Passou 2014 e não escrevi aquele prometido post sobre o centenário da Primeira Guerra. Para falar a verdade, não li tudo o que queria sobre o tema e acabei deixando o assunto de lado. Nesses dias, comemorou-se mais uma data histórica, o bicentenário da Batalha de Waterloo, que representa o fim do perído napoleônico. Dessa vez, não deixo passar em branco.
Quando o
assunto é Waterloo, a França faz picuínha. Atrapalha a comemoração dos outros e
ainda não envia seus representantes oficiais ao cenário da batalha. O governo
faz feio, mas a imprensa foi magnânime. Fez intensa cobertura de um fato
histórico tão importante para a formação da Europa. Hollande não foi. Mas eu
fui!
Fui eu e
mais 60 mil! Como os campos de Waterloo são afastados do centro de Bruxelas,
tive meu momento paulistano ao dividir a estrada com 20 mil carros. Imagino que
as centenas de milhares de homens e cavalos que lá chegaram, duelaram e
pereceram há 200 anos causaram menos impacto do que todos esses automóveis.
A Batalha de Waterloo é muito apropriada para
ser reconstituída. Foi uma das últimas
batalhas à moda antiga, com tropas inimigas emparelhadas, aproximando-se até aquele sanguinário “mano a
mano”. O outro aspecto peculiar é que esta batalha realmente ocorreu numa área
pequena, viabilizando a reconstituição com muito realismo.
O lado
menos interessante do excesso de realismo é a fumaça. Estava atrás da
artilharia de Wellington. A fumaça
excessiva dos canhões atrapalha bastante a visão. Considerando-se a precisão
das armas de fogo da época, entendo que os canhões tinham mais um efeito moral
do que letal.
Veio gente
de todo mundo assistir ao espetáculo. Os ingleses eram maioria entre os
estrangeiros. Óbvio. Um casal de ingleses perguntou: “Você veio do Brasil só para
assistir ao show?” Não é bem assim J
Se a
reconstituição deste ano foi especial, o evento ocorre todos os anos. Fica a dica!
Fotos do espetáculo da reconstituição da batalha de Waterloo. Acima, detalhe
da artilharia inglesa no meio da fumaça. Abaixo, visão geral do "batalhódromo" atrás da linha inglesa. Mais abaixo, Wellington
observa o avanço da infantaria francesa.
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