Sunday, September 20, 2015

Circo

Domingo passado, fui a um espetáculo do Cirque du Soleil, em turnê por Bruxelas. Sou um dos inúmeros admiradores do grupo canadense. Além de gostar das exibições, fico impressionado com a performance empresarial da trupe. Quem diria que uma companhia circense pudesse faturar um bilhão de dólares?

O fato inusitado do show do último domingo não foi nenhuma novidade do mundo da acrobacia, do malabarismo ou da palhaçada. Vocês sabem que um errinho ou outro sempre aparece nos shows do Cirque du Soleil. Faz parte. Entretanto, dessa vez, o grupo de acrobatas falhou três vezes seguidas no mesmo número. Sim, três vezes. Ai que dó...

Vocês também sabem o que acontece nessas horas. A plateia fica ainda mais ligada aos artistas. Desperta-se uma incrível solidariedade. Os aplausos são muito mais intensos. Aplausos que significam muitas mensagens como valeu o esforço, continuem tentando, você merecem, comprendemos a dificuldade ou estamos com vocês.

É interessante como nem sempre os erros são encarados da mesma maneira. Tomemos, por exemplo, a Dilma, que não acerta uma, nem sem querer. Seus erros não despertam a menor compaixão. A cada dia que passa, ela fica mais detestável.

Pensei com meus botões nas razões dessa diferença, e aí vão algumas alternativas:

a) Porque ela erra demais e a gente não aguenta mais
b) Porque ela não trabalha no circo, mas faz a gente de palhaço
c) Porque os seus erros custam muito caro para nós
d) Porque ela nem é capaz de perceber os próprios erros  
e) E mesmo que percebesse, jamais os assumiria 
f) Pedir desculpas então, nem pensar! 

Não precisa escolher nenhuma alternativa. É um pouco de tudo. Fora Dilma!


Foto: O Museu da Confluência de Lyon, inaugurado em janeiro deste ano. O projeto arquitetônico audacioso é assinado pelo escritório austríaco Coop Himmelb(l)au . As dificuldades técnicas da sua realização somadas às características do solo causaram um enorme atraso. Qualquer hora eu conto mais sobre isso.

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