Saturday, March 12, 2016

Pelas ruas

Plano de sábado: Ir ao centro de Bruxelas comer um “bar en croûte de sel”, passear por um pouco por lá e, na volta, entrar no cinema para assisitir “Spotlight”. Tudo isso sem carro.

Passar o sabadão sem carro é a minha vingança. Durante a semana, para sair de onde eu moro, uma densa região comercial e residencial, cruzo inúmeras faixas de pedestre. A maioria delas não tem sinal, ou seja, o pedestre tem prioridade total.

Considerando-se a multidão que anda pelas ruas do bairro, algumas delas são difíceis de atravessar. Nos horários de pico, é muito irritante.

Por isso, hoje, fiz questão de atravessá-las lentamente, com direito a paradinha no meio da faixa para ver se não deixei cair nada pelo caminho. Considero-me vingado.



A  200m do cinema, percebi uma movimentação diferente. Havia muitos policiais e a multidão protestava contra alguém. De longe, não entendia direito. Notei que terminava com “LA”. O meu subconsciente preparava-se para uma prévia das manifestações de domingo (13 de março).

Chegando mais perto, percebi que o vilão era outro. Tratava-se de Joseph Kabila, o “dono” do Congo, antiga colônia belga, ao qual os manifestantes referiam-se como assassino e corrupto.

O grupo prosseguiu pelas ruas do Matonge (bairro congolês de Bruxelas, pronuncia-se Matonguê) e eu fui ao cinema.  Não aderi à manifestação do #ForaKabila, mas espero que todos os amigos do Brasil estejam presentes nas nossas ruas, pedindo um #ForaDilma e #ForaPT.




Foto: Abadia de Mortemer, na Normandia. O conjunto do século XVII está bem preservado, enquanto que os prédios originais do século XII foram destruídos.

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