Monday, July 27, 2020
Relíquia
Wednesday, July 22, 2020
Cibersegurança
- Manter os softwares atualizados – É uma regra de ouro porque muitas das atualizações são justamente as correções das vulnerabilidades dos softwares, que são usadas pelos hackers. Quando houver a opção de atualização automática, melhor ativá-la.
- Usar senhas fortes – A gente tem milhares de senhas, mas as coisas importantes devem estar protegidas com senhas seguras. Por exemplo, a senha O20TOs5c8ZT@iYh$5LVv é uma boa senha e foi gerada por um programa de administração de senhas, uma boa dica por sinal. Muitas vezes, há ainda a opção por uma segunda autenticação, algo extremamente recomendável.
- Fazer cópia das informações de valor – Minha sugestão é usar um disco externo e os serviços de armazenamento de dados (Dropbox, Google Drive, Microsoft OneDrive, etc). Atenção, eu disse um e outro! Considere que tudo que está no seu celular ou computador pode ser perdido repentinamente.
- Prestar muita atenção nas armadilhas - Os ataques começam a partir de uma isca: uma visita a um site pouco conhecido, um email não solicitado, links encaminhados pelas redes sociais, etc. Até mesmo torpedos e ligações podem ser usados para fisgar um usuário incauto. Desconfie de tudo!
- Travar os dispositivos - Celulares e computadores devem ter sempre uma senha. Isso não evita a perda do equipamento num furto, mas protege o mais importante.
Tuesday, July 21, 2020
Viajante
Já falei sobre muitas coisas neste blog e minhas viagens estão
entre os temas recorrentes. Até mesmo a proposta de ilustrar cada post com uma
fotografia tirada em algum lugar do mundo mantém a ligação deste blog
com as viagens.
Graças à longa pausa deste blogueiro, acumulei um estoque de
fotos capaz de ilustrar milhares de novos posts. No entanto, a minha maior
inquietude é se e quando vamos voltar a viajar.
Por um golpe de sorte, comecei o ano com umas boas férias.
Voltei ao Brasil quando o epicentro da pandemia se instalava na Europa e a situação
saía do controle na Itália. Foi por pouco!
Não faltam ideias e convites de viagem para o próximo ano.
Também não faltam dúvidas: será seguro? teremos vacinas? os brasileiros serão
aceitos sem restrições? Acredito também que o setor aéreo passe por uma
tremenda reestruturação, impactando nossos hábitos de turismo.
Minhas viagens pessoais e profissionais dos últimos vinte
anos simbolizam um pouco desse mundo anterior à pandemia. Viagens para lá e
para cá, malas quase sempre prontas, passaporte na mão, etc.
No começo, tudo parece charmoso. Acumulam-se milhas, sobe-se
na hierarquia da fidelidade das companhias aéreas, hotéis, locadoras e trens.
Mas quando você começa a reconhecer os comissários de bordo e ser tratado pelo
nome em todo lugar, talvez já tenha viajado demais.
Enfim, aquela época em que cruzávamos o planeta para uma simples
reunião pode ter acabado. Deixei claro neste
blog que sou contra um movimento brusco das empresas para acabar com seus
escritórios e ficarem no 100% virtual. Já com relação às viagens, acredito que usar
e abusar das telecomunicações parece razoável. Mesmo que seja apenas pelo bem
do planeta.
Foto: Voltando à Viena, o majestoso palácio de Schönbrunn, residência de verão
principal dos Habsburgos, de meados do século XVIII até o final da Segunda
Guerra.
Friday, July 3, 2020
Do fundo do baú: “A rede”
Ao final da gravação do episódio 34 do podcast The Shift, a Cris de Luca e a Sílvia Bassi pediram os já famosos ‘insights’, dicas de livros, filmes ou qualquer outra coisa interessante associada ao tema discutido. Eu saquei, lá do fundo do baú, um filme de 1995: “A rede”. Um filme menos reconhecido pelos aspectos cinematográficos e mais celebrado por ser protagonizado pela jovem Sandra Bullock.
