Saturday, July 28, 2012

Hotel 2


2008 foi meu ano de hotel. Passei 80% das noites daquele ano fora de casa - à época, em Lyon. Já no começo de 2009, era "Platinum" e "Diamond" em vários dos quase inúteis programas de fidelidade das companhias hoteleiras.

Felizmente, foram viagens bem organizadas, com uma certa antecipação e duração média de uma semana. Digo isso, pois 80% das noites pulando de um hotel para o outro poderia estressar qualquer um.

Foi justamente no período 2008-2009, que experimentei três vezes a sensação de acordar e não saber onde estar. Abrir os olhos e não reconhecer o lugar. É estranho, mas não é ruim. Possivelmente, devo ter dormido muito bem. Como uma pedra.

Eram feriados, quando eu fugia para não ficar em Lyon, onde tudo fechava. Preferia aproveitar para conhecer algum canto da França ou da Europa. A sequência de viagens e o cansaço natural devem ter propiciado as condições para dormir daquela forma e levar alguns segundos a mais para reconhecer onde estava.

Precisaria de muitas páginas para contar momentos pitorescos passados em hotéis ao longo dos últimos anos. Como por exemplo:

- Um dia de poltergeist em Punta del Este: Em cerca de 20 minutos, queimaram-se duas luminárias, a TV e a fonte do meu computador. A essa altura, nem arrisquei a pegar o telefone para pedir ajuda.

- A sinfonia do amor em Londres: Não estava num motel, mas num classudo hotel londrino. E justo na noite na qual precisava dormir bem, os casais dos quartos vizinhos estavam inspiradíssimos e sonoros. Quarto da direita, quarto da esquerda e o de cima também. Pegar o telefone para reclamar? Não, isso é sacanagem!

- Dia de DSK às aversas em Paris: Foram vários, sobretudo em Paris. Naqueles poucos segundos exatamente antes ou depois do banho, quando estamos desprevenidos, o quarto é invadido por algum funcionário do hotel. Me lembro de três situações em que os invasores eram mulheres. O pior de tudo é que elas nunca mais ligaram nem mandaram e-mail... Snif... Snif...


Foto: Última tomada no Templo de Mármore de Bangkok.

1 comment:

Felipe Pait said...

Detesto hotel de cadeia, especialmente dessas cadeias que dão milhas. Sempre que possível, fico em hostel. Felizmente viajo pouco ;-)

Estou em S Paulo. Depois da feijoada, adormeci aqui em casa, no chão de lajota de pedra. Quando acordei, não sabia onde estava ;-)