A França não mede esforços para manter a vitalidade da sua cultura e do seu idioma. Ao mesmo tempo, o seu governo está determinado a transformá-la numa nação bilingue, um objetivo ainda distante.
Lembro que bilingue significa acrescentar o domínio do inglês. Óbvio? No sul da França, onde convivem com o francês, o catalão, o provençal (occitano) e o basco, eles já se consideram suficientemente bilingues!
As últimas estatísticas do TOEFL, no entanto, colocam-na entre os países europeus com os piores resultados, junto com o Kosovo, a Albânia e o Chipre. Vale ressaltar que a amostra de resultados do TOEFL não é representativa de toda a população estudantil, mas somente daqueles que se submetem voluntariamente ao mesmo.
A parte oral do exame é a pedra no sapato dos franceses. Se servir como consolo, os italianos estão piores neste quesito.
Mesmo com o péssimo ranking da França, no dia a dia, é visível a importância crescente do inglês. Foi-se o tempo daquela aversão folclórica a tudo que vinha do outro lado do Canal da Mancha. Apesar do conhecimento básico do idioma por grande parte da população, por enquanto, as portas das melhores universidades do mundo estão fechadas para a maioria dos estudantes franceses.
Um artigo do Le Monde sobre o assunto perguntou em tom de humor: Teria o DNA gaulês alguma incompatibilidade com a língua inglesa?
Eu diria que ainda não existe nenhuma relação comprovada entre o DNA e a habilidade de se aprender uma língua ou outra. Mas, uma coisa é certa, os gauleses aprenderam latim "rapidinho"!
Foto: Depois de Florença, passei uma semana numa villa italiana, na pequena cidade toscana de Donnini. A villa fica numa colina de onde se avistava o núcleo urbano de Donnini, daqueles que não tem nem uma banca de jornal. A foto mostra a vista da janela nas primeiras horas da manhã.
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