Antes do início da Copa, alguns colegas franceses indagavam sobre a possibilidade da França chegar à final. Eu questionava abertamente se a França seria capaz de marcar um gol. Já foram dois jogos e nada de gols. Tal desempenho não seria inédito na história do futebol do país, apesar de ter alcançado as finais em 1998 e 2006.
O técnico Raymond Domenech é tão odiado como o Dunga. Tão teimoso quanto o Dunga. Só não é tão elegante quanto o Dunga. Mas, entre eles, existe uma diferença brutal, Raymond Domenech perdeu totalmente a sua autoridade perante o grupo. O desgaste vem desde a última Copa, quando fora submetido às vaidades de estrelas como Zidane e Henry. O anúncio da sua demissão após o final dessa Copa pareceu-me uma estupidez da Federação Francesa de Futebol. Deu no que deu.
A derrota humilhante para o México, as ofensas públicas, a greve de treino, o caríssimo hotel escolhido como base da França, o escândalo sexual que antecedeu a Copa e tudo o que ronda a seleção francesa virou assunto de Estado. A Ministra da Saúde e Esportes, despachando da África do Sul, acaba de anunciar uma grande auditoria no futebol francês.
A única boa nova é que o contrato com a Adidas termina este ano. A Nike assume o patrocínio dos Bleus por 42 milhões de euros por temporada até 2018. O mesmo fornecedor paga 13 milhões de euros para os canarinhos. Afinal, quem é mesmo que precisa de auditoria?
Foto: Riquewihr é cercada por vinhedos de todos os lados. E, por sinal, uma excelente AOC de Riesling, o Schœnenbourg. Na foto, uma vista da cidade a partir dos seus vinhedos.
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