, apenas uma
placa com seu nome. Fomos na sua direção.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Apesar da beleza do cenário, era tudo um pouco estranho. Uma
coisa é ver a cidade no mapa, outra é andar por lá. Diversos hotéis não têm
estruturas visíveis ao nível da rua, eles são construídos no terreno em
declive.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Diante da suposta entrada do hotel, identifiquei-me ao
suposto atendente. Instantes depois, aparece um garçom com duas taças de
champagne. Pera aí, servir champagne antes mesmo de entrar no hotel?! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">A extrema gentileza chamou a minha atenção. E como, daquele
ponto, não via o hotel em si, pensei que estivesse caindo numa cilada. Sim, um
golpe! Disse para minha esposa grudar nas malas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Só relaxei na medida em que descíamos as infindáveis escadas
barranco abaixo. Também percebi que aquilo era mesmo um hotel boutique. Cada
quarto parecia ser cavado na rocha com terraço e piscina privativos. A paisagem
de Santorini ao fundo deixava o cenário espetacular. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Estava aliviado. Porém, a essa altura, já estava com outra
pulga atrás da orelha: quanto tinha pago pelo hotel? Lembrava-me de um preço
bem razoável. Quando vi o tamanho do quarto, o incômodo deixou de ser um
simples incômodo e passou a ser uma certeza. Disse para minha esposa: Fiz alguma
grande cagada na reserva do hotel!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Preferi nem olhar a reserva. Daí em diante, sabiamente,
desencanei. Passei a aproveitar o lugar deslumbrante. Só fui conferir a reserva
na véspera do checkout, quando confirmei a minha suspeita. O que eu pensava que
fosse o preço da estadia completa era o preço de uma diária! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Aquele deslize transformou-se num dos nossos melhores cinco
dias. Uma viagem inesquecível. Além das doces lembranças, guardei a conta do
hotel boutique como souvenir.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><b><span style="color: #2b00fe;">Leitura complementar:</span></b><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Post de 2016 – <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2016/05/a-mae-do-taxista.html">A mãe do
taxista</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Foto: Acima, visão panorâmica Oia, a partir de um dos
inúmeros terraços. Abaixo, entrando no hotel. </p><p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><i>Ufa! Até que enfim consegui casar
o texto com as fotos. <o:p></o:p></i></p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-oERtvUD8BOA/X5wvWh9WOII/AAAAAAABFAo/yFkZ-To5bDsah8H9ZbOEn4_AyJqBu-ODwCNcBGAsYHQ/s5472/IMG_1872.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-oERtvUD8BOA/X5wvWh9WOII/AAAAAAABFAo/yFkZ-To5bDsah8H9ZbOEn4_AyJqBu-ODwCNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_1872.JPG" width="400" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-86616990706831906132020-10-27T04:05:00.001-07:002020-10-27T04:05:43.448-07:00Rótulo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-iMN4VW8Wq3Y/X5f-DGKnkrI/AAAAAAABE2g/MgpOqbm7phIWtLXJMog-MFVJkOBdi71TACNcBGAsYHQ/s5472/IMG_2134.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-iMN4VW8Wq3Y/X5f-DGKnkrI/AAAAAAABE2g/MgpOqbm7phIWtLXJMog-MFVJkOBdi71TACNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_2134.JPG" width="400" /></a></div><br /><br /><p></p><p>Aconteceu no <a href="https://balthazarny.com/">Balthazar</a>,
um renomado restaurante francês do Soho, em Nova Iorque. A história tem quase
duas décadas, mas só foi revelada por Keith McNally, proprietário do
restaurante, há poucos dias através da sua conta no Instagram. </p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Era uma daquelas noites de casa cheia, algo comum no local,
uma brasserie recomendada pelo Guia Michelin. Entre as festejadas mesas, duas
delas têm as suas histórias entrelaçadas pelo acaso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Numa das mesas, um jantar a dois. Um jovem casal, que não
precisa de motivo especial para celebrar, curtindo sua refeição acompanhada de
um vinho. Os jovens escolheram o vinho mais em conta da casa, um Pinot Noir de
US$ 18 (vide nota 1). <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na outra mesa, um grupo de executivos de Wall Street.
Possivelmente, celebravam alguma transação importante. Para acompanhar o
jantar, escolheram o vinho mais caro da carta, um <a href="https://www.chateau-mouton-rothschild.com/">Château Mouton Rothschild</a>,
cuja garrafa custava US$ 2000 (nota 1).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A essa altura, o leitor astuto já pode ter antecipado o que
o acaso preparou para as nossas duas mesas. Sim, seus vinhos foram trocados!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Um serviço de vinho razoável nunca permitiria uma troca de
garrafas. Todavia, os clientes das duas mesas solicitaram que suas garrafas
passassem por decanters (nota 2). O restaurante utilizou dois decanters
idênticos, que foram trocados à hora do serviço. Não me perguntem a razão de passar
o Pinot Noir pelo decanter (nota 3).<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando a equipe do restaurante percebeu o engano, chamaram o
dono. Depois daquele frio na barriga, Keith preferiu abrir o jogo com seus
clientes. Enquanto que os vinhos trocados já estavam sendo apreciados nas duas
mesas, ele foi lá e contou o ocorrido. Cada mesa acabou ficando com o vinho que
havia começado. Ambas pagaram apenas US$ 18 e o restaurante arcou com o
prejuízo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A proposta deste post não é homenagear o restaurante nem seu
dono pela sábia decisão. Aliás, feito o estrago, é isso o que esperaria de
qualquer estabelecimento. O ponto mais interessante é que <b>nenhuma das mesas
percebeu a troca</b>. <b>Bebiam felizes</b>. O casal divertia-se fazendo valer
ao máximo aquele vinho presumidamente barato. Os executivos transbordavam de alegria
com o vinho presumidamente sofisticado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Quando Keith esteve à mesa dos executivos, um deles elogiou
a "pureza" do vinho. Disse que desconfiou que fosse um Mouton
Rothschild. Cá entre nós, ele deve ter tentado alguma saída honrosa. Se ele
entendesse um pouquinho de vinhos perceberia a brutal diferença, não é mesmo?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Esta pequena desventura enológica teria sido mera casualidade?
Talvez não. Se transformássemos tal situação num experimento, tenho quase
certeza que teríamos inúmeros resultados semelhantes. A dura verdade é que muitos
clientes nem gostam do que bebem. <b>É um ritual de celebração e exibição</b>.<b>
Tem muita gente que bebe rótulo</b>. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Há estudos análogos sobre o comportamento do consumidor de
cervejas focados no Brasil. Ficou evidenciado que, em degustações às cegas, o
bebedor comum não consegue diferenciar as diferentes marcas de cerveja. Pior ainda,
à mesa, faz questão de exibir o rótulo da marca consumida, mudando a posição da
garrafa ou lata para dar-lhe mais visibilidade, quando necessário. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os amantes do vinho que conheci, na sua maioria europeus,
escolhem as garrafas com base nas suas preferências históricas (uva, vinícola,
safra, regiões, etc) e na oportunidade de conhecer melhor os produtos locais, sempre
com uma relação interessante de custo/benefício. Arriscar uma nova experiência?
