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Saturday, May 30, 2009

Nuke Ban 3

Afinal quem precisa de bomba atômica como recurso de dissuasão? Com um pouco de boa vontade e uma boa negociação, o banimento das armas nucleares não parece inatingível. Ninguém precisa delas! Neste post, falo de uma muito sintética dos problemas mais complexos.

O Paquistão tem uma excelente oportunidade para aprender que o seu maior inimigo não é a Índia. Ele está dentro de casa. Os progressos da Índia em muitas áreas são inegáveis. Que tal uma competição pela prosperidade? Se o exemplo vier do Ocidente, uma boa negociação poderá superar uma das rivalidades mais fortes e cruéis do mundo.

A encenação de Ahmadinejad é gritante e o discurso anti-israelense é puro oportunismo. Mais do que uma barganha, o Irã quer restabelecer uma histórica hegemonia persa. O Ocidente não pode reclamar, pois a provocação iraniana começou como oposição ao mundo árabe, numa época em que Saddam Hussein era o queridinho dos EUA e da Europa. Saddam ganhou até uma usina nuclear da França, providencialmente destruída por Israel. O Irã não precisa de bomba, precisa de diálogo e democracia. Obama só não pode dormir no ponto, pois a economia mundial para, mas o plano nuclear do Irã não para.

A sofrível campanha israelense contra o Hezbollah mostrou que as dificuldades do país são de outra natureza. Foi-se o tempo em que tanques, aviões e tropas bem treinadas resolviam qualquer problema. A maioria dos paises árabes já não representa ameaça direta. Para que serve a bomba israelense senão estimular outros a embarcarem na mesma aventura? O que adiantaria retaliar com armas nucleares uma grande metrópole árabe densamente povoada e com infra-estrutura precária? Acho que Israel deveria dar o exemplo e renunciar unilateralmente às armas nucleares.

Talvez o último país a aceitar o banimento das armas nucleares seja a China. As ambições chinesas são totalmente desmedidas. São imperialistas, monopolísticas, autoritárias, vingativas, etc. A China fará os EUA do último século parecerem uma associação filantrópica.

Encerrando esta série de posts, depois que os líderes mundiais colocarem a economia de volta nos trilhos, que o “total nuke ban” seja uma prioridade. Antes que seja tarde.


Foto: A última imagem de Genebra, a estátua “La Bise”, de Anorld Koenig, também enfeitando o lago Léman.

Thursday, May 28, 2009

Nuke Ban 2

Kim Jong Il está furioso. Perdeu o Oscar de melhor ator. Perdeu Cannes também.

A maior preocupação da Europa e dos EUA não é o uso de armas nucleares diretamente pela Coréia ou Paquistão, mas que essas caiam em mãos terroristas, com os quais não haja nenhuma possibilidade de conversa. Vejam como é difícil retaliar a Al-Qaeda!

Mais do que nunca, as armas nucleares se tornaram um grande mico. Sem a bipolarização EUA/URSS e com a Europa unificada, elas perderam o sentido. Restam algumas situações particulares: Israel, Índia/Paquistão, China e Irã. Vamos discutí-las nos próximos posts.

Obama está certo quando restabelece o diálogo com todos os envolvidos. Nunca é tarde para se propor o banimento das armas nucleares. Afinal, isto é promessa de campanha. Vejam o discurso do então senador Obama no link abaixo:

Obama to Urge Elimination of Nuclear Weapons (New York Times, 2/10/2007)

 

Foto: Famoso edifício de Genebra, a Maison Royale, de frente para o Lago Léman.

Wednesday, May 27, 2009

Nuke Ban 1

Haja paciência com a Coréia do Norte! Quando as coisas pareciam estar bem encaminhadas, um grande retrocesso. A Coréia testa mais uma bomba nuclear, lança mísseis na direção do Japão e desafia a comunidade internacional.

Alguns países desenvolvem programas nucleares como instrumento de barganha. Obama, bem intencionado, tenta restabelecer o diálogo com dois deles: Coréia e Irã. Mas é preciso ter muito sangue frio para continuar negociando. Os japoneses e os sul-coreanos, alvos potenciais da loucura norte-coreana, que o digam. Os republicanos devem estar achando graça.

A comunidade internacional tem que apertar o cerco à Coréia, impondo represálias mais duras. Não há muito mais a ser feito. Porém, é bom ficar atento, pois nem sempre o diálogo resolve todos os problemas. A história recente mostra que a tirania não tem limites.


Foto: Um dos parques à margem do Léman, em Genebra, cenário de caminhas e corridas durante esta agradável viagem.