É verdade que as redes sociais fazem revoluções. Foi assim
nas manifestações brasileiras, na primavera árabe e em muitas outras situações.
Tem sido um meio de denunciar, participar, reclamar, enfim, de se exercer a cidadania.
Por outro lado, não podemos confundir o que vemos nos “news feed”
das redes sociais com a visão correta da realidade. Pode ser tudo verdade, mas é produto da ação
de um grupo muito específico de pessoas: os seus “amigos”. Quando consulto o Facebook, 9 entre 10 publicações são
manifestações anti-PT, anti-Lula ou anti-Dilma. Imagino que isso esteja acontecendo
com alguns de vocês. Todos?!
Algumas publicações são bem feitas. Muitas são verdadeiras e cruelmente reais. E tudo isso dá uma falsa
sensação de unanimidade. Até parece que
as eleições de 2014 já estão decididas!
Infelizmente, eu e muitos de vocês estamos num mundinho de
amigos e colegas que pensam de forma parecida, que é muito distante da
percepção dos 200 milhões de brasileiros. Por isso, mesmo aqueles com mil
amigos no Facebook estão confinados. Ou,
mais tecnicamente, têm no conjunto de amigos uma amostragem viciada da nossa
população.
O “news feed”
proporciona uma visão distorcida, mesmo que tudo que esteja nele seja
verdadeiro. Portanto, continuem usando e abusando das redes sociais, mas não se
iludam com a eficácia das suas mensagens políticas. Muitas vezes vocês estarão
ouvindo seus próprios ecos.
Na foto, uma pracinha em Bruges (Bélgica).
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