Claro, mas só depois de uma boa conversa com o sommelier.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal">E você, bebe vinhos ou rótulos?<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;">Leitura adicional:</span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Post sobre vinho de 2009 – <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2009/04/acucar-da-cana.html">Açúcar dá
cana!</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Post sobre vinho de 2009 – <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2009/12/vinum-nostrum.html">Vinum Nostrum</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;">Notas:</span></p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">(1)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->Preços de vinte anos atrás. Hoje, a garrafa mais
barata custa US$45, e a mais cara, US$6800.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span style="mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">(2)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";">
</span></span></span><!--[endif]-->O decanter tem várias funções: separar as
impurezas, permitir a oxidação e servir o vinho. Vejam o excelente artigo da <a href="https://revistaadega.uol.com.br/artigo/para-que-serve-um-decanter_1882.html">revista
Adega</a>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="margin-left: 18.0pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo1; text-indent: -18.0pt;"><!--[if !supportLists]--><span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;"><span style="mso-list: Ignore;">(3)<span style="font: 7.0pt "Times New Roman";"> </span></span></span><!--[endif]-->Por
que um Pinot Noir de US$18 precisaria passar por um decanter? Não sei. O dono
do restaurante diz que quem manda é o cliente. O sommelier é instruído para
concordar mostrando um certo desconforto. <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Nas palavras de Keith: “By acquiescing one educates the customer”</span> </p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;">Fontes: </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.decanter.com/wine-news/new-york-restaurant-mistake-mouton-rothschild-1989-446051-446051/">Decanter</a>,
<a href="https://www.instagram.com/p/CGm3vHmDwa8/?igshid=1f5v8867y3c3">Instagram</a>,
<a href="https://www.amazon.com.br/dp/8569809719/ref=cm_sw_r_u_apa_i_G-cLFb6405EWM">“Small
Data” de Martin Lidnstrom</a>, <a href="https://revistaadega.uol.com.br/artigo/para-que-serve-um-decanter_1882.html">Adega</a><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foto: Última foto em Tréveris, Alemanha. Detalhe na praça
central da cidade.<o:p></o:p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-68766440033377919732020-10-20T12:54:00.002-07:002020-10-20T12:57:41.185-07:00Uma tarde em Shanghai<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglfaiNm0RBPy7YdddTA4sTNdqOwgMw3nZ74Xvjgn4eRWITfej5TboPlNiPO2MNxcHyPHS6LKUN5u8J8DZU0-KO2iqZMb6UYbCMQ4pxmx2HwC7lBtbwxyumTNstO8fEidR9Nm45IvhdXkM/s5472/IMG_2138.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglfaiNm0RBPy7YdddTA4sTNdqOwgMw3nZ74Xvjgn4eRWITfej5TboPlNiPO2MNxcHyPHS6LKUN5u8J8DZU0-KO2iqZMb6UYbCMQ4pxmx2HwC7lBtbwxyumTNstO8fEidR9Nm45IvhdXkM/w400-h266/IMG_2138.JPG" width="400" /></a></div><p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Esta é uma história do tempo em que a gente cruzava o
planeta por causa de uma ou duas reuniões. Tudo aconteceu em Shanghai, onde eu encerrava uma missão na Ásia. O Jerry era um executivo local, subordinado a
várias pessoas baseadas na Europa, entre elas, eu mesmo. Era o auge das
organizações matriciais.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;">---<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Naquela quinta-feira, tínhamos algumas reuniões entre o
escritório e o hotel. Felizmente, a agenda permitia um intervalo razoável para
o almoço. Enquanto a agenda do Jerry estava mais tranquila, eu tinha outros
compromissos ao final da tarde, embarcando de volta para a França à noite.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Ainda pela manhã, Jerry perguntou: “Está livre para o almoço?”.
Com o meu aceno positivo, ele logo emendou: “Vou te levar para um lugar super
especial, um dos melhores de Shanghai, onde você vai comer uma fantástica
iguaria”. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Jerry era sempre gentil. Com aquele convite, já estava
salivando. Afinal, sempre comi muito bem na Ásia. Antecipava um almoço
memorável. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Bateu meio-dia e a reunião acabou. Jerry conduziu-me para o
tão esperado restaurante. Vale dizer que, à época, a China passava por uma
crise sanitária, um dos surtos de gripe aviária. O impacto disso foi quase
imperceptível nas diversas viagens que fiz para lá. Jamais comia aves.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Chegando ao restaurante, distante do centro de Shanghai,
tive uma leve decepção. O local era de fato excepcional, mas seria a minha
terceira vez por lá. Costumávamos usar aquele estabelecimento para receber visitas
ilustres. Tudo bem, ele não era obrigado a saber.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O Jerry comportou-se como bom anfitrião e, conforme sugerido,
escolheu os pratos. Estava despreocupado com a sua escolha e ansioso pela
fantástica iguaria. Ele conversou em mandarim com os funcionários da casa e nem
fiz questão de entendê-los.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Os pratos chegaram. Era o grande momento. Jerry não escondia
a excitação. Eu tentava descobrir o que havia nas travessas cuidadosamente
escolhidas pelo colega, o que nem sempre é óbvio. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Com todo seu conhecimento e sagacidade, o caríssimo Jerry
escolheu frango como prato principal em plena crise de gripe aviária. Pior do
que isso, o frango não estava grelhado nem bem cozido, estava muito mal passado.
Tinha até o ‘sanguinho’. Senti nojo. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Sou um péssimo ator e, quando sinto algo assim, mal consigo disfarçar.
Jerry perguntou: “Então, que tal?” Nesse momento, cortei uma fatia microscópica
do frango e coloquei na boca. Ensaiei um: “Hmmm, muito bom!” Com certeza não fui
convincente.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A essa altura, estava louco para que o Jerry pedisse licença
para ir ao toilette. Assim, jogaria o frango asqueroso no vaso de plantas, no
aquário ou debaixo da mesa. Jerry não deu chance. Enquanto eu almocei os
acompanhamentos, Jerry devorou a travessa de frango. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;">---<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Depois do almoço, fomos ao Bund, tradicional área de
Shanghai. Falei para o Jerry que tomaríamos um café e voltaríamos para o hotel.
Apertava um pouco a nossa agenda, mas valia à pena rever um dos locais mais celebrados
da cidade. Aliás, eu preferia mesmo é ter almoçado por lá.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Era praticamente hora de voltar para o hotel, quando eu e o
Jerry fomos abordados por duas senhoritas daquela profissão antiga. Ao invés de
ignorá-las, Jerry engatou uma conversa em mandarim. Impaciente, disse ao Jerry:
“Hoje é quinta-feira, estamos só no começo da tarde e ainda temos compromissos”.
Acho que fui bem claro. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A manhã tinha sido ensolarada em Shanghai e, naquele
princípio de tarde, o tempo fechava. Como fazem inúmeras mulheres por lá, as
duas senhoritas usavam sombrinhas para proteger a tez e manter a pele mais
clara. Àquela hora, as sobrinhas estavam fechadas. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Quando as moças perceberam o teor da minha sutil reprimenda ao
Jerry, as sombrinhas ganharam uma outra função: viraram armas. Elas partiram
para cima de mim usando as sombrinhas como espadas e gritando: seu chato,
estraga-prazer, chefe de merda! Pois é, tive que sair correndo pelas ruas de
Shanghai perseguido por duas putas tresloucadas.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal" style="text-align: center;">---<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Jerry é uma pessoa boníssima, talvez meio trapalhão. Fico
tranquilo em compartilhar este relato. Mesmo que seja lido pelo Jerry, ele ficará
quieto. Jerry foi demitido semanas depois dessa quinta-feira (não tenho nada a
ver com isso). A sua passagem na empresa foi tão desastrosa que é omitida no
seu perfil LinkedIn. Há pouco tempo, entrei em contato com ele. Perguntei se
estava tudo bem e desejei-lhe ‘all the best’.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p><br /></o:p></p><p class="MsoNormal">Foto: A Porta Nigra, construção romana do século III, um dos
marcos de Tréveris, na Alemanha. Foto de maio de 2016.<o:p></o:p></p><p>
</p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-32732357932375357922020-10-15T12:06:00.002-07:002020-10-15T15:42:58.754-07:00Cueca<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-wmzMPTOw-1E/X4ic8-BnwZI/AAAAAAABEyE/EZNRwToa7804yzJyc_FOCyYwpwx99MGnACNcBGAsYHQ/s5472/IMG_2131.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="266" src="https://1.bp.blogspot.com/-wmzMPTOw-1E/X4ic8-BnwZI/AAAAAAABEyE/EZNRwToa7804yzJyc_FOCyYwpwx99MGnACNcBGAsYHQ/w400-h266/IMG_2131.JPG" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">A pandemia provocou uma certa aversão ao papel moeda. É
cartão pra cá, cartão pra lá, celular pra cá, celular pra lá. A abundância de
maquininhas de pagamento permitiu que qualquer comerciante possa oferecer opções
de pagamento com ou <b>sem contato</b>. Imagino que muitos jovens tenham dispensado
a boa e velha carteira. Documentos e dinheiro foram finalmente digitalizados.<o:p></o:p></p><p></p><p class="MsoNormal">Com o lançamento do PIX, tudo ficará ainda mais dinâmico,
confiável e barato. Bom para todo mundo. Digo <b>todo mundo</b> mesmo. A enorme
população desbancarizada do Brasil – cerca de 45 milhões - será grande beneficiária.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">O projeto do PIX é um marco em si. Foi coordenado com
competência pelo BACEN, que mostra sua determinação em fazer do nosso sistema
financeiro uma referência mundial e aumentando a sua competição interna.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Entretanto, às vésperas deste marco importante, uma trágica contradição:
<b>mais um político é flagrado com dinheiro na cueca</b>. Literalmente, dinheiro sujo.
