Monday, May 16, 2011

Entre mortos e feridos

As forças e fraquezas de DSK são velhas conhecidas dos franceses. Para os socialistas, ele representava uma esperança de pacificação e unificação do partido, preparando para a vitória em 2012. O bom trabalho diante do FMI só reforçou a sua imagem de competência, apesar dos escândalos que marcaram sua carreira.

DSK já morreu e renasceu várias vezes. Um escândalo sexual a mais não faz diferença. A França já tolerou muita coisa estranha aos bons costumes debaixo dos lençóis do Eliseu. Um presidente tarado é mais bem aceito do que um casamento de fachada com uma modelo italiana.

Se DSK for inocentado, ainda pode voltar como herói. Principalmente, se for provado que tudo foi armado pela direita. Entretanto, o seu maior problema está do outro lado do Atlântico. Será que ele se livra dessa? Será que vai ficar uma temporada nos EUA, mas não exatamente nos escritórios do FMI? Não conheço bem a justiça norte-americana, mas as perspectivas não são boas. Dizem por aí, que os EUA não querem outro Roman Polanski.

Ainda falta muito tempo para a eleição francesa. Em tese, Sarkozy e Le Pen são beneficiados com a possível morte política de DSK. Mas, se ficar a menor dúvida de armação para o DSK, quem morre é o baixinho.


Foto: Mais uma foto da Praia do Forte, no último feriado.

3 comments:

Unknown said...

FERNANDO,
No momento estao sendo aguardados exames de sangue e semen que foram recolhidos. Nao acreedito que houvesse uma terceira pessoa envolvida logo acho que, salvo interferencia do Obama, a cana eh certa.

Felipe Pait said...

A justiça americana oferece muitas possibilidades de defesa. Basta que bons advogados consigam levantar dúvidas para impedir a condenação. Por outro lado ela é menos sensível ao "você sabe com quem está falando". Para um sujeito poderoso, foi uma má escolha de jurisdição onde se meter em assuntos criminais.

Felipe Pait said...

A questão interessante é: quem vai ser o próximo chefe do FMI? Afeta mais o futuro de minha família ;-) do que a presidência de um país médio. Tradicionalmente é um europeu, mas a França está queimada, o italiano foi para o banco europeu, alemão seria um desastre, e os demais países estão falidos. Americano não pode, asiático seria complicado, o africano é banqueiro central de Israel.

Proponho um brasileiro. Armínio Fraga ou Alex Schwartsman. Pelo que sei estão disponíveis.