O Uber é sinônimo
de baderna. Ele causa greves, manifestações e agressões.
Na última semana, cruzei com uma paralização de taxistas protestando contra o
Uber em Bruxelas. O congestionamento engoliu a minha habitual folga para chegar
aos aeroportos e estações de trem. Não perdi o trem por alguns segundos.
Depois
dessa, dá mais vontade de continuar usando o Uber. O serviço é de primeira. Na grande
maioria das vezes, chega um carrão limpo e cheio de serviços como revistas, wi-fi,
garrafa d’água e balas. O motorista, chamado Mohamed em um terço das vezes, é muito mais gentil do que qualquer taxista de
frota. O melhor de tudo é que sai bem mais barato.
E quem
disse que aquele Mercedão é do Mohamed ? Não é mesmo. Ele o aluga por alguns
dias e roda o máximo atendendo aos usuários do Uber e fazendo uns trocos.
Acredito
que a contribuição mais nobre do Uber
seja quando há um real compartilhamento de veículos (a boa e velha carona) e
não apenas a substituição dos motoristas de taxis. Isso sim faz um bem maior
para nossas cidades.
O Uber é obviamente
injusto com os táxis, que submetem-se a
fiscalizações e regulamentações, quando não pagam uma fortuna pelo ponto. Só
resta-lhes uma vantagem, podem andar nos corredores de ônibus e
bondes.
Tá com pena
deles? Eu não.
Internet é
isso mesmo. Desintermediação e ruptura são palavras de ordem. Não se
solidarizem com os taxistas. Melhor mesmo
é ficar de olho nas nossas profissões e mercados. Amanhã, poderemos ser os
taxistas de um outro Uber.
Foto: Mais
uma cena do centro de Antuérpia.
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