Afinal, por que então ressuscitar esse filme? Nos últimos meses, discutimos em diversos fóruns a questão do trabalho em casa. Muitos de vocês sentiram o gostinho dessa forma de trabalhar durante o confinamento. Várias empresas já adiantaram que prolongarão a temporada de trabalho em casa, outras vão deixá-lo como opção permanente e ainda tem aquelas que querem abolir seus escritórios para sempre.
Voltando ao filme e evitando qualquer spoiler. Mesmo não
sendo um blockbuster, ele tem lá o seu fã clube. O enredo cheio de tecnologia
dos anos 90 tem algumas visões interessantes, que mereceram minha atenção desde
o lançamento.
Tudo se passa em torno de Angela Bennett, uma profissional
de TI que trabalha em casa e, praticamente, não conhece ninguém da empresa.
Além da sua evidente solidão, essa desconexão abre caminho para boa parte da
trama. Assisti ao filme algumas vezes, portanto logo associei aquele ambiente a
esse movimento maciço de dispersão da força de trabalho forçado pela pandemia.
Para mim, um cenário distópico.
Em casa, percebemos como podemos ser produtivos. O trabalho
nunca rendeu tanto. Mas, por acaso, as empresas vivem apenas de produtividade?
Será que essa produtividade é sustentável? Se todos continuassem trabalhando em
casa, as empresas não perderão nada?
Que tal falarmos de outros processos que dependem das
relações humanas, muitas vezes informais? Já repararam que as conversas que
surgem antes ou depois de uma reunião no escritório são possivelmente mais
promissoras do que a própria reunião? E os famosos encontros na hora do café? E
aquela caminhada básica pelos corredores da empresa?
O 100% em casa pode
ser uma boa solução temporária. De fato, algumas poucas empresas poderiam
adotá-lo de forma permanente. Entretanto, o mundo ideal é aquele da flexibilidade.
Trocar o 100% no escritório pelo 100% remoto é "trocar um dogma pelo
outro", nas sábias palavras do Satya Nadella, CEO da Microsoft.
As corporações, que têm uma cultura própria e buscam a
perenidade, dependem de relações humanas diretas para permitir o exercício da
liderança, influência, inovação, criação, entre outras. Dispensar esse pacote
de relações humanas diretas é abrir mão do que o ser humano tem de melhor.
Foto: Palácio Belvedere em Viena (2016). Este lindo palácio
merecia mesmo uma segunda visita. Aliás, digo isso para Viena inteira, pois, durante a
minha primeira estada, choveu canivetes. O museu sediado no palácio tem o acervo
de obras de Gustav Klimt como
destaque.
Friday, June 26, 2020
2022 é agora!
Bolsonaro e seu clã estão sob pressão. Há várias
investigações em curso e algumas delas podem levar à interrupção do seu
mandato. Se não restam dúvidas sobre a sua desonestidade e incapacidade, o
desfecho das diligências não é certeiro. Sim, o presidente pode terminar o seu
mandato. Este post trata desta possibilidade, nem tão remota como gostaríamos.
De vez em quando, ouço ruídos vindos das redes sociais
anunciando “Bolsonaro reeleito” ou “Fechado com Bolsonaro até 2026”. Dá para
entender o cálculo do Planalto, ecoado pelos seus fiéis seguidores. O mais
difícil é terminar o mandato. Se o presidente for até o fim, a reeleição pode
até ser apertada, mas estaria ganha.
Do outro lado do espectro político, o PT também tem a mesma
sensação. Diversas atitudes do Lula mostram claramente a sua vontade de pegar
um atalho direto para o segundo turno de 2022, através de algum nome abençoado
por ele. Por exemplo, quando não aderiu às primeiras discussões sobre o
impeachment e pela recusa de formar uma frente ampla com outras lideranças
políticas brasileiras.
Considerando-se que teremos os mesmos protagonistas das últimas
eleições em 2022, o cálculo do Bolsonaro e do Lula está correto. Ambos estão
muito confiantes em alavancar a vitória em cima da rejeição alheia. Ainda é
cedo para fazer contas, mas, decerto, aqueles 10 milhões de votos de vantagem
do Bolsonaro já devem ter ido para o espaço.
