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Sunday, November 1, 2015

Roubadinha

Tenho usado a Internet para reservar hotéis, restaurantes e espetáculos. Nesse mundo virtualizado, espera-se que nossas opiniões sejam compartilhadas, construindo (ou não) a reputação de cada local ou evento.

O grande problema é receber inúmeras mensagens semanais de serviços como o Trip Advisor. Desisti! A avaliação pode ser simples, mas ignorar tais mensagens é ainda mais simples. Tenho ignorado até mesmo as avaliações das corridas do Uber e do e-cab (aplicativo de táxi usado por aqui).

Como escolho meus programas com algum critério, dificilmente caio numa roubada. Sempre que precisei “gritar”, usei o Twitter.  Foi rápido e atingiu o objetivo.

Se consegui evitar uma grande roubada, houve “roubadinhas”. O Trip Advisor foi privado de fatos como os que seguem.


Numa cidadezinha da Provence, escolhi um restaurante muito bem localizado, razão pela qual muitos outros turistas fazem a mesma coisa. Sem muita fome, pedi uma salada caprese. O cardápio indicava um preço de 30 euros. Parece caro, mas é aceitável naquele local e na alta temporada. A surpresa viria logo mais com a chegada do prato: Um tomate inteiro e uma bola de mozarela. Olhei para minha esposa e disse: Será que lavaram o tomate?


Aqui em Bruxelas, tem um restaurante estrelado que usa e abusa de trufas. Havia reservado um jantar por lá há algum tempo, aproveitando-me de uma promoção. O espetacular jantar foi um menu-degustação com vários pratos. Em alguns momentos, o garçom ofereceu trufas raladas da mesma forma como se serve queijo parmesão em restaurantes de massa. Entretanto, teria sido mais simpático avisar que cada uma dessas raladinhas custava 20 euros!


E por falar em parmesão, tem um italiano perto de casa. Na última temporada, o tiramisu, minha sobremesa favorita, fazia parte do cardápio. Como sempre, estava animado para degustá-lo, mesmo que fosse pela enésima vez. Quanta decepção! O criativo chef desmontou a tradicional receita italiana, separando o mascarpone, a bolacha, o café e os demais componentes. Horrível! Felizmente, a heresia gastronômica foi excluída do cardápio desta temporada.


Foto: Voltando à Bélgica, uma tomada do Château de Belœil, onde estive um mês atrás.

Sunday, September 1, 2013

Eco

É verdade que as redes sociais fazem revoluções. Foi assim nas manifestações brasileiras, na primavera árabe e em muitas outras situações. Tem sido um meio de denunciar, participar, reclamar, enfim, de se exercer a cidadania.

Por outro lado, não podemos confundir o que vemos nos “news feed” das redes sociais com a visão correta da realidade.  Pode ser tudo verdade, mas é produto da ação de um grupo muito específico de pessoas: os seus “amigos”. Quando consulto o Facebook, 9 entre 10 publicações são manifestações anti-PT, anti-Lula ou anti-Dilma. Imagino que isso esteja acontecendo com alguns de vocês. Todos?!

Algumas publicações são bem feitas. Muitas são verdadeiras e cruelmente reais.  E tudo isso dá uma falsa sensação de unanimidade.  Até parece que as eleições de 2014 já estão decididas!

Infelizmente, eu e muitos de vocês estamos num mundinho de amigos e colegas que pensam de forma parecida, que é muito distante da percepção dos 200 milhões de brasileiros. Por isso, mesmo aqueles com mil amigos no Facebook estão confinados.  Ou, mais tecnicamente, têm no conjunto de amigos uma amostragem viciada da nossa população.

O “news feed” proporciona uma visão distorcida, mesmo que tudo que esteja nele seja verdadeiro. Portanto, continuem usando e abusando das redes sociais, mas não se iludam com a eficácia das suas mensagens políticas. Muitas vezes vocês estarão ouvindo seus próprios ecos.


Na foto, uma pracinha em Bruges (Bélgica). 


Saturday, July 7, 2012

Oxymoron


Entre correntes e modismos que surgem no Twitter, alguns são interessantes. Os 140 caractéres propiciam muita prosa, poesia e bom jornalismo. Muitos americanos escreveram tweets dignos de nota utilizando o recurso do oxímoro. Oxímoro?!

A Wikipedia responde: Oxímoro ou oximóron ou paradoxismo é uma figura de linguagem que harmoniza dois conceitos opostos numa só expressão, formando assim um terceiro conceito que dependerá da interpretação do leitor. Trata-se duma figura da retórica clássica.

Nos últimos dias, coletei alguns tweets com este recurso de linguagem:

- I have a twin brother; he's identical, but I'm not.
- Tweeting about "unplugging" is an oxymoron.
- My aim in life is to die young when I'm very old.
- Dad, thanks for always helping me out financially, so I can focus on being independent.
- Depressing oxymoron: "Please print out your e-ticket".
- Clean politics is perhaps an oxymoron.
- Stop using the phrase "God particle" in physics articles. It's trite, annoying, and an oxymoron.
- A transition plan for Syria that leaves Assad in place is an oxymoron.

