Wednesday, May 7, 2025

O que há numa cor?



Quando vi a discussão em torno da cor da camisa da seleção brasileira, pensei comigo: o mundo desabando, e estão preocupados com isso?

Para mim, o futebol deveria ser tratado com o mesmo rigor que o governo aplica a qualquer empresa: como um mero contribuinte. Sem favores, sem regimes especiais, sem pejotização. E se um jogo danificar qualquer bem público, que mandem a conta aos respectivos clubes. Nesse sentido, podem usar o uniforme que quiserem. A gente até torce, mas faço questão que todo jogador, clube e empresário paguem seus impostos como qualquer outro cidadão.

A conotação política das cores pouco me interessa. Perdi qualquer preconceito quando fui a um jogo do time de rúgbi parisiense — que joga de cor-de-rosa. Pensando no futebol apresentado ultimamente pela seleção, sugeriria o marrom. Ou, mais diretamente: cor de merda — como sugere a imagem logo abaixo.

O ponto mais interessante dessa polêmica é o prisma da CBF e da Nike. Percebendo que o contexto político atrapalha (e muito) a venda da tradicional "amarelinha", decidiram lançar um produto que agradasse ao outro lado. Assim, o par de camisas — amarela e vermelha — poderia voltar a mirar um mercado mais compatível com o tamanho do Brasil.

Do ponto de vista mercadológico, faz sentido. Mas esse movimento tem um preço. Mais do que isso, colocar lenha nessa fogueira pode gerar desgaste para a marca. Se eu fosse a Nike, não criaria a vermelha — tiraria a amarela.


Link para artigo do Guardian sobre o tema


Imagens: Foto de cima — seguindo a sequência iniciada no último post — é do centro de Meissen (Alemanha), cidade célebre pela produção de porcelana. A imagem abaixo foi gerada por IA pelo Gemini.



1 comment:

Felipe Pait said...

A seleção devia usar a cor ínthians.

Cansei desse troço de copa. Boicotei as 2 últimas em ditaduras, a próxima é em ditadura, também não assisto. Agora só acompanho as Brabas.