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Wednesday, September 12, 2012
Londres 2012
Voltei. Apesar das facilidades tecnológicas, mal acompanhei as notícias do Brasil e não escrevi nenhum post. Estava conectado, mas nem tanto. Percebi que o julgamento do Mensalão avança devagar, porém as primeiras condenações são animadoras.
Estive em Londres entre os Jogos Olímpicos e os Paralímpicos. Foi mais ou menos intencional. Na minha terceira passagem pela cidade, quis aproveitar e conhecer um pouco mais. A relativa calma entre os dois eventos foi ótima. Além de tudo, fez um tempo muito melhor do que eu esperava: "Tempo firme com chuvas em pontos isolados". É bem verdade que, em algumas vezes, o ponto isolado era eu mesmo. Murphy 1 X 0.
Temendo o mau tempo, havia reduzido minha estadia em Londres e planejado alguns dias na Côte d'Azur. Foi uma tática para proteger as férias. Agosto na Côte é certeza de tempo bom. Quer dizer, era. Durante minhas férias, aconteceu uma inversão histórica. A França inteira com tempo bom e a Córsega e a Côte d'Azur sob tempestade. Murphy 2 X 0.
Como viajei de férias e também a trabalho por três semanas, levei uma mala avantajada. Malas pesadas chamam atenção da segurança e despertam a ira dos carregadores sindicalizados, que dominam os aeroportos europeus. As estatísticas podem consolar, mas desconfio de que o sumiço da minha mala por quatro dias não tenha sido casual. De qualquer modo, Murphy 3 X 0.
A viagem foi ótima e conheci muitos lugares, que comentarei mais para frente. Pelo menos, nas fotos que ilustrarão os próximos posts. Valeu muito a pena! Murphy 3 X 4.
Não é preciso dizer que fiquei impressionado com a preparação de Londres para os eventos esportivos. Fantástica! Se as instalações não são tão suntuosas como as chinesas, a integração do projeto olímpico ao planejamento urbano é notória. A cidade estava limpa, organizada e não faltavam voluntários tirando quaisquer dúvidas.
Um aspecto marcante é o peso dos Jogos Paralímpicos. Nos dias em que visitei as instalações esportivas, a organização estava adaptando a comunicação visual para os padrões exclusivos dos Jogos Paralímpicos. No parque olímpico, havia novos ensaios de desfiles ao som dos hinos nacionais. A imprensa inglesa dedicava diariamente páginas inteiras aos seus atletas paralímpicos. A cobertura dos dois eventos tinha a mesma intensidade.
Não sei se sempre foi assim, mas havia uma clara preocupação de se deixar as duas competições no mesmo nível. A proposta é mostrar que os Paralímpicos não são um sub-produto das Olimpíadas, mas um grande evento em si mesmo. Ou, como vi numa propaganda, é a competição dos verdadeiros heróis.
Foto: Última tomada nos arredores do "Templo do