Plano de
sábado: Ir ao centro de Bruxelas comer um “bar en croûte de sel”, passear
por um pouco por lá e, na volta, entrar no cinema para assisitir “Spotlight”.
Tudo isso sem carro.
Passar o
sabadão sem carro é a minha vingança. Durante a semana, para sair de onde eu
moro, uma densa região comercial e residencial, cruzo inúmeras faixas de
pedestre. A maioria delas não tem sinal, ou seja, o pedestre tem prioridade
total.
Considerando-se
a multidão que anda pelas ruas do bairro, algumas delas são difíceis de
atravessar. Nos horários de pico, é muito irritante.
Por isso,
hoje, fiz questão de atravessá-las lentamente, com direito a paradinha no meio
da faixa para ver se não deixei cair nada pelo caminho. Considero-me vingado.
A 200m do cinema, percebi uma movimentação
diferente. Havia muitos policiais e a multidão protestava contra alguém. De
longe, não entendia direito. Notei que terminava com “LA”. O meu subconsciente preparava-se
para uma prévia das manifestações de domingo (13 de março).
Chegando
mais perto, percebi que o vilão era outro. Tratava-se de Joseph Kabila, o “dono”
do Congo, antiga colônia belga, ao qual os manifestantes referiam-se como
assassino e corrupto.
O grupo
prosseguiu pelas ruas do Matonge (bairro congolês de Bruxelas, pronuncia-se
Matonguê) e eu fui ao cinema. Não aderi
à manifestação do #ForaKabila, mas espero que todos os amigos do Brasil estejam
presentes nas nossas ruas, pedindo um #ForaDilma e #ForaPT.
Foto:
Abadia de Mortemer, na Normandia. O conjunto do século XVII está bem
preservado, enquanto que os prédios originais do século XII foram destruídos.
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