Os franceses adoram a Renault. Mas na hora de comprar carro, preferem a Peugeot-Citroën, ou até mesmo uma marca estrangeira. A Renault e seu ex-super-executivo Carlos Ghosn estão passando o chapéu. O governo já possui 15% do seu capital e, provavelmente, aumentará a sua participação. Ghosn, o mais internacional dos executivos, desperta mais pena do que inveja.
Já a outrora poderosa Daimler (Mercedes) não fica atrás. Seus míseros 8% do mercado automobilístico alemão somados a uma grande crise no setor de caminhões provocaram um prejuízo recorde de quase 3 bilhões de euros em 2009. Belo desempenho!
Renault e Daimler se merecem. A tão festejada associação visa ao mercado de pequenos, para alavancar a produção de Twingo, Smart, Classe A e outros. A Daimler vem de associações desastrosas com Hyundai, Mitsubishi e Chrysler. A união da Renault com a Nissan não chega ser um desastre, mas está longe de ser um sucesso.
Se a história das associações galo-germânicas se repetir, nós sabemos quem vai pagar a conta: O povo francês e o alemão, que preferem BMW, Citroën, Peugeot e Volkswagen, não necessariamente nesta ordem.
Fotos: O farol de Biarritz, visto de dois pontos da cidade. Na foto abaixo, a partir dos famosos rochedos de Biarritz.
2 comments:
Airbus deu certo, não? E o Ghosn salvou a Nissan, talvez salve a Daimler de seus desastrados administradores.
O Ghosn salvou a Nissan. Mas não fez nada pela Renault. Quando ele começou a agir, Sarkô o proibiu de fechar fábricas em solo francês.
A Airbus é outra história. Do ponto de vista de engenharia, é um grande sucesso. Do lado econômico, os europeus pagaram muito caro para abocanhar 50% do mercado de aviação civil. Tenho que concordar que, em tese, é melhor do que um monopólio.
Qualquer união pode proporcionar um conjunto mínimo de sinergias interessantes. Mas a Alemanha e a França são muito engessadas para aproveitá-lo. Veremos.
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