E o que dizer então da recém-criada nota de 200 reais? <b>Enquanto que uma parte da
gestão pública vai na direção certa, uma outra continua no mau caminho</b>.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">As transferências diretas de dinheiro - TED, DOC, boleto e cartões -
deixam rastro, assim como o PIX. Bandidos e corruptos continuarão precisando de
papel moeda para acobertar suas tenebrosas transações. <o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">A digitalização do dinheiro dificulta a vida da
criminalidade. <b>Não é porque alguém tenha pago coisas caras com papel moeda
que seja corrupto, mas a gente vai ficar cada vez mais desconfiado</b>.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><a href="http://fbirnotes.blogspot.com/2017/05/lavagem.html">Em
2017</a>, elogiei a Índia pela substituição repentina do seu dinheiro. Os
criminosos tiveram muito trabalho, mas a ousadia acabou prejudicando bastante a
maioria humilde do país de quase 1,4 bilhão de habitantes. O caso da Índia não
pode ser ‘copiado e colado’. Pelo menos, eles tentaram. Aqui no Brasil, o crime
e a corrupção continuam conquistando terreno.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal">Se não podemos conter a criminalidade, deveríamos fazer o
máximo para dificultá-la. Jamais o contrário.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal">Foto: Final de semana em Tréveris (Alemanha), na primavera
de 2016. A cidade é conhecida por suas ruínas romanas e por ter sido berço de
Marx. Na foto, uma tomada a partir da praça central.<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p><p class="MsoNormal">Leitura complementar:<o:p></o:p></p><p>
</p><p class="MsoNormal"><a href="http://fbirnotes.blogspot.com/2017/05/lavagem.html">Lavagem</a>
– Post de 2017<o:p></o:p></p><p><br /> </p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-82590623255679342722020-10-06T11:27:00.005-07:002020-10-06T13:20:41.318-07:00Mudo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpxcCf7W4kFVD2zPQKU9kNgOmhAJwWJclU_yx1phrI5ffJ6Ahr2Sg0eEpA-8TLuWgXsoUOXVt4h81ovRBekpThHzD9Sy4UXtkRbHmqDfyYSIwO6PETNihqAjdpUtWBo4UWOAUL1NHicY0/s2048/20160809_111011.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpxcCf7W4kFVD2zPQKU9kNgOmhAJwWJclU_yx1phrI5ffJ6Ahr2Sg0eEpA-8TLuWgXsoUOXVt4h81ovRBekpThHzD9Sy4UXtkRbHmqDfyYSIwO6PETNihqAjdpUtWBo4UWOAUL1NHicY0/w400-h225/20160809_111011.jpg" width="400" /></a></div><br /><br /><p></p><p>Uma das leitoras mais assíduas deste blog perguntou a razão
da minha pausa e olha que isso já faz alguns dias. Então, respondo para ela e para
todos vocês.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Neste princípio de outubro, houve um acúmulo de atividades. Era
previsto. Abracei diversas iniciativas pessoais e profissionais, entre elas, aprender
e ensinar.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Tenho feito alguns cursos, pois <b>sempre é tempo de aprender</b>.
São temas complementares a minha atividade de consultor. Todos eles têm alguma
espécie de lição de casa, o que costumo levar a sério. Por exemplo, uma das
tarefas desta semana é criar um roteiro de cinema e apresentá-lo num vídeo.
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Agora, é moda pedir tais tarefas em vídeo, algo natural para
as novas gerações, porém nem tanto para mim. Criei o enredo, escrevi o meu próprio script, escolhi a trilha sonora e as imagens. Só falta gravá-lo, atividade que foi
adiada, pois <b>estou poupando a garganta</b>. De terça a quinta, dou 8 horas de aula,
faço uma ‘live’ e ainda tenho uma boa dúzia de reuniões.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">As aulas que ministro num renomado programa de MBA estão
concentradas neste período primaveril. Quando começou a pandemia, já tinha desenhado
uma boa parte das aulas. Terminei a preparação do curso com a premissa de que, no
segundo semestre, as aulas presenciais seriam retomadas.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A vontade de estar com os alunos era tão grande que não permitiu
que enxergasse o óbvio. A minha estreia como professor em plena pandemia pode
até ter sido apreciada pelos alunos, mas fiquei desconfortável. Poderia ter
sido melhor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Entre a primeira e a segunda aula, fiz uma série de
adaptações para adaptar o curso à nova realidade. Substitui os exercícios e até
os aplicativos para interagir com os alunos. Com o tempo, a minha destreza na
manipulação do aparato tecnológico também foi melhorando. A última aula correu
como queria.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A minha experiência anterior de anos de videoconferências cotidianas
não fez muita diferença. Afinal, é um novo ambiente e um novo papel. Até mesmo cometi
o deslize número um da pandemia com distinção, aquele quando <b>você fala estando no modo mudo</b>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Voltando do intervalo, fiquei mais de 10 minutos passando os
slides e falando sozinho. Não estava em mudo, mas tinha desligado o microfone e fone de ouvido no
intervalo. Não li o ‘chat’ tampouco. Ninguém conseguia falar comigo. Finalmente, a secretaria do curso ligou no meu celular
que, mesmo estando em mudo, começou a vibrar sobre a mesa. </p><p class="MsoNormal">Recebi o recado,
voltamos 10 minutos e a aula prosseguiu.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foto: A bela Rovinj, vista de um barco que navegou pela
gosta da Ístria (Croácia). Última foto das férias de 2016.<o:p></o:p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-70199371325717693012020-09-17T07:50:00.007-07:002023-04-26T10:59:05.008-07:00Netflix<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRvWJ0hwHRwUcxAayWtopdvkUlAs0zBBb1kLHG7IeizMaq5XdJc3yQvTANPWQkLBTMgVcZQLQbLhuFwNqsTy8ClQcUmq58qflFRezMMFHI8Y-xvCjdGlX48F__ImYR91Js2-MjHTi5hxw/s2048/20160808_122452.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRvWJ0hwHRwUcxAayWtopdvkUlAs0zBBb1kLHG7IeizMaq5XdJc3yQvTANPWQkLBTMgVcZQLQbLhuFwNqsTy8ClQcUmq58qflFRezMMFHI8Y-xvCjdGlX48F__ImYR91Js2-MjHTi5hxw/w400-h225/20160808_122452.jpg" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p>Tenho falado bastante sobre a Netflix nas aulas, palestras e ‘lives’.
São vários os motivos além da sua óbvia posição competitiva na indústria do
entretenimento:</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpFirst" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"></p><ol style="text-align: left;"><li>Está entre as empresas que mais alavancam a ciência de dados e este é um tema chave nos eventos que tenho realizado
sobre o <a href="https://www.sympla.com.br/3o-futuro-da-inovacao-corporativa__957866">Futuro
da Inovação Corporativa</a>.</li><li>Tem um estilo de gestão inovador, que é tema do
livro <a href="https://www.amazon.com.br/Regra-N%C3%A3o-Ter-Regras-Reinven%C3%A7%C3%A3o/dp/6555600314/ref=sr_1_2?dchild=1&qid=1600342208&refinements=p_27%3AReed+Hastings&s=books&sr=1-2">A
regra é não ter regras</a>, do seu fundador Reed Hastings e da prestigiada
acadêmica Erin Meyer.</li><li>Tem uma história inusitada, transitando pelo o
físico e digital como poucas. Começou distribuindo DVDs (físico), passou para o
streaming (digital) e, depois, passou a produzir suas próprias séries e filmes
(físico e digital).</li></ol><!--[if !supportLists]--><o:p></o:p><p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpMiddle" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="mso-list: l1 level1 lfo1; text-indent: -18pt;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Dependendo do público, o começo da história da Netflix já
não tem mais graça. Muitos não viveram a época do aluguel de vídeo (VHS, DVD e Blu-ray).
