Alguns artigos estrangeiros celebram a queda da criminalidade no primeiro mundo. Bem, só podia ser lá fora, é óbvio! O mais interessante é que até mesmo a profunda crise não modifica a tendência. Segundo especialistas, o fenômeno deve-se a uma série de fatores como a vigilância onipresente, o envelhecimento da população, a eficácia das modernas técnicas de investigação, etc. Enfim, sob tais condições, o crime não compensa.
Já no terceiro mundo, o crime continua compensando. E muito. Em maio, escrevi o post "o crime da semana", sobre os eventos bárbaros que continuam nos chocar frequentemente. Convido você à sua releitura. Como será o próximo crime da semana?
Numa perspectiva histórica, Rio e São Paulo reduziram fortemente seus índices de criminalidade, mas ainda estão num patamar inaceitável. Em termos relativos, São Paulo é a capital menos violenta do Brasil. Nossos irmãos nordestinos, contudo, rivalizam com países em plena guerra civil. Suas taxas de homicídios são piores do que as iraquianas.
Uma das explicações mais comuns é que a bandidagem prosperou no Sudeste e invadiu o Norte e Nordeste, onde encontrou mais pobreza e uma polícia ainda mais despreparada. Atenção, eu disse "ainda mais"! Terreno perfeito para a explosão da violência. Se nós, paulistanos e cariocas, não admiramos nossas polícias, imaginem os outros!
Sonhamos com uma polícia preparada e competente, que investigue e solucione todos os crimes, independentemente das vítimas, seja um colunável ou o Amarildo. Sabemos que hoje é impossível. Desta forma, penso que quando se trata do "crime da semana", quando os holofotes da mídia estão sobre as 'otoridades', eles não deveriam falhar. É a chance de mostrar que a 'corporação' tem um pingo de seriedade.
A título de exemplaridade, para motivar os seus quadros e inspirar a confiança da população, esses crimes deveriam ser resolvidos. Que tragam especialistas de fora e usem os recursos mais modernos que a tecnologia proporciona!
Infelizmente, as polícias do Rio e São Paulo perdem essa oportunidade. Brindam-nos com histórias pouco críveis. Exemplos? No Rio, tivemos o poltergeist do Amarildo, quando vários dispositivos eletrônicos falharam simultaneamente. Em São Paulo, a história policial já nos trouxe personagens fantásticos como o Homem Invisível na Rua Cuba, o Homem Aranha no sequestro do Sílvio Santos e, mais recentemente, o malvado Chuckie, matador de famílias.
Foto: Um convento no centro de Bruges. Tranquilidade pura.
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