Os filmes em 3D estão salvando Hollywood. Até agora, eles têm sido eficazes na proteção contra a pirataria descontrolada pela Web. Também têm sido generosos caça-níqueis, associado aos temas infanto-juvenis (para não dizer outra coisa).
Finalmente, assisti a um filme em 3D que escapa da mediocridade: Alice no País das Maravilhas. O clássico de Lewis Carroll continua inspirando os amantes das letras, números e lógica. O filme passa muito rápido para se absorver a riqueza do texto, a menos que você tenha lido e relido o livro algumas vezes. Pena que tenha deixado a edição comentada por Martin Gardner no Brasil.
A vida de Charles Dodgson - o verdadeiro nome de Carroll - continua suscitando especulações. A suspeita de pedofilia ainda é grande. Há inúmeras suposições a respeito dos laços de Charles com as meninas da família Liddell: A verdadeira Alice e a sua irmã Lorina.
No mundo dos calorosos debates sobre a personalidade de Charles, a última novidade é o livro da inglesa Jenny Woolf. Ela vasculhou a vida do escritor com uma disciplina da auditoria ou mesmo da ciência forense. Sua conclusão: Nem gay, nem pedófilo. Charles Dodgson seria uma pessoa "normal".
A música tem Michael Jackson, o cinema tem Roman Polanski e a literatura tem o eterno Lewis Carroll.
Foto: Mais uma tomada de Monaco, desta vez mostrando a parte mais antiga da cidade, sob o famoso rochedo.
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