De uma
maneira geral, todos sabem quem ganha e quem perde com o petróleo barato. Os
consumidores norte-americanos e europeus ganham. A China e o Japão ganham. A Rússia, a Venezuela e os países árabes da
OPEP perdem. E o Brasil, ganha ou perde? Quem sabe?
Não tenho
acompanhado as notícias de perto para arriscar um palpite. O preço do combustível ao consumidor nunca acompanhou
as oscilações internacionais. A Petrobrás sempre foi usada como um braço do
governo (não só para roubar). A autosuficiência é uma história antiga, mas cada
ano tem uma desculpa diferente para se importar petróleo ou exportar excedentes a
preço de banana.
A verdade é
que, independentemente das razões, boa parte do mundo comemora a baixa do
combustível. As combalidas economias europeias ganham fôlego. Os EUA
solidificam a retomada. E o Brasil, mais uma vez, fica de fora.
Ninguém
sabe quanto tempo vai durar essa fase de baixa. Apesar de estar ancorada no crescimento
da extração de gás nos Estados Unidos, a queda provém de uma decisão da Arábia Saudita, no sentido de preservar seu mercado ou “quebrar concorrentes”, como arriscam alguns
jornalistas.
Em briga de
elefantes, sobra para a grama. O nosso pré-sal, por enquanto, é grama. E se o
petróleo permanecer barato, o projeto do
pré-sal torma-se inviável. Mais um rombo bilionário na breve história do
petróleo brasileiro. Incompetência e corrupção andam sempre juntas.
Lei também:
Meu post de 2013 sobre o pré-sal
Foto: Passeio de final de semana em Antuérpia. Na bela
Grand-Place, céu azul e temperatura próxima de zero.
No comments:
Post a Comment