Sunday, November 25, 2012

Help!


Fim de ano. Eventos de confraternização, congestionamentos, presentes, etc. Uma loucura! Sorte ou azar, tenho uma viagem de duas semanas pela frente. Vou curtir um friozinho europeu e me ausentar de muitas dessas celebrações. O melhor de tudo será rever a Fêtes des Lumières em Lyon.


Você ainda pensa em fazer alguma ação de caridade nesse final de ano? Pois bem, em 2012, eu fiz muita coisa interessante e compartilho com vocês, apenas como sugestão.

Talvez aquele chavão "o importante não é dar o peixe, mas ensinar a pescar" esteja meio gasto, mas ainda é o melhor caminho. Aliás, tem sido o melhor caminho há muito tempo. No século XII, Maimônides estabeleceu uma hierarquia para as caridades. Desculpem-me, vai em inglês mesmo:

8.  Giving money, a loan, your time or whatever else it takes to enable an individual to be self-reliant.
7.  Giving when neither the donor nor the recipient is aware of the other's identity.
6.  Giving when you know who is the individual benefiting, but the recipient does not know your identity.
5.  Giving when you do not know who is the individual benefiting, but the recipient knows your identity.
4.  Giving before being asked.
3.  Giving cheerfully and adequately but only after being asked.
2.  Giving cheerfully but giving too little.
1.  Giving begrudgingly and making the recipient feel disgraced or embarrassed.

O nível máximo (o 8) é justamente o conceito de "ensinar a pescar". Pode ser compreendido também como estabelecer uma parceria ou associação. O princípio é fazer algo para que o receptor não volte à sua condição anterior. É por isso que contribui com algumas ações ligadas à inclusão digital, estímulo ao pequeno empreendedor, bolsas para formação técnica e assim por diante. Vejam minhas escolhas:


Projeto 100% - "O Projeto 100% é uma iniciativa privada de micro-intervenções que visam apoiar a educaçao e o desenvolvimento de famílias vivendo abaixo da linha da pobreza, apoiando principalmente as crianças para que no futuro se tornem indivíduos produtivos e preparados para seguir a carreira que preferirem". Além de tudo, é coordenado diretamente pela minha amiga Adriana Beal.

Kiva - Descobri este projeto recentemente e me parece uma ideia genial. Não se trata de doação, são empréstimos para pessoas pobres, sem acesso ao sistema bancário, que querem empreender. O Kiva faz a ponte entre quem pode emprestar e eles. Podemos ajudá-los com apenas 25 dólares!

EsperanSAP - De alguma forma, estou associado profissionalmente a este Instituto. O EsperanSAP não lida com pessoas abaixo da linha da pobreza, mas tem o potencial de dar uma especialização fantástica (nos produtos da SAP) para quem não teria acesso à tal formação. É mais uma forma de ajudar algumas pessoas e formar uma comunidade de profissionais forte.


Já comentei com vocês que compensei parte das minhas emissões de carbono pela Action Carbone, doei dinheiro e milhas para os Médicos Sem Fronteiras e ainda contribuo diretamente com o apoio direto a um atleta de origem muito humilde. Enfim, gostei muito do mix de projetos deste ano. Certamente, repetirei a dose em 2013 e convido vocês a aderirem.



Foto: De volta a Londres, num dos cantinhos charmosos da cidade, Little Venice, encontro dos canais Regent e Grand Union.

1 comment:

Felipe Pait said...

Por outro lado, lembre que desde o colapso dos pesqueiros de Grand Banks existe no nordeste da América o ditado: "Dê um peixe a um homem, ele se alimentará uma vez. Ensine ele a pescar, ele precisará de welfare o resto da vida". Na Europa, pelo que entendo, a situação é bem pior.