Uma das leitoras mais assíduas deste blog perguntou a razão da minha pausa e olha que isso já faz alguns dias. Então, respondo para ela e para todos vocês.
Neste princípio de outubro, houve um acúmulo de atividades. Era
previsto. Abracei diversas iniciativas pessoais e profissionais, entre elas, aprender
e ensinar.
Tenho feito alguns cursos, pois sempre é tempo de aprender.
São temas complementares a minha atividade de consultor. Todos eles têm alguma
espécie de lição de casa, o que costumo levar a sério. Por exemplo, uma das
tarefas desta semana é criar um roteiro de cinema e apresentá-lo num vídeo.
Agora, é moda pedir tais tarefas em vídeo, algo natural para
as novas gerações, porém nem tanto para mim. Criei o enredo, escrevi o meu próprio script, escolhi a trilha sonora e as imagens. Só falta gravá-lo, atividade que foi
adiada, pois estou poupando a garganta. De terça a quinta, dou 8 horas de aula,
faço uma ‘live’ e ainda tenho uma boa dúzia de reuniões.
As aulas que ministro num renomado programa de MBA estão
concentradas neste período primaveril. Quando começou a pandemia, já tinha desenhado
uma boa parte das aulas. Terminei a preparação do curso com a premissa de que, no
segundo semestre, as aulas presenciais seriam retomadas.
A vontade de estar com os alunos era tão grande que não permitiu
que enxergasse o óbvio. A minha estreia como professor em plena pandemia pode
até ter sido apreciada pelos alunos, mas fiquei desconfortável. Poderia ter
sido melhor.
Entre a primeira e a segunda aula, fiz uma série de
adaptações para adaptar o curso à nova realidade. Substitui os exercícios e até
os aplicativos para interagir com os alunos. Com o tempo, a minha destreza na
manipulação do aparato tecnológico também foi melhorando. A última aula correu
como queria.
A minha experiência anterior de anos de videoconferências cotidianas
não fez muita diferença. Afinal, é um novo ambiente e um novo papel. Até mesmo cometi
o deslize número um da pandemia com distinção, aquele quando você fala estando no modo mudo.
Voltando do intervalo, fiquei mais de 10 minutos passando os slides e falando sozinho. Não estava em mudo, mas tinha desligado o microfone e fone de ouvido no intervalo. Não li o ‘chat’ tampouco. Ninguém conseguia falar comigo. Finalmente, a secretaria do curso ligou no meu celular que, mesmo estando em mudo, começou a vibrar sobre a mesa.
Recebi o recado,
voltamos 10 minutos e a aula prosseguiu.
Foto: A bela Rovinj, vista de um barco que navegou pela
gosta da Ístria (Croácia). Última foto das férias de 2016.
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