Para essa geração, o nome Blockbuster não significa muita coisa. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Blockbuster? Voltando um par de décadas no tempo, a mítica locadora
era parada obrigatória antes dos finais de semana. Aquelas megalojas eram uma
atração em si. Era difícil ficar só nos vídeos. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A Netflix, por sua vez, nasceu diferente. Lançou o conceito
de assinatura de DVDs, com um catálogo online e envio/devolução pelo correio. Um
negócio de nicho que funcionou muito bem, sem qualquer ameaça à poderosa
Blockbuster. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O surgimento do Youtube chamou a atenção dos seus fundadores
para a divulgação de vídeo em streaming. Em 2007, a Netflix começou a
distribuir os filmes neste formato. O resto é história. </p><p class="MsoNormal">Com um sucesso
incrível, arrasou a Blockbuster e catapultou sua base de 6 milhões de
assinantes para os quase 200 milhões atuais. Se escrevi este post é porque estou lendo o livro mencionado
acima e também li um artigo sobre a manutenção do <a href="https://www.wired.com/story/why-are-2-million-people-still-getting-netflix-dvds-by-mail/?utm_source=twitter&utm_medium=social&utm_campaign=onsite-share&utm_brand=wired&utm_social-type=earned">antigo modelo de negócio</a>. Sim, <b>a
Netflix ainda manda DVDs pelo correio</b>, precisamente para 2 milhões de
assinantes americanos.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O negócio é irrisório perto do streaming, mas seus assinantes
são fiéis e têm bons argumentos:</p><p class="MsoNormal"></p><ol style="text-align: left;"><li><span style="text-indent: -18pt;">O catálogo de filmes oferecido em DVD é muito
maior do que em streaming.</span></li><li><span style="text-indent: -18pt;">Independência de uma internet confiável, algo
que pode ser um problema nos rincões dos EUA. Fato confirmado com colegas americanos
aposentados, que saíram das metrópoles e foram para a zona rural.</span></li><li><span style="text-indent: -18pt;">A experiência (imagem e som) é geralmente melhor.</span></li></ol><p></p><p class="MsoListParagraphCxSpLast" style="margin-left: 35.4pt; mso-add-space: auto; mso-list: l0 level1 lfo2; text-indent: -18pt;"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A maior ressalva desta base de assinantes é com o serviço
postal norte-americano, que tem atrasado frequentemente a entrega dos DVDs.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Enfim, o negócio pode ser pequeno para a Netflix, pode
parecer obsoleto diante dos olhos dos leitores cosmopolitas, mas
representa <b>300 milhões de dólares por ano</b> de faturamento. Um belo negócio e que
ainda cativa seus clientes!<o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p>
<p class="MsoNormal">Foto: Uma outra imagem do centro de Pula na Ístria (Croácia), balneário de verão que faz a diversão de alemães, russos e outros.</p>
<p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;"><b>Leituras complementares:</b></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.thegeniusworks.com/2020/09/no-rules-rules-at-netflix-reed-hastings-describes-how-he-built-an-extreme-entrepreneurial-culture-in-a-new-book-with-inseads-erin-meyer/">A
cultura Netflix</a> – A gestão e a cultura da Netflix</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://becominghuman.ai/how-netflix-uses-ai-and-machine-learning-a087614630fe">Netflix
e IA</a> – Como a Netflix usa a ciência de dados<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2020/09/o-dilema-das-redes.html">O dilema
da redes</a> – Meu último post sobre um documentário essencial<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-14767983436424542762020-09-10T11:51:00.004-07:002020-09-10T12:04:59.994-07:00O dilema das redes<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-8mwM3yY8UZw/X1p0Wp_la-I/AAAAAAABEWg/tar3G1Pd1v0Hlgfq0U0P7tAe1NVJaBCyQCNcBGAsYHQ/s2048/20160808_105017.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" height="225" src="https://1.bp.blogspot.com/-8mwM3yY8UZw/X1p0Wp_la-I/AAAAAAABEWg/tar3G1Pd1v0Hlgfq0U0P7tAe1NVJaBCyQCNcBGAsYHQ/w400-h225/20160808_105017.jpg" width="400" /></a></div><br /> <p></p><p class="MsoNormal">Fiz alguns posts recentes sobre redes sociais, fake news e
manipulação. A proposta deste blog não é mergulhar nesses temas, mas chamar a atenção
dos leitores e, eventualmente, mostrar outras referências.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Nesta semana, a Netflix lançou o documentário “<a href="https://www.netflix.com/watch/81254224?trackId=14277281&tctx=-97%2C-97%2C%2C%2C%2C">O
dilema das redes</a>”, que consegue ser bastante didático. Se você ainda tem
dúvidas sobre o aspecto mais nefasto das mídias sociais, vale à pena investir
pouco mais de 90 minutos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Já mencionei em aulas e palestras aquela máxima conhecida
nos meios da tecnologia: <b>se você não está pagando pelo produto, então você é o
produto</b>. Pela cara de surpresa das pessoas, sinto que muita gente ainda precisa
de esclarecimentos. Eis a oportunidade! <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O documentário passa pelos temas recentemente comentados
neste blog: efeito bolha, manipulação, fake news, polarização, etc. Também explica
o mecanismo da criação da <b>dependência tecnológica e seu consequente impacto comportamental</b>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Os inúmeros depoimentos que enriquecem o filme não vieram de
revolucionários ou sonhadores. A maioria vem de ex-profissionais do Facebook, Google
e outras empresas. As poucas referências acadêmicas mencionadas no documentário
são respeitadas. Por exemplo, acompanho a Profa. <span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;">Shoshana Zuboff (Harvard) desde os anos 80,
quando publicou “In the age of the smart machine”.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal">Um aviso aos apressados: assistam o filme até o fim, pois os
depoimentos que acompanham os créditos têm um valor prático inestimável. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Para quem quiser ir mais longe, na próxima semana, será
lançado um livro muito esperado sobre o assunto: <a href="https://www.amazon.com/Hype-Machine-Disrupts-Elections-Health/dp/0525574514/ref=sr_1_1?crid=2RZY6BD98EKWG&dchild=1&keywords=sinan+aral&qid=1599761711&sprefix=sinan+a%2Caps%2C281&sr=8-1">The
Hype Machine</a> de Sinan Aral, que aprofunda os mesmos conceitos abordados no filme.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Vale lembrar que tanto o filme como o livro focam nos
aspectos negativos das mídias sociais. A proposta não é combater a tecnologia, as
empresas ou seus executivos.<b> A ideia é fazer a sociedade compreender os seus malefícios
para que juntos possamos aperfeiçoar os seus modelos e a sua governança.</b><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Foto: Na última etapa das férias de verão de 2016, mais descanso num resort da Ístria (Croácia). A foto mostra o anfiteatro romano de Pula (século I).</p><p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;"><b><br /></b></span></p><p class="MsoNormal"><span style="color: #2b00fe;"><b>Leitura complementar:</b></span><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2020/08/eu-voce-e-o-mark.html">Eu, você e
o Mark</a> (2020) - Post recente sobre o Facebook</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2013/09/eco.html">Eco</a>
(2013) - Quando falei sobre o efeito bolha em 2013.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><a href="https://www.thesocialdilemma.com/take-action/">The
social dilemma</a> - Site dos organizadores do documentário.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<br />fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-11599500342416306942020-09-03T12:15:00.008-07:002020-09-03T12:22:34.378-07:00Polarização<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-YKgawCfyL5HjpeSNRIc50wvRKkVU3fMe4ydqnt6plTrH5uwglmv_5X5MA9MOy9a2ekZyQ0qiMnmM4ZVxjTs_339C1GqwE0NPPsC99pRJiJsZZ49QDaUMmfAC2-tnfCfXGQceyaMquTw/s2048/20160806_121113.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-YKgawCfyL5HjpeSNRIc50wvRKkVU3fMe4ydqnt6plTrH5uwglmv_5X5MA9MOy9a2ekZyQ0qiMnmM4ZVxjTs_339C1GqwE0NPPsC99pRJiJsZZ49QDaUMmfAC2-tnfCfXGQceyaMquTw/w400-h225/20160806_121113.jpg" width="400" /></a></div><p><br /></p>Como entusiasta da tecnologia da informação, fico
empolgado com o seu impacto em quaisquer coisas, nos negócios, na ciência, na
educação e em tantas outras áreas. <p></p><p>E por
que não na política? Os impactos são evidentes. O cidadão conectado e integrado
tem mais condições de participar, protestar, apoiar, cobrar, etc. Os resultados
são visíveis, desde a primavera árabe às recentes campanhas eleitorais.</p><p class="MsoNoSpacing"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Uma dúvida que paira no ar é se a intensificação da polarização,
tão presente em inúmeros países, seria fruto dessa era digital. Não fico à
