O G20 acabou. O pacotão para recuperar a economia mundial é o mínimo que poderíamos esperar. Há um conjunto auxiliar de medidas e promessas interessantes (fim dos paraísos fiscais, maior regulação do sistema financeiro mundial, etc). De fato, é o mínimo, mas não deixa de ser relevante. Quantas vezes os líderes mundiais se reuniram e não fizeram nada, além da boquinha comentada no post anterior?
Na Europa, até pouco tempo, falava-se da mudança total do sistema financeiro, inclusive do padrão dólar, como referência monetária internacional. Perceberam que não é algo tão simples. A mudança do discurso exigiu a encenação feita por Sarkozy e Merkel na véspera do G20, que exigiram o fim dos paraísos fiscais entre outros compromissos. Como se os EUA não estivessem engajados no mesmo objetivo. Quem enquadrou os bancos suíços recentemente? A maioria fala de um consenso histórico. Sem problemas, palmas para o Sarkô. Ele precisa.
A questão do dólar deve voltar mais cedo ou mais tarde, a menos que Obama dê sinais que seja um super-homem, acima de qualquer suspeita. O mundo confiou nos EUA nas últimas décadas, dando-lhe um "cheque em branco". Esta crise e a gestão Bush soam como uma confiança quebrada. De qualquer forma, a questão é complexa e ainda não apareceu nenhuma alternativa que agrade os troianos. Quem diria, gregos e troianos.
Foto: Garganta do Loire, na periferia de Saint Etienne, domingo passado. Com a temperatura em alta, saí a caça de um local para futuras sessões de canoa e caiaque.
No comments:
Post a Comment