O governo Lula termina sem tomar a tão aguardada decisão relativa à compra dos novos caças. Corrigindo, os dois governos de Lula terminam sem a esperada decisão. Ainda melhor, Lula e FHC terminaram seus quatro mandatos sem nada decidir a respeito da renovação da nossa frota de caças.
Dentro do governo, pouco se desafia a necessidade desse lote de aviões. Se existir algum debate, ele é muitíssimo reservado. O xis da questão é mesmo a escolha do fornecedor. As opções francesa, americana e sueca estão na "short-list" há tempos.
Quais seriam as reais razões de tamanha demora? Por que Lula, um dos políticos mais prestigiados do planeta, hesitaria tanto? Algumas alternativas:
A) Um racha interno no governo, opondo um governo anti-americano e uma aeronáutica mais pragmática.
B) A percepção de desequilíbrio na relação cliente/fornecedor. Considerando-se o cenário mundial, as boas perspectivas brasileiras e as incertezas do primeiro mundo, o Brasil poderia obter condições muito mais vantajosas.
C) A pressão dos EUA, discreta e intensa, ameaçando com alguma espécie de retaliação muito temida pelo governo. Algo como: Avião francês, conselho de segurança sem vocês.
D) Por uma série de razões, conhecidas ou não, o governo sabe que se trata de um grande abacaxi. Portanto, nada melhor do que deixar a decisão para o sucessor.
E) Ou seria apenas uma questão de bola mesmo?
Provavelmente, nunca saberemos a resposta. Algum palpite diferente?
PS - O Lula tem três dias para fazer o autor deste blog queimar a sua língua.
Foto: A vista lateral do Château de Bussy-Rabutin lembra mais uma mansão rural do que um castelo.
1 comment:
Não há debate porque os aviões são inúteis. Há quem não saiba que são inúteis, mas não há quem saiba para que servem. Como ninguém tem argumentos para defender a compra, fica parada.
O único motivo era adquirir o voto francês a favor do Brasil no Conselho de Segurança. Como essa votação não vai ocorrer, não há mais interessados na compra.
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