A “flexibilidade” italiana permitiu o renascimento da sua indústria vinícola. Na França, um vinho como o Ornellaia, um dos mais prestigiados da Itália, jamais teria alguma chance, pois a classificação dos vinhos e das regiões produtoras é mais inflexível do que a constituição nacional.
Além do mais, a Itália joga no time dos vinhos tipo Bordeaux, fortes e encorpados, que vendem mais e contam com a benção de Robert Parker e da revista Wine Spectator, dois dos agentes mais influentes do mundo do vinho.
Eu experimentei de tudo na temporada toscana, na dose aprovada pelos médicos de uma taça por dia. Tá bom, duas!! Chianti, Brunello di Montalcino, Montepulciano e os super-toscanos. Depois de algum tempo na França, a minha preferência mudou para Borgonha ou Beaujolais. Questão de gosto.
Os vinhedos italianos (Bolgheri em especial), o hotel-villa no Chianti e os passeios pela Toscana relembravam o documentário Mondovino, imperdível para quem gosta ou não de vinho. O documentário fala dos bastidores do Ornellaia, dos conflitos entre grandes e pequenos e muitos outros temas do mundo do vinho. A parte que eu mais gosto são os depoimentos de produtores franceses e italianos, daquelas pequenas vinícolas que passam de pai para filho ao longo dos séculos. Para os interessados, o filme é encontrado nas melhores casas do ramo. A série completa com 10 DVD é mais difícil. http://www.youtube.com/watch?v=dHBPvgOO29M
Fotos: O Palazzo Pitti, a casa nova do Duque. Os Medici deixaram o Vecchio Palazzo e mudaram para este belo conjunto renascentista no século XVI. O Palácio abriga uma bela galeria (na prática são diversos museus) e possui belos jardins (Boboli). Acima, a fachada do palácio. Abaixo, um pedaço dos jardins, o anfiteatro. Os jardins são enormes, mas o terreno não é nada plano. Difícil de fotografar. Pior de tudo, não é bom nem para uma corridinha!
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