A Europa continua em alerta vermelho face às ameaças terroristas. França, Inglaterra e Alemanha estão no grau máximo vigilância. Considerando-se que os terroristas costumam preparar as suas ações por meses, deduzo que esperariam mais alguns dias, até que o nível de alerta baixasse. Não precisa ir muito longe, para se concluir que a vigilância permanente é a única saída. Pelo menos, a "mise-en-scène" é didática.
Semana que vem, temos mais uma greve geral por aqui. Estarei em Lyon, mas um pouco longe do centro. Meu ‘Plano B’ será levar um par de tênis. Uma hora de corrida é suficiente para se atravessar a cidade.
A cena hilária da semana foi o lapso da ex-ministra Rachida Dati. Num programa de televisão, ao invés de falar inflação, pronunciou felação. Talvez, ela tenha visto a charge publicada no semanário Charlie Hebdo, onde o pequeno Sarkô está bem encaixado entre as pernas e sob o manto de Bento XVI. Alguém diz ao Papa: ‘Não se preocupe, ele é maior’.
Sarkozy foi a Roma para agradar os católicos praticantes franceses, que representam menos de 15% da população. É muito pouco, mas o cara está desesperado.
Em matéria de religião, a imprensa francesa, fiel defensora da laicidade, não poupa ninguém. Voltando ao tema do post anterior, o editorial do Monde (capa de 8/10/10) comenta o impacto do assunto aborto no Brasil: “O Brasil, primeira nação católica do mundo, tem seus arcaísmos e tabus, que nós podemos, segundo o ponto de vista de cada um, aceitar ou criticar. O aborto faz parte deles. É lamentável que este grave problema da sociedade, ao invés de suscitar um verdadeiro debate, seja usado como máquina de guerra eleitoral”. O Monde está certo. Mas, a vontade de abortar a Dilma é tanta...
Foto: O Rathaus de Viena em dia de festa.
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