São inúmeras as questões éticas que cercam este tema. E entre as coisas que mais aprecio na França, é a abertura e a riqueza da discussão. Ao contrário da América Latina, marcada pela colonização ibérica, aqui, religião se discute, e muito.
Não é à toa que Sarkô tem sido muito mais criticado do que elogiado. A sua posição em relação à burca pode ser apenas um gesto de aproximação com a sua base eleitoral.
No espírito da laicidade francesa, o governo de Sarkozy tem cometido vários erros. Por exemplo, a cerimônia ecumênica oficial em homenagem às vitimas do vôo da AF447 foi na Catedral de Notre-Dame, o que causou críticas bastante duras:
1) Por que a cerimônia foi numa igreja?
2) Por que o Presidente compareceu?
Vão pensando no assunto. No Brasil, já não se percebe tais sutilezas.
Apesar da obviedade, Obama e Sarkô fazem política. Os cristãos e judeus não fazem nada. E os muçulmanos fazem barulho.
Passo alguns dias em treinamento e volto com o epílogo. Até!
Foto: Ainda na primavera, visitei o Château de Touvet, em Isère, entre Grenoble e Chambéry. O castelo é habitado há 500 anos pela mesma família. Os jardins são impecáveis e a paisagem alpina não deixa a desejar.
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