vontade para discorrer sobre o assunto, pois precisaria de um conhecimento histórico
muito maior para tal. Conhecemos bem o que vivemos hoje, mas qual era a
sensação de um semelhante há 50, 100 ou 200 anos? Por isso, resolvi chamar os
universitários. </p><p class="MsoNoSpacing">Recorri ao <a href="https://www.quora.com/">Quora</a>, aquele
serviço de perguntas e respostas, povoado por acadêmicos, curiosos e
palpiteiros. A pergunta foi: <b>A polarização política é um problema
crescente em todo o mundo. Será que vivemos um momento sem precedentes na
história mundial? Tenho a impressão de que a era digital contribuiu para isso,
principalmente por causa da inclusão de milhões, antes excluídos de qualquer
debate. Estou certo?</b></p>
<p class="MsoNoSpacing">Todas as respostas obtidas até 3/9/20 estão logo abaixo
no seu idioma original (inglês).</p><p class="MsoNoSpacing"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Muitas delas são categóricas em dizer que a <b>polarização
é algo antigo e que a sociedade esteve até mais dividida em outros momentos da
história</b>. Vale ler as respostas pela quantidade de exemplos. Neste
sentido, a tecnologia da informação possui um papel marginal.</p><p class="MsoNoSpacing"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Vários concordam que, de alguma forma, a era das <b>redes
sociais contribui ou amplia esse efeito</b>. Milhões de pessoas foram incluídas
num debate com pouca moderação, ficando à mercê de políticos e influenciadores,
que não hesitam em usar polarização como estratégia retórica.</p><p class="MsoNoSpacing"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Um aspecto interessante é a percepção da polarização, que
é diferente de pessoa para pessoa. O meu caro leitor talvez nem esteja
incomodado com o assunto. Entretanto, aqueles que acompanham e interagem
intensamente ainda incorrem no risco <b>de ficarem presos na própria <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2013/09/eco.html">bolha</a></b>, sem
dúvidas, um dos efeitos mais perversos das redes sociais.</p><p class="MsoNoSpacing"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing">Caro leitor, fique à vontade para colocar a sua opinião na rede social
em que você leu este post ou no próprio <a href="https://www.quora.com/Political-polarization-is-a-growing-problem-across-the-world-Do-we-live-an-unprecedented-moment-in-world-history-I-guess-the-digital-age-contributed-to-that-mostly-because-of-the-inclusion-of-millions-formerly">Quora</a>.</p><p class="MsoNoSpacing"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"> </p>
<p class="MsoNoSpacing">Foto: Outra tomada do Lago Bled (Eslovênia), agora, com a
sua marca registrada, a pequena ilha.<span style="mso-spacerun: yes;">
</span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b style="color: #2b00fe;"><br /></b></p><p class="MsoNoSpacing"><b style="color: #2b00fe;">Leitura complementar:</b></p><p class="MsoNoSpacing"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2013/09/eco.html">Eco</a>
(2013) - Quando falei sobre o efeito bolha em 2013.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><a href="https://www.pewresearch.org/politics/2014/06/12/section-1-growing-ideological-consistency/#interactive">Pew
Research</a> (2014) - Estudo sobre a evolução da polarização nos EUA. Algo
comprovado.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span style="color: #2b00fe;">Respostas: </span></b></p><p class="MsoNoSpacing"><b>Nancy Roberts</b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">Some of
the problem is no doubt perception. A greater part of our day, each of us, is
now spent online and consuming opinion “news” and information. Add to that the
competition among news outlets for eyeballs and advertising dollars, and that
all becomes overheated rhetoric. Try an experiment - drop your consumption of
the Internet and for that matter “news” altogether for a few days. My guess is
you’ll perceive a lot less polarization unless it’s your habit to discuss
politics with friends and neighbors every day. When I think back to how much of
their day my parents spent consumed with national and international news, as
opposed to the neighborhood, school, and local news - or none at all as compared to
their daily round of chores, activities, social occasions, reading books,
family and relaxation time - it’s no wonder their day to day stress came more
from whether the laundry was done or one of us kids had acted up or the car
needed servicing as opposed to whether Trump or Biden was the worst person in
the world and was literally Hitler.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mark Gould</span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">The answer is
far more complicated than that. Yes, the digital age includes more people in
any discussion/debate about politics. However, the major reasons for
polarization have to do with the multiplicity of media outlets that now exist. When
I grew up, Americans turned to three TV networks for news. These were ABC, NBC,
and CBS. Today, there are far more sources of news both on the internet and on
television. As the number of sources multiplied, news began to be presented
with particular political viewpoints. For example, FOX slants news in a
conservative fashion. MSNBC slants in a liberal fashion. What I believe goes on
is that people deliberately shop for a news source that tells them what they
want to hear. There are so many sources today that almost everyone with every
viewpoint can find the source they want to listen too. This causes all of us
to retreat into our own corners and seek out those who think like we do rather
than to engage in a real debate where some might change their opinions after an
open and frank discussion. That is the real reason today for political
polarization. What is most depressing to me is that I do not see how this is
going to change and I fear the repercussions of so much polarization for our
country.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">John Metcalfe</span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="color: #333333; mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Not at all although
it is a feature of political rhetoric to paint the current circumstances as if
the crisis afoot is the biggest crisis of all. 40 years ago, Thatcher and
Reagan were painted as extremists, they kept winning and their countries went
onwards and upwards. The pattern is repeated ad infinitum.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="">Andrew
Jackson</span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span class="q-text"><span lang="" style="color: #636466; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Y</span></span><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">es, we do but the digital age has not
suddenly enfranchised anyone. All that has happened is that audience has grown.
The comments that Facebook contributor xyz makes are no longer just heard by 5
fellow workers but by 50 self-selected individuals all with the same viewpoint. I</span>n
effect, the decline of reading Newspapers has resulted in bigots not having
their viewpoint challenged. A consequence of this is extremism, populism, and the rise of hatred.</p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="">Paul
Trejo</span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">I
disagree. As someone who witnessed the 1960’s first-hand, my opinion is that
the sixties were just as divisive as today. The Cuban Missile Crisis has no
correlate today. In world history? No way. World War 2 was more divisive. So
was World War 1. So was the Civil War. So were the French and American Revolutions. </span>No —
this is not an unprecedented moment in world history. The Internet and Mass
Media have almost NOTHING to do with it. People are naturally divisive and
have been since the start of recorded history. It’s even throughout the Bible.</p><p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Tom Appich</span></b><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">My view
is that the polarization is due, at least in part, to the pace of change that
the world is experiencing today. Much of that arises from the digital age, but
it is also because of the end of the bipolar world, split between communism and
democracy. The older world was dangerous but stable. Since 1991, it’s been a
free-for-all.</span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">Rafael
Marcus<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">Political
polarization it’s a very old problem. The problems of today are as many as before,
but the digital age introduced new channels of communication with better
availability and ease of use for everyone. If one follows the chat rooms media,
will be very easy to see that the groups are divided by subjects and points of
view (moral, political, etc.). There isn’t much new, but the speed and ease of
use. The people were divided during the French revolution (1789) or the
Bolshevik revolution (1917) The French revolution was caused by the lack of
