Mais de 50 produtores locais foram condenados pelo terrível crime de se colocar açúcar no vinho a fim de aumentar o seu teor alcoólico. Na verdade, existe uma quantidade de açúcar tolerada e que não foi respeitada. Aqui na França, isto é jogo sujo. Açúcar dá cana!
O esquema envolvia muita gente: Produtores, comerciantes e distribuidores. Foram centenas de milhares de euros em multas e prisões (com sursis). Para os pequenos produtores, foi um golpe duro. Sofrendo com a concorrência de países que não respeitam as rígidas regras da França e com as péssimas condições climáticas daquele ano, buscaram a saída fácil. Pagaram caro.
Enfim, acredito que inúmeros pequenos produtores franceses vão dançar, por falta de competitividade. Não dá para competir com o novo mundo, quando o assunto é vinho comum. Resta à União Européia a opção de facilitar um pouco a vida deles através da desregulamentação.
A França, em particular, tem o privilégio de possuir as áreas vinícolas mais nobres do mundo. Os grandes e pequenos dos melhores terroirs não estão ameaçados, o vinho comum francês sim.
Foto: Ultimo domingo em Tournus, na Borgonha. A pequena cidade às margens do Saône é famosa pela abadia de Saint-Philibert (ao fundo) e por ter sido berço do artista Jean-Baptiste Greuze.
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