A previsão de que o Brasil será a quinta economia do planeta pegou de vez. Tem muita gente repetindo. Não é preciso de um conhecimento matemático profundo para se chegar a esta brilhante conclusão. Trata-se de uma simples projeção.
Eu também torço para que o Brasil seja a quinta potência do planeta. E por que não a quarta, a terceira, a segunda ou a primeira? Tenho certeza que o Brasil chegará lá, só não sei quando.
2020? Impossível. 2030? Muito difícil. 2040? 2050? Bem, a partir daí, a coisa começa a ser mais razoável. Por trás das hipóteses mais otimistas, o Brasil continua crescendo continuamente num ritmo acelerado. Já os países europeus estagnariam ou teriam crescimento muito modesto. Claro que é possível, mas é um cenário extremo. Todos os ciclos de crescimento brasileiros - pelo menos, aqueles que eu vivenciei - foram travados pelas deficiências de infraestrutura, repique inflacionário, câmbio, descontrole fiscal, etc.
Por outro lado, os países nórdicos não estão muito preocupados com o ranking do PIB. A Coréia está preocupada em ser a sexta potência? Também não. A gente sabe que o problema do Brasil não é o tamanho do PIB, mas a sua distribuição. Quando vejo o governo festejando a projeção um pouco ufanista, parece que voltamos no tempo. Naqueles tempos em que o lema era fazer o bolo crescer, para depois dividí-lo. Quem diria, hein?
Foto: Uma outra tomada do centro de Roussillon, na Provence.
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