O costume de mandar minhas camisas para serem lavadas por especialistas vem de longa data. Foi assim no Brasil, na França e na Bélgica. Em abril de 2009, comentei neste blog sobre um evento inusitado: o furto sofrido pela lavanderia em Lyon.
Desde o meu retorno ao Brasil, minha esposa administra o
assunto. Todo começo de ano, ela fecha um pacote de camisas. Pagamos antecipado
e a lavanderia vai deduzindo as entregas semanais. A gente ganha no valor
unitário e perde com a antecipação. Mas a questão não é financeira, é de
praticidade.
No começo do ano, poucos dias antes do confinamento, minha
esposa ainda perguntou se as minhas novas atividades profissionais exigiriam o
mesmo pacote de camisas, calculado com a base de uma por dia. Respondi: “Claro!
Vou encontrar clientes e parceiros. Já tenho almoços agendados para o mês de
março inteiro!”. Ela fechou com a lavanderia.
Em março, ainda usava camisas diariamente. Aí, vendo o que
acontecia do outro lado do Zoom, comecei usar camisas polo. Depois, mudei para
as melhores camisetas. Em abril, já estava usando as camisetas mais básicas, daquelas
que comprava de dúzias na Europa.
Em tempos de ‘work from home’, as camisas polo são o novo black-tie.
Termino 2020, com um baita crédito na lavanderia, mas trabalhar de calção
e camiseta não tem preço.
Leitura complementar:
Furto
à lavanderia (2009)
Compra
de T-shirts (2009)
Foto: Praia vermelha de Santorini (2016)
Eu me visto igualzinho. A única diferença é que perdi a inibição de expor as mangas e a gola da camiseta por baixo da camisa.
ReplyDeleteAh, malha com remendo que eu mesmo costurei, não fica muito elegante mas para zoom serve. Vou manter essas adaptações depois da vacina e da 1a visita à barbearia.