Friday, July 10, 2020
Ilustre desconhecido
Monday, July 28, 2014
Ursos
A dinâmica das manifestações segue aquele velho modelo: um punhado de pessoas com uma causa, um monte de desocupados e uns arruaceiros. Tudo articulado pela extrema esquerda. Até os socialistas com algum bom senso (sim, eles existem) estão chocados com o desenrolar dos fatos. Afinal, os insultos e agressões à comunidade judaica francesa não são nada republicanos.
Apesar dos inúmeros conflitos tão ou mais letais do que Gaza, por que eles não despertam qualquer mobilização? Para alguns articulistas entre o centro e a direita, Israel representa um inimigo comum de uma geração de fracassados a procura de uma causa. Os comunas viram seu modelo sucumbir e os desempregados da periferia não conseguem se colocar na economia. Dentre eles, muitos descendentes de imigrantes, muçulmanos que perderam suas raízes.
Indo da França para o Brasil, não pude deixar de reparar nas notícias publicadas nas redes sociais e seus respectivos comentários. Seria muito bom se fossem comentários de verdade: tentativas de melhor compreender o conflito, perguntas aos estudiosos ou até mesmo sugestões para se resolver o conflito. Entretanto, há muita baixaria.
Qualquer pessoa com um mínimo de bom senso quer a paz ou, pelo menos, uma trégua. Acho razoável e aceitável simpatizar com um dos lados, desde que o outro não seja ignorado. Expressar a opinião e argumentar é parte do jogo democrático. Entretanto, quando tantos opinam sobre um problema tão complexo, erros históricos, simplificações exageradas e arbitrariedades estão por todos os lados. “Faz parte!”
Acho lamentável o comportamento dos incontáveis “humanistas de última hora". São aqueles que estiveram quietos diante dos demais conflitos do Oriente, da questão da Ucrânia ou até mesmo da tragédia social brasileira. Hibernavam. Basta o conflito israelo-palestino entrar para o noticiário, que eles acordam esbravejando e expressando seu ódio. Não estou falando de muçulmanos nem de comunas. Esse sentimento tem nome e não é humanismo nem pacifismo.
Foto: Mais um detalhe do Guggenheim de Bilbao. A silhueta deste blogueiro é visível no reflexo ;-)
Saturday, May 30, 2009
Nuke Ban 3
Afinal quem precisa de bomba atômica como recurso de dissuasão? Com um pouco de boa vontade e uma boa negociação, o banimento das armas nucleares não parece inatingível. Ninguém precisa delas! Neste post, falo de uma muito sintética dos problemas mais complexos.
O Paquistão tem uma excelente oportunidade para aprender que o seu maior inimigo não é a Índia. Ele está dentro de casa. Os progressos da Índia em muitas áreas são inegáveis. Que tal uma competição pela prosperidade? Se o exemplo vier do Ocidente, uma boa negociação poderá superar uma das rivalidades mais fortes e cruéis do mundo.
A encenação de Ahmadinejad é gritante e o discurso anti-israelense é puro oportunismo. Mais do que uma barganha, o Irã quer restabelecer uma histórica hegemonia persa. O Ocidente não pode reclamar, pois a provocação iraniana começou como oposição ao mundo árabe, numa época em que Saddam Hussein era o queridinho dos EUA e da Europa. Saddam ganhou até uma usina nuclear da França, providencialmente destruída por Israel. O Irã não precisa de bomba, precisa de diálogo e democracia. Obama só não pode dormir no ponto, pois a economia mundial para, mas o plano nuclear do Irã não para.
A sofrível campanha israelense contra o Hezbollah mostrou que as dificuldades do país são de outra natureza. Foi-se o tempo em que tanques, aviões e tropas bem treinadas resolviam qualquer problema. A maioria dos paises árabes já não representa ameaça direta. Para que serve a bomba israelense senão estimular outros a embarcarem na mesma aventura? O que adiantaria retaliar com armas nucleares uma grande metrópole árabe densamente povoada e com infra-estrutura precária? Acho que Israel deveria dar o exemplo e renunciar unilateralmente às armas nucleares.
Friday, May 22, 2009
Sambando com Obama
O governo de Israel não quer sambar com Obama. Netanyahou bom sujeito não é; é ruim da cabeça e doente do pé. Sem problemas, Obama fica e Netanyahou vai embora logo.
Para os amigos de Israel, é duro ver esta coalizão de direita, arrogante e autoritária, que permite o agravamento do isolamento do país. Obama e Hillary foram elegantes. Pelo menos em público.