Se o Presidente pode falar merda em seu discurso, eu também posso fazer um post de merda! Ou melhor, sobre merda. Ainda melhor, sobre merde.
O francês é mais generoso com a merde do que o português com a merda. Se em ambos idiomas a palavra é considerada vulgar, no francês, merde é mais bem aceita. Mais incluída, talvez. Não só é usada no dia a dia, como possui uma ampla família de derivados, igualmente comuns. Vejam só os verbos:
Démerder: Se virar
Emmerder: Incomodar, aborrecer
Merder: Errar, estragar
Merdoyer: Variante de merder
Enfim, é muito difícil passar um dia sem utilizar algum dos derivados de merde. E eu já estou tão acostumado que nem liguei para o discurso do Lula. Aliás, palavrões combinam com ele.
Desde que foi eleito Presidente, Sarkô nunca pronunciou merde. Ele tem razões pessoais para evitar o vulgar vocábulo. Seu nome de origem húngara significa "na merda". Quelle merde!
Foto: O monumento a Rouget de Lisle em Lons-le-Saunier (Franche-Comté). Rouget é o autor da Marselhesa, que tem muito sangue, mas não tem merda.
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