Para garantir a revanche, os dois lados fazem um jogo tão
preciso, que parece combinado. A máquina bolsonarista destrói a reputação de
qualquer nome novo que surja à direita. Vejam a violência dos seus ataques a João
Dória, Luciano Huck, Sérgio Moro e tantos outros. Do lado esquerdo, a máquina
petista mantém a sua hegemonia, com a devida truculência quando necessário.
Desta forma, estamos indo de cara para um Bolsonaro X Candidato
do PT, duelo a ser decidido conforme a nossa rejeição. É o nojo contra o asco.
Fomos incapazes de evitar esse cenário em 2018 e podemos repeti-lo em 2022.
Talvez, meus caros leitores já tenham percebido a situação.
O quadro pode até ser óbvio para alguns. Confesso que estou bastante incomodado
com a catástrofe anunciada. Este post serve de alerta àqueles que ainda não
perceberam a situação e que também possamos imaginar alternativas.
A abreviação do mandato do atual presidente é imperativa.
Devemos usar todos os meios legítimos para buscá-la. Seria um alento e, talvez,
um golpe mortal no bolsonarismo. Talvez. O provável acirramento dos seus
seguidores e o velho conhecido discurso do golpe não ajudarão a encontrar
respostas melhores.
Numa estimativa rudimentar, petistas e bolsonaristas
representam 40% do eleitorado. É muito, mas existem outros 60%. Uma maioria que
não deve assistir ao espetáculo de mãos atadas, a fim de evitarmos mais quatro
anos perdidos.
Não existe e nem vai existir uma terceira via abrangendo
todo o espectro ideológico entre o petismo e o bolsonarismo. Deveríamos chegar
a 2022 com uma lista de nomes fortes, candidaturas viáveis e estruturadas. Nós,
os 60%, deveríamos trabalhar na construção dessas candidaturas. Deixemos e
ignoremos o trabalho de destruição feito pelos outros 40%.
Embora tenha uma preferência pessoal pelo parlamentarismo,
acreditando que seja a vacina definitiva contra presidentes muito ruins, sei
que não há condições de retomar esse debate. Entretanto, podemos retomar a
discussão das reformas para aperfeiçoar nosso sistema político-eleitoral.
Sempre é oportuno melhorar as regras de representatividade, financiamento e
reeleição, entre outras.
Enfim, este post foi um convite para pensar nas alternativas
para evitar um repeteco de 2018, com a esperança de convergirmos para duas candidaturas
razoáveis o bastante para remover os representantes do bolsonarismo e do
petismo no segundo turno de 2022. Lembrando que tudo começa sempre com o voto
consciente.
Foto: Parlamento austríaco, Viena (2016). Logo depois do
retorno ao Brasil, tirei umas férias na Europa. Oportunidade de revisitar Viena
e conhecer outras cidades que ilustrarão este blog. Quanto a ilustrar essa
matéria com a foto de um parlamento? Coincidência 😉
Saturday, November 20, 2010
Cadeirinha
Saturday, November 6, 2010
Bugre do chuchu ou chuchu do bugre?
Sunday, October 31, 2010
Conversa de bonde
Wednesday, October 27, 2010
Envelhecendo
Friday, October 22, 2010
É o amor!
Tuesday, October 19, 2010
Bagunça
Sunday, October 17, 2010
Golpe baixo
Wednesday, October 13, 2010
Cascata
O que me fez atrasar e andar além do planejado não foi a greve. Foram alguns pequenos deslizes sobre as linhas férreas gaulesas. Uma simples sacola abandonada num vagão de trem ou metrô provoca um efeito cascata inigualável. Isola-se um vagão, uma composição, uma estação, o trem que se aproxima e assim por diante. Dependendo das circunstâncias, uma linha inteira. Nas duas últimas semanas, sofri alguns atrasos por causa desses cuidados.