food, caused by the French money spent to help the anti-British American
revolution and the refusal of the French nobility to pay taxes to help the
economic situation of the hungry French population. In 1917 in Russia the
soldiers were sent to fight the war with broken shoes and not enough food because
of the existent corruption and embezzlement of public money. During both
revolutions, the result was the killing of a lot of people, guilty and not
guilty for the socioeconomic situation. </span>During
the different historic periods, the mediums of communication evolved from
pictures on the cave walls to papyrus, the printing press, photography, film,
electronic media, and so on. Every one of these new media channels brought more
people into the circles of people of knowledge. Regardless of the period people
communicated through gossip and meeting in the middle of the village or in the
pub after work or during the weekend. Talking, reading, and writing it’s what
differentiate the humans from other animals.</p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin;">Alain Mellaerts</span></b><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">It’s the
sign on the wall of change. The ancient regimes are under stress. It’s very
hard to generalize but dictatorships and liberal democracies are under
pressure. Everybody is a member of the media; Ideas can be easily spread and
revolutions coordinated thanks to the digital age. A bit like the effect of
printed books and the reformation in the 16th century. The extremer parts of
our societies, left, right, religious zealots…, are pulling the carpet their
way causing cracks in the fabric. Add a virus, global warming, a refugee crisis, and social unrest, the stage is set. Change is in the air.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p> </o:p></span><b><span lang="">Brent
Cooper</span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Polarization has always
existed but it seems much more intense today. </span>Clearly, there are certain
groups and organizations that profit from polarization and are doing everything
in their power to make it happen. Unfortunately, in the US
most of it comes from our political leaders who see polarization as a means to
seize and retain power. Certain parties engage in class warfare not to make a
point but to created hatred and distrust so as to stay in power. They use
issues like race, abortion to try to divide Americans. <span lang="">There are so many issues
Americans could work together on but it is not happening because certain people
don’t want it to happen. Healthcare is such an issue because it affects
everyone. </span>At some time, people will
wake up and start directing the political dialogue instead of letting the
politicians direct it.</p>
<p class="MsoNoSpacing"><b><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Weijiu Wu<o:p></o:p></span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Well, we always live in an unprecedented moment
in world history. </span>People in the 40s live in unprecedented times
as they experience the greatest war the world has ever witnessed. People in the 50s’ live in unprecedented time
as they experience the start of the cold war. People in the 60s live in unprecedented time
as they experience the worldwide human rights movement and the space race. <span lang="">Yadi yada. You get the point. </span>It's not that we are special and live in a special time, its just human institutions are inherently unstable, especially world
politics, as there’s no centralized world government to coordinate the actions
of individual nations. The US achieved world hegemony, and as a
result, achieved some sort of shallow world order. As the US becomes increasingly weak
internally with continued power and wealth disparity between the elite and the
populace, that shallow world order that revolves around the US is breaking
down, causing disintegration and polarization of the world.</p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-font-family: Calibri; mso-bidi-theme-font: minor-latin; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p> </o:p></span><b><span lang="">Michael
Wardell</span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">Democracy
is predicated on compromise, horse-trading, and what some might see as
corruption. </span>Indeed,
compromise is a corruption of two or more opposing ideas. I
wouldn’t worry about the government that follows the wrong path. We do that all
the time. I would be concerned about the absence of corrective feedback. That is
a flaw associated with dictatorships led by strongmen. For us,
corrective feedback comes in the form of elections. For so long as we have an
honest procedure to choose the direction of our government, and as long as we
are willing to tolerate results that go against our favor, we can avoid the
fates of countries that just won’t listen. The example of the USSR springs to
mind.</p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;"><o:p> </o:p></span><b><span lang="">Don
Tracy</span></b></p>
<p class="MsoNoSpacing"><span lang="" style="mso-ansi-language: EN-US;">Maybe in
some indirect way but the digital age is not the primary reason. </span><span lang="">The
overall controlling source of polarization comes from international capitalism,
financial centers, and corporate power. Those forces demand control of the
masses and manage mass psychology by propaganda like the ad agencies of Madison
Avenue. The gigantic amounts of money and wealth can buy everything needed to
do exactly their bidding. A polarized population is a controlled population who
are unable to ever unify in solidarity thereby never becoming a threat to the
ruling class. </span>Good
luck people.</p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-61790169691728893752020-08-30T10:42:00.002-07:002020-08-30T10:42:30.724-07:00O elo mais fraco<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-c3Rt1WIymf8/X0vkLlivElI/AAAAAAABEM0/3k5N5K6Ke3oXTmacZ9rtKNgO6waj78C2wCNcBGAsYHQ/s1032/IMG-20160804-WA0000.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="581" data-original-width="1032" height="225" src="https://1.bp.blogspot.com/-c3Rt1WIymf8/X0vkLlivElI/AAAAAAABEM0/3k5N5K6Ke3oXTmacZ9rtKNgO6waj78C2wCNcBGAsYHQ/w400-h225/IMG-20160804-WA0000.jpg" width="400" /></a></div><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Neste período de pandemia, os <b>ataques cibernéticos</b>
explodiram e atingiram inúmeros alvos em todo planeta. A maior parte deles é
feita de forma automatizada, espalhando-se um número gigantesco de iscas - emails,
links e torpedos - a espera de uma vítima infeliz, que acaba infectando a sua
organização.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">É verdade que muitos ataques são direcionados. Nesses casos,
o pelotão de elite dos hackers de algum grupo criminoso usa as suas habilidades
para encontrar o melhor caminho para seu objetivo. Não é difícil! Os grupos
mais organizados, aqueles ligados a países como Rússia, China e Coréia do Norte,
possuem um arsenal de vulnerabilidades dos softwares utilizados por nós,
prontos para serem acionados. Enfim, você tranca a porta da frente, mas os
caras têm a chave da <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2013/07/porta-dos-fundos.html">porta dos
fundos</a>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Existem situações, onde o crime cibernético empenha um
esforço ainda maior. Empresas com alguma propriedade intelectual relevante, que
seja do interesse da ‘concorrência’, são exemplos desses alvos. Para se garantir
a eficácia da incursão, a abordagem vai além do ciberespaço.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">A literatura policial especializada está repleta de
histórias parecidas. As armas cibernéticas são deixadas de lado em troca da <b>boa
e velha ‘engenharia social’</b>, abordando-se funcionários e ex-funcionários de
empresas detentoras de segredos industriais relevantes. Em outros casos, a
mesma abordagem é feita para se alcançar um acesso privilegiado à rede da
empresa. Basta convencer um único funcionário a colocar um pen drive no
computador correto, que o restante do crime pode ser cometido remotamente do
outro lado do planeta. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Na última semana, a tão admirada <a href="https://arstechnica.com/information-technology/2020/08/russian-tourist-offered-employee-1-million-to-cripple-tesla-with-malware/">Tesla
confirmou que foi vítima</a> de uma tentativa ataque deste último formato. Um
funcionário da <a href="https://www.tesla.com/gigafactory">Gigafactory</a> foi
abordado por um turista russo, que <b>ofereceu um milhão de dólares para que infectasse
a rede da empresa</b>. Sim, um milhão de dólares!<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O funcionário exemplar não cedeu à tentação. Com a entrada
do FBI no episódio, o russo acabou preso. A lição deste evento tão recente é
mostrar que as preocupações com a cibersegurança devem ir muito além da cibersegurança.