Google's top references for "oxymoron":
- Military intelligence
- Rap music
- Business ethics
- Microsoft Works

Há oxímoros politicamente incorretos, mas há também pura poesia, como destaca a Wikipedia, lembrando o soneto de Camões, "Amor é fogo que arde sem se ver".

Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer

É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?


Foto: Ainda tenho muitas fotos de Chicago separadas para este blog. Mas, para mudar de ares, vamos mostrar algumas da Tailândia, onde estive recentemente. Acima, o belíssimo templo de mármore de Bangkok (Wat Benchamabophit).

Sunday, September 11, 2011

Amigo Schyzo

Eu nunca tive perfis falsos nas redes sociais, apenas perfis de teste. É diferente. Explico melhor.

No LinkedIn, usei um nome fictício para navegar anonimamente. Há alguns anos, estava recrutando e naveguei pelo site procurando candidatos. Passei os perfis mais interessantes para um headhunter, pois não poderia abordar tais pessoas diretamente. Era prudente não deixar rastro em meu nome.

No Twitter, usei o perfil para conhecer melhor a ferramenta. Também fiz simulações para ver como funcionam os serviços que medem a influência do tuiteiro. Foi um experimento.

No Facebook, mais ou menos na mesma linha, quis entender melhor como o site prioriza as atualizações, sugere contatos, dirige anúncios, etc. Assim como no Twitter, testei bastante o princípio da reciprocidade ("você me segue, eu te sigo"). Enfim, ciência pura ;-)

Como o Brasil ainda não sabe se vai para uma linha mais restritiva ou liberal, com relação ao uso da Web, me antecipei e apaguei tudo.

Foi uma pena. Deveria ter repassado o material para algum estudioso. Mesmo dando o nome de Schyzo para o meu perfil de teste, vieram centenas - eu disse centenas - de mensagens do tipo: "Que legal que você aceitou o meu convite"; "qualquer hora vamos nos encontrar"; "temos os mesmos interesses"; "você tem um amigo por aqui"; "te espero aqui no Rio"; "como eu posso ajudá-lo?"; etc. Baseado no princípio da reciprocidade, o Schyzo conquistou muito mais "amigos" do que eu.


Foto: Desde que mudei de Lyon, quando retorno a cidade, costumo ficar hospedado nos arredores da antiga estação de trem de Brotteaux, que hoje abriga diversos restaurantes.

Thursday, October 8, 2009

Twitter

Estou tuitando há pouco mais de um mês. Entrei no Twitter como mero observador, mas é difícil ficar só assistindo. Depois de uma semana, já estava espalhando meus tweets, seguindo diversos serviços de informação e vários amigos.

A idéia do microblog é genial. Descontando-se os abusos, ou seja, aqueles que tuitam em excesso ou colecionam seguidores, o conceito chegou para ficar. Eu já mudei a maneira de consultar a Web. Antes, surfava aleatoriamente por alguns sites. Hoje, sigo as recomendações dos colegas, através dos seus tweets. Enfim, vou aos sites que foram indicados. A seleção é feita por amigos e colegas e não por um robot.

A oportunidade de se fazer um chat múltiplo e aberto também é interessante. Sintetizar tudo em até 140 caracteres é um belo desafio.

O lado mais idiota do Twitter é seguir as estrelas da Globo ou colecionar seguidores. Não é necessário muito esforço para colecioná-los, existem artifícios para tal. Eu fiz um perfil falso para testar. Baseado no simples princípio de reciprocidade (eu te sigo, você me segue), consegui arrebanhar centenas de seguidores. Provavelmente, eles não darão a mínima para o que "eu" escreva. A recíproca é verdadeira.

O Twitter está infestado de perfis falsos, criados de forma automática, geralmente a serviço da indústria do sexo e de outros pilantras. Quem conhece a Internet, já está acostumado.

Do lado infeliz desta experiência destaco que entrei no jogo Mobster World, que não é um vírus, mas funciona como tal, espalhando tweets para todos seguidores. Mais estranho foi o “phishing” no Blogger, onde mostro os tweets mais recentes.

Se o Twitter vai balançar o Google, a Microsoft ou o Facebook é uma outra história. Sem dúvidas, todos eles vão aprender e incorporar conceitos do Twitter. Por enquanto, nós vamos tuitando!

Foto: Duas fotos em Omaha Beach. Abaixo, a visão geral da praia. Acima, um dos diversos memoriais. Omaha Beach é uma praia comum. Mesmo no verão, não se parece nada com uma praia disputada do litoral norte paulista ou do Rio. Bem, no dia 6 de junho de 1944, ela estava um pouco diferente. Clique aqui para ver a foto histórica.

A conjugação do verbo tuitar foi sugerida por Gilson Pessoa.