Além do risco iminente de atentado dentro do território francês, ressalto o número crescente de franceses sob domínio de terroristas na África. A Al-Qaeda tem se espalhado facilmente pelo Magreb e pelo Sahel (Mali, Mauritânia, Níger, Senegal, etc), áreas onde a França possui vários interesses.
O histórico do governo francês nesses casos é uma vergonha. Todas as operações especiais de resgate fracassaram. Vários franceses têm sido libertados após negociações que incluem somas vultosas e a libertação de terroristas perigosos. A maioria dessas transações envergonharam o Ocidente. Se eu fosse terrorista, procurava mesmo um alvo francês.
Foto: Museu de Belas Artes de Viena. No primeiro plano, a homenagem a Maria Teresa. Tanto a praça e o monumento levam o nome de uma das soberanas mais importante da casa dos Habsburgos.
Sunday, October 10, 2010
Para maiores
Semana que vem, temos mais uma greve geral por aqui. Estarei em Lyon, mas um pouco longe do centro. Meu ‘Plano B’ será levar um par de tênis. Uma hora de corrida é suficiente para se atravessar a cidade.
A cena hilária da semana foi o lapso da ex-ministra Rachida Dati. Num programa de televisão, ao invés de falar inflação, pronunciou felação. Talvez, ela tenha visto a charge publicada no semanário Charlie Hebdo, onde o pequeno Sarkô está bem encaixado entre as pernas e sob o manto de Bento XVI. Alguém diz ao Papa: ‘Não se preocupe, ele é maior’.
Sarkozy foi a Roma para agradar os católicos praticantes franceses, que representam menos de 15% da população. É muito pouco, mas o cara está desesperado.
Em matéria de religião, a imprensa francesa, fiel defensora da laicidade, não poupa ninguém. Voltando ao tema do post anterior, o editorial do Monde (capa de 8/10/10) comenta o impacto do assunto aborto no Brasil: “O Brasil, primeira nação católica do mundo, tem seus arcaísmos e tabus, que nós podemos, segundo o ponto de vista de cada um, aceitar ou criticar. O aborto faz parte deles. É lamentável que este grave problema da sociedade, ao invés de suscitar um verdadeiro debate, seja usado como máquina de guerra eleitoral”. O Monde está certo. Mas, a vontade de abortar a Dilma é tanta...
Foto: O Rathaus de Viena em dia de festa.
Tuesday, October 5, 2010
Primeiro turno
Comparando com o quadro desenhado há um mês, não podemos reclamar do resultado das eleições. Só o fato de ter um segundo turno já é fantástico. Fora do Brasil, fala-se muito na eleição presidencial, deixando-se muita coisa importante de lado. Afinal, ser governador não é tão ruim assim!
Nas semanas que antecederam as eleições, a imprensa francesa deu grande destaque às conquistas brasileiras dos Anos Lula. Revistas e programas especiais em todos os lugares. Normalmente, jogando confete. A biografia da Dilma ganhou notoriedade e a sua vitória no primeiro turno foi dada como certa.
A ascensão de Marina Silva também foi bastante festejada na Europa, onde os verdes detêm uma grande força política. Vale lembrar que um típico ecologista europeu certamente se chocaria com algumas das posições da candidata, sobretudo pela sua oposição ao aborto. Lamento dizer, mas ecologista evangélico e esquerdista católico são conceitos estranhos por aqui.
Finalmente, surgiram algumas notas esporádicas sobre o fenômeno Tiririca. Contundo, não li nada que fosse mais a fundo no nosso sistema eleitoral e explicasse o porquê dos palhaços puxadores de votos.
Com ou sem Tiriricas, a base governista no Congresso é enorme. Assustadora, talvez. E ainda teremos a temporada de compras de deputados, que vai engordá-la ainda mais. Se a Dilma ganhar, fará o que quiser. Se o Serra ganhar, será mais difícil. Não impossível. Pois quem se vende para o PT, também se vende para os tucanos.
Volto a São Paulo para o segundo turno.
Foto: Mais uma tomada do belíssimo Belvedere, em Viena.
Tuesday, September 28, 2010
Sarkoberlusconismo
Sunday, September 26, 2010
Plantu
