Manipular papéis foi minha rotina por longos anos. Afinal, sou um blogueiro longe de ser nativo digital. A maior parte dos meus 550 posts e 350 artigos nasceu de algum esboço feito num papel qualquer, num caderno ou até mesmo num espaço em branco de uma página de revista que está à mão.
Com o tempo, passei a escrever direto no computador. Excepcionalmente, pelo smartphone. Ainda guardo folhas avulsas e cadernos cheios de ideias e artigos começados. A vida digital, no entanto, acaba espelhando essa frutífera balbúrdia, com textos espalhados por mensagens, arquivos de textos, bloco de notas, etc. Este mesmo post já estava 'amarelando' num arquivo do Word há alguns meses.
Fazer as coisas direto no computador pode até aumentar a produtividade, mas fica só nisso. Evidências científicas mostram que registrar as anotações de uma aula ou palestra por escrito é mais eficaz do que digitar. E se você não quiser aprender mais nada, a ciência também mostra que a escrita manual é uma boa prática para manter as habilidades cognitivas.
Durante o confinamento, consumi duas resmas de 500 folhas, dois cadernos e um Moleskine. Também imprimi muita coisa para ler na confortável poltrona da sala.
Uma resma custa R $ 20. Um Moleskine, R $ 70. O cartucho da impressora, R $ 300. Manter a saúde mental, não tem preço!
Foto: Visão geral da cidade (Peste) a partir do Castelo de Buda. Budapeste é cortada pelo Danúbio, que cruza cidades importantes como Viena, Belgrado e Bratislava. A ideia de fazer um longo cruzeiro pelo Danúbio ainda está no caderninho de viagens.
1 comment:
Para ler, no lugar de imprimir tenho usado iPad. Duvido que chegue a salvar papel suficiente para compensar o carbono da fabricação, mas é um uso a mais.
Tenho rabiscado equações no iPad também, assim posso escrever deitado.
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