Após alguns
dias sem tragédias como atentados, quedas de aviões ou jornalistas degolados, a
imprensa europeia pode finalmente dar um pouco de atenção à sua vigésima sétima
prioridade, os imigrantes que fogem da África.
O naufrágio
da última semana pode ter sido marcante, mas o evento é recorrente. Toda semana
tem algum evento trágico ligado aos africanos que tentam fugir para a Europa.
Se os cadáveres africanos no Mediterrâneo não aprodecessem, já haveria uma
ligação da África à Itália.
Se fui
irônico nos dois primeiros parágrafos deste post, é por que começo ver muita
gente perguntando-se como podemos ignorar tamanha tragédia por tanto
tempo. A pressão nos governos para uma
solução humanitária aumentou.
Os países
europeus não estão abertos à uma nova onda de imigração e tampouco têm uma
economia em boa forma. Entretanto, os inúmeros conflitos da África e Oriente
Médio tem gerado uma massa crescente de refugiados. Dá para fingir que não acontece
nada longe da “civilização”, mas não à porta de casa.
Depois do terremoto
do Nepal, tudo voltou à normalidade. Os imigrantes africanos que perecem no
Mediterrâneo voltaram para a página 27 dos jornais.
Foto: Para
fechar esta série de fotos de Antuérpia, a estátua e fonte de Brabo (soldado
romano) diante da prefeitura da cidade na Grand-Place.
No comments:
Post a Comment