Basta ficar alguns dias fora do Brasil, que eu chego no meio de outro escândalo. E dos graves. Nada a ver com aqueles que quase imobilizam o governo francês. Fazendo uma analogia simplista: Na França, os escândalos de corrupção são eróticos. No Brasil, são pornográficos.
Esta quinta-feira foi dia de greve geral na França. Mais uma. Não perdi nada. Já no Brasil, vejo uma minoria cada vez mais indignada com a virtual vitória do PT, da Dilma e sua trupe. Não tive tempo de aprofundar a leitura sobre o esquemão da Casa Civil. Confesso que a minha expectativa com relação a Dilma não era muito grande.
Na semana passada, a imprensa pegou no pé do Sarkô. Ele deu uma de George Bush. Ao referir-se aos homens primitivos, que deixaram as célebres pinturas rupestres na caverna de Lascaux há 17 mil anos, chamou-os de Neandertais. Errou por alguns milhares de anos e, principalmente, por que os Neandertais não são homens. Os primeiros grupos de Homo sapiens sapiens que habitaram a região de Lascaux são conhecidos como homens de Cro-Magnon.
O papelão mesmo foi outro. A gruta está fechada há anos, pois a proliferação de fungos ameaça as pinturas, consideradas um patrimônio da humanidade. O acesso é extremamente controlado e as condições no interior de Lascaux são monitoradas por cientistas. No máximo oito pessoas de cada vez podem entrar na caverna e sempre com roupas especiais. Usando as suas prerrogativas presidenciais, Sarkô entrou com toda sua comitiva e foi o único que não usou a famigerada touquinha. Por essas e outras, mudaram o nome do Presidente para Sarkô-Magnon.
Em termos de escândalos políticos, a França está na pré-história.
Foto: Para fechar esta rodada de fotos na Provence, uma nova tomada do núcleo de Gordes, um pouco mais próxima que a anterior.
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