Está decidido. Quase toda França vai continuar sem comércio aos domingos. Entre as poucas exceções, algumas áreas turísticas de Paris. Quem desperdiçaria milhões de euros trazidos por turistas perdulários? A briga entre os políticos é boa. A população continua dividida, com toda razão.
O aspecto mais evidente é que a abertura do comércio gera mais receitas, alimentando um círculo virtuoso. Pode ser verdade, ainda que muitos não acreditem. O segundo aspecto é a questão trabalhista. Regras complicadas somadas a sindicatos poderosos impossibilitam qualquer acordo. Na sociedade, há uma nítida sensação de exploração dos empregados que trabalham no domingo.
O terceiro aspecto, talvez o mais importante, é uma questão de valores. Na França, há uma leve aversão à sociedade de consumo e uma vontade de se manter um estilo de vida próprio, que tem no repouso semanal um dos seus valores mais caros.
Enfim, não abrir o comércio aos domingos parece algo atrasado. Parece, mas não é...
2 comments:
Aí discordo completamente. O aspecto mais importante é que fechar o comércio fora dos "horários comerciais" dificulta a vida doméstica. Fazer as compras tem um lado fútil, outro de entretenimento subcultural, e são esses os aspectos enfatizados pelos ideólogos de esquerda e direita, mas antes de tudo é uma necessidade como sabe quem vive fora da torre de marfim. Quem não tem criança em casa dá um jeito, quem não trabalha em tempo integral não percebe a dificuldade. Mas casais com crianças e empregos tem que em conciliar todos os horários, a menos que disponham de uma armada de empregados e aparentados. Nesse sentido os Estados Unidos estão muito a frente do Brasil e da maior parte da Europa. Se bem que a Europa não é homogênea, e no Brasil as feiras livres e os shoppings endinheirados dão um jeito de driblar as leis anti-família dos políticos e sindicatos.
Pait
Discorda do post ou dos franceses?
Abs
FB
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