Quando os hackers querem sacanear a sua empresa, não há limites. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Felizmente, tomamos conhecimento do fato. É fundamental que
todos saibam que esse tipo de coisa acontece, e muito! Vários eventos semelhantes
são tratados em sigilo privando o mundo da real dimensão do problema.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Fica o alerta para os executivos de organizações que tenham qualquer
atrativo, seja tecnológico ou nos seus valiosos dados. Será que todos os
funcionários passariam num teste de lealdade similar? <b>Qual é o elo mais fraco de
cada organização?</b><o:p></o:p></p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Leitura complementar: <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2013/07/porta-dos-fundos.html">Porta dos Fundos</a> (2013) <a href="https://fbirnotes.blogspot.com/2020/07/ciberseguranca.html">Cibersegurança</a> (2020)</p><p></p><p>
</p><p class="MsoNormal"><br /></p><p class="MsoNormal">Foto: Ainda sobre aquelas inesquecíveis férias de 2016, logo depois da mudança para o
Brasil. As águas tranquilas do Lago Bled (Eslovênia)
convidavam-nos para o merecido descanso.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<br /><p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-26003452656355705772020-08-22T14:58:00.007-07:002020-09-24T06:40:21.754-07:00Analógico<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-lyfSXlwqY0I/X0GT-DlGA4I/AAAAAAABEJI/zvHzCGPYgPUrrr8AxRDBzOf7wL_yWp-egCNcBGAsYHQ/s5472/IMG_2326.JPG" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="267" src="https://1.bp.blogspot.com/-lyfSXlwqY0I/X0GT-DlGA4I/AAAAAAABEJI/zvHzCGPYgPUrrr8AxRDBzOf7wL_yWp-egCNcBGAsYHQ/w400-h267/IMG_2326.JPG" width="400" /></a></div><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><div><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><br /></span></span></div><div><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><br /></span></span></div><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">De vez em quando, pego umas folhas de papel e fujo do computador a fim de rascunhar um texto, uma palestra, um slide ou qualquer coisa parecida. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A papelada era um problema até muito pouco tempo. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Com a pandemia, passou a ser um alívio. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Uma oportunidade para escapar do monitor inseparável, nossa janela para o mundo.</span></span></span></span></span></span><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Manipular papéis foi minha rotina por longos anos. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Afinal, sou um blogueiro longe de ser nativo digital. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A maior parte dos meus 550 posts e 350 artigos nasceu de algum esboço feito num papel qualquer, num caderno ou até mesmo num espaço em branco de uma página de revista que está à mão.</span></span></span></span></span></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Com o tempo, passei a escrever direto no computador. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Excepcionalmente, pelo smartphone. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Ainda guardo folhas avulsas e cadernos cheios de ideias e artigos começados. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A vida digital, no entanto, acaba espelhando essa frutífera balbúrdia, com textos espalhados por mensagens, arquivos de textos, bloco de notas, etc. Este mesmo post já estava 'amarelando' num arquivo do Word há alguns meses.</span></span></span></span></span></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Fazer as coisas direto no computador pode até aumentar a produtividade, mas fica só nisso. </span></span></span></span></span></span><a href="https://linguistics.ucla.edu/people/hayes/Teaching/papers/MuellerAndOppenheimer2014OnTakingNotesByHand.pdf"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Evidências científicas</span></span></span></span></span></span></a><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"> mostram que registrar as anotações de uma aula ou palestra por escrito é mais eficaz do que digitar. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">E se você não quiser aprender mais nada, a ciência também mostra que a escrita manual é uma boa prática para manter as habilidades cognitivas.</span></span></span></span></span></span><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Durante o confinamento, consumi duas resmas de 500 folhas, dois cadernos e um Moleskine. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Também imprimi muita coisa para ler na confortável poltrona da sala. </span></span></span></span></span></span></p>
<p class="MsoNormal"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Uma resma custa R $ 20. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Um Moleskine, R $ 70. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">O cartucho da impressora, R $ 300.</span></span></span></span></span></span> Manter a saúde mental, não tem preço!</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p><br /></o:p></p><p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Foto: Visão geral da cidade (Peste) a partir do Castelo de Buda. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">Budapeste é cortada pelo Danúbio, que cruza cidades importantes como Viena, Belgrado e Bratislava. </span></span></span></span></span><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;"><span style="vertical-align: inherit;">A ideia de fazer um longo cruzeiro pelo Danúbio ainda está no caderninho de viagens.</span></span></span></span></span></span><o:p></o:p></p><p></p>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-12325190154305189232020-08-12T17:34:00.007-07:002020-08-12T17:45:34.064-07:00Foi por dinheiro<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9gunXNFIA0mlO8AK_gtM4NlQHMLpq-8YbbNpDUFcR6Up7m4KEYwSZC2853j_XGFlYlb_uDRfYwUovFnEwo6k3XSM60XNk-YKsJezA_FoZ0r4p-C_ZA8syookKEEYlzkzvD_AxM-Cobh4/s2048/20160802_164405.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9gunXNFIA0mlO8AK_gtM4NlQHMLpq-8YbbNpDUFcR6Up7m4KEYwSZC2853j_XGFlYlb_uDRfYwUovFnEwo6k3XSM60XNk-YKsJezA_FoZ0r4p-C_ZA8syookKEEYlzkzvD_AxM-Cobh4/w400-h225/20160802_164405.jpg" width="400" /></a></div><div><br /></div><div><br /></div><div>Meus caros leitores talvez não conheçam a Macedônia do Norte e muito menos a relação deste pequeno país com a campanha do Trump de 2016.
Saibam que, apenas na pacata cidade de Veles, existiam cerca de 100 sites pró-Trump. Sites
feitos com notícias copiadas, falsas ou distorções apelativas de notícias
reais.</div><div><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Afinal, o que existe de tão especial neste país oriundo da desintegração
da Iugoslávia? Seriam todos de extrema-direita? Seria fruto de um projeto
secreto do Trump? Talvez do Putin? <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Não, nada disso, Veles é apenas uma cidade decadente. Alguns
dos seus jovens desesperançosos descobriram que poderiam ganhar uns trocados
com sites na Internet. Bastava um assunto de interesse geral e as máquinas de
‘ads’ do Google e Facebook faziam o resto. No meio da pobreza da Macedônia
moderna, qualquer trocado seria bem vindo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Depois de poucos casos de sucesso, perceberam a maior das
oportunidades naquele não tão distante ano de 2016. Sendo os apoiadores do
Trump muito ativos nas redes sociais, os macedônios criaram uma arapuca - um
vasto conjunto de sites simpáticos às causas da extrema-direita para atraí-los
e, dessa forma, serem remunerados pelo Google e Facebook em função dos cliques obtidos.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Por incrível que pareça, esses jovens tinham um inglês sofrível
e mal conheciam o Trump. Muitos deles arrependeram-se publicamente pelo apoio
involuntário ao candidato republicano. Mas deixaram bem claro: “foi por
dinheiro”. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">No último post, <a href="http://fbirnotes.blogspot.com/2020/08/eu-voce-e-o-mark.html?m=0">comentei
sobre o assunto</a> e acredito que seja importante reforçá-lo. Faço isso como
utilidade pública. Quanto mais gente entender desse mundo orientado pelos cliques,
ficaremos mais seguros e menos vulneráveis.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Enquanto você pensa se uma notícia que acabou de ler é
verdadeira ou falsa, seu autor já faturou. O jogo das fake news, da manipulação
e da apelação é sobretudo uma máquina de fazer dinheiro. Nesse jogo vale tudo para
atrair os cliques.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Evidentemente, não podemos desprezar o aspecto manipulatório,
que existe e é uma ameaça real à democracia, <a href="http://fbirnotes.blogspot.com/2020/08/eu-voce-e-o-mark.html?m=0">conforme
mencionei no post anterior</a>. Na mesma campanha do Trump, houve conteúdo nesse
sentido, como mostrou o escândalo Cambridge Analytica.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Todos precisam ter consciência que por trás de histórias
sensacionalistas, teorias conspiratórias, manipulações de notícias e as
próprias fake news tem sempre alguém ganhando dinheiro. Pessoas vivem de
cliques. Empresas vivem de cliques. O mundo gira em torno dos cliques. Não
basta se abster de espalhar fake news, é preciso vender nossos cliques cada vez
mais caro. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal"> Foto: Se eu tivesse alguma foto tirada na Macedônia do Norte,
seria o momento. Cheguei perto: Grécia, Croácia e Eslovênia, que ficarão para
outros posts. Então, continuemos com as viagens de 2016. Ainda em Budapeste, o
fantástico mercado central, com direito às vistas externa e interna (abaixo).</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p></div><div><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_u-kQ6nQaaLwUbvVNarwN5KhU1WAJox7fB7lisga5p3EVmu5p3N0C8v_5ETH-AbMHkLzBlosuhRYSypAFhU-TIHiUkN7fNOTPV-n8NvpLVagH5FWMPFxTVNk0mI31Wz_9rS1Id82uozo/s2048/20160802_150829.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_u-kQ6nQaaLwUbvVNarwN5KhU1WAJox7fB7lisga5p3EVmu5p3N0C8v_5ETH-AbMHkLzBlosuhRYSypAFhU-TIHiUkN7fNOTPV-n8NvpLVagH5FWMPFxTVNk0mI31Wz_9rS1Id82uozo/w400-h225/20160802_150829.jpg" width="400" /></a></div>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-26395270196736853982020-08-06T13:02:00.005-07:002020-08-06T13:06:19.242-07:00Eu, você e o Mark<div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqTW4uRO75nVPYhkTkXvrAMQsb-mdEOGyULChfEvYmEp-dgDrikcfgQB0m9YluwwYT06_ZLIWzPgVcEcRSLrt3rbVBzTef0ijSqoVUufXap2oyOnJsxqk5EzscAiSQHLvgf89la3ESmM8/s5472/IMG_2364.JPG" style="display: block; padding: 1em 0px; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="3648" data-original-width="5472" height="267" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqTW4uRO75nVPYhkTkXvrAMQsb-mdEOGyULChfEvYmEp-dgDrikcfgQB0m9YluwwYT06_ZLIWzPgVcEcRSLrt3rbVBzTef0ijSqoVUufXap2oyOnJsxqk5EzscAiSQHLvgf89la3ESmM8/w400-h267/IMG_2364.JPG" width="400" /></a></div><div></div><div><p class="MsoNormal"><a href="http://fbirnotes.blogspot.com/2020/08/big-tech.html?m=0">No último post</a>,
falei sobre o imbróglio envolvendo as gigantes da tecnologia, as <b>Big Tech</b>.
Embora as práticas anticompetitivas sejam o tema comum entre elas, os problemas
estão longe de ser do mesmo tamanho.</p><p class="MsoNormal"><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Ousando uma enorme simplificação, diria que a Apple merece
um puxão de orelha. O Google e a Amazon talvez mereçam o dobro. Seria algo como
a dizer: joguem limpo, pois estamos de olho!
<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Já com o <b>Facebook</b>, é uma outra história. Acredito que esteja
numa enrascada. Por mais que o congressista norte-americano se esforce, será
difícil desconectar a concentração de mercado das questões de manipulação das
redes sociais (fake news & cia), que são ameaças reais à democracia. Sem
querer menosprezar a questão econômica, acredito que seja muito menos complexa
do que a sociopolítica. Até porque ninguém sabe como lidar com isso.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O assunto está em pauta em todo mundo. Depois das evidências
de interferências em todas as eleições recentes, com mais ou menos impacto, <b>uma
resposta da sociedade é imperativa</b>. O problema é o arbítrio entre o controle
necessário e a liberdade de expressão e privacidade. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Felizmente, existem alguns caminhos no horizonte. O próprio
“PL das fake news” nacional inclui bloqueio de envios em massa, suspensão de
contas, controle de robôs, remoção de conteúdo, moderação, responsabilização,
etc. Segundo os especialistas que o acompanham, está longe da perfeição, mas já
é um grande avanço.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Um dos maiores pesquisadores do assunto, Sinan
Aral (MIT), acrescenta que é preciso muita atenção ao modelo econômico das
mídias sociais. Segundo ele,<b> fake news são antes de tudo caça-níqueis</b>, notícias
criadas para atrair cliques, com ou sem o intuito manipulatório. <a href="https://science.sciencemag.org/content/359/6380/1146">Num artigo
publicado na Science</a>, ele demonstra que as fake news espalham mais simplesmente
porque são mais fresquinhas. É o efeito Tostines.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O suposto monopólio do Facebook não é tão ruim. Afinal, uma
rede social é boa, quando encontramos todo mundo por lá. Foi no Facebook, que
reencontramos os amigos do passado. É pelo Facebook, que muitos dos meus
leitores acessam este blog. É também nas ferramentas do Facebook, que vivemos
grande parte dos problemas mencionados neste artigo.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">O Facebook está na berlinda há algum tempo. Não é à toa
que mesmo sendo um verdadeiro tesouro, sua valorização fica muito aquém
das demais Big Tech. A postura do seu fundador e CEO tem despertado
desconfiança e confronto. <b>É hora de prestar atenção à sociedade, negociar e
tirar a empresa da mira dos holofotes</b>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal">Aliás, eu iria mais longe. Se fosse o <b>Mark Zuckerberg</b>,
pendurava as chuteiras. Fazia como a Microsoft e o Google, contratava um
indiano empático para gerir seu império. Ou então, promoveria a atual COO
Sheryl Sandberg a CEO. Mark poderia montar sua própria fundação e uma holding
para gerir seu patrimônio. De vez em quando, iria à reunião do conselho e,
sobretudo, não atrapalharia a/o CEO.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"> <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal">Foto: A Galeria Nacional Húngara situa-se no Castelo de
Buda, que foi residência real da Hungria. O local do castelo, uma colina às
margens do Rio Danúbio, teve esse fim desde o século XIII, porém houve diversas
destruições e reconstruções. Foto de 2016.</p></div>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2880392674352645573.post-91969655234812749122020-08-03T16:08:00.009-07:002020-08-03T16:18:21.733-07:00Big Tech<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-YOvR6uQq1KA/Xyiakwyh6_I/AAAAAAABCYQ/6b0n8FIo2gIpZiPx-TyYAAYLye_AJ6qTwCNcBGAsYHQ/s2048/20160802_105049.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1152" data-original-width="2048" height="225" src="https://1.bp.blogspot.com/-YOvR6uQq1KA/Xyiakwyh6_I/AAAAAAABCYQ/6b0n8FIo2gIpZiPx-TyYAAYLye_AJ6qTwCNcBGAsYHQ/w400-h225/20160802_105049.jpg" width="400" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Na última semana, os principais executivos de quatro das <b>Big
Tech</b> (Apple, Amazon, Google e Facebook) foram convocados para depor no
Congresso norte-americano por suspeitas de práticas anticoncorrenciais.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">As audiências estão longe de serem vistas como algo burocrático.
Além das práticas comerciais supostamente abusivas, o contexto é delicado. Somam-se
à pandemia, as manifestações, o ano eleitoral e até mesmo as ainda não digeridas
eleições de 2016.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">A pandemia foi um acelerador de negócios para os gigantes do
mundo digital. O valor das quatro empresas acima com a Microsoft alcança 5
trilhões de dólares, representando quase 20% do índice S&P da bolsa
norte-americana. Nunca houve tamanha concentração de valor.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Por outro lado, a discussão sobre fake news, manipulação e
influência nas redes está mais quente do que nunca. Faz-se necessária <b>uma resposta
da sociedade</b> para que possamos garantir o pleno funcionamento das democracias.
Nos Estados Unidos, durante as primárias democratas, a campanha do “<b>break them up</b>”
(quebrem as Big Tech) obteve adesões importantes - Elizabeth Warren e Bernie Sanders.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><font face="inherit">Os conservadores, por sua vez, ressentem-se de um viés
progressista das redes sociais, que supostamente seriam mais rigorosas com as
fake news criadas por eles. Os conflitos pessoais de Donald Trump com cada uma
das empresas acima são um capítulo a parte. <o:p></o:p></font></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><font face="inherit">O cerne da discussão está nas seguintes práticas:<span style="background: white; color: black; line-height: 107%;"> 1) A Amazon é acusada
de abusar de seu papel de varejista e de plataforma que hospeda vendedores de
terceiros; 2) A Apple é acusada de usar injustamente sua influência sobre a App
Store para bloquear rivais e forçar os aplicativos a pagar altas comissões; 3)
O Facebook é acusado de buscar o monopólio das redes sociais; 4) A Alphabet,</span>
<span style="background: white; color: black; line-height: 107%;">empresa mãe do Google, é
questionada por causa do domínio do Google em publicidade on-line, pesquisa e
software para smartphone.</span></font><o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Os congressistas norte-americanos trouxeram muitas
evidências das práticas acima. Acredito que o meu caro leitor, assim como eu,
não esteja surpreso com as mesmas. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Portanto, imagino que as audiências continuem por algum tempo. <o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">O mundo da tecnologia já proporcionou processos antitruste,
por exemplo, com a IBM e a Microsoft no banco dos réus. Entretanto, o
calendário político parece incompatível com o econômico e tecnológico. Os
processos são tão lentos, que acabam perdendo sentido. A tecnologia evolui,
surgem alternativas de mercado e as empresas adotam comportamentos corretos. Se
os processos da IBM e Microsoft não chegaram ao final esperado, parece-me que <b>a
longa temporada sob pressão pública valeu à pena</b>. O caminho foi mais importante
do que o destino.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Muitos políticos de diversos matizes ideológicos, num
espírito revanchista e punitivo, estão afoitos para quebrar essas empresas, o
que levaria alguns anos e teria eficácia duvidosa. O mundo não precisa de que
as Big Tech passem de 5 para 20. <b>O mundo precisa de regulação, precisa de leis
para 2021</b>.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Fecho o post com um texto de Zachary Karabell para a revista
Wired: “<b>O que precisamos agora é de um</b> <b>novo marco regulatório baseado nas
questões atuais: privacidade, quem possui e lucra com dados, concorrência e
inovação</b>. Esses devem ser os pontos de partida para o desenvolvimento da
política, no lugar do foco no tamanho ou número de empresas de tecnologia.
Precisamos perguntar quais regras protegeriam os consumidores, garantiriam a
inovação contínua e permitiriam a concorrência, sem criar problemas adicionais
e não intencionais. A resposta não se parece com as que foram desenvolvidas há
mais de 100 anos; e adaptar os desafios atuais para aquele molde do século passado
só pode piorar as coisas. Quebrar as Big Tech tem a virtude de soar simples, e
todos os vícios de serem simplistas. Temos problemas reais que precisam de
pensamento criativo; os regulamentos do passado, que não funcionaram tão bem
mesmo assim, não são uma resposta”.<o:p></o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;"><o:p> </o:p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: left;">Foto: E por falar em Congresso, eis o Parlamento Húngaro,
cartão postal de Budapeste. Foto tirada no verão europeu de 2016.<o:p></o:p></p><div style="text-align: left;"><br /></div></div>fbirmanhttp://www.blogger.com/profile/12490022117225859867noreply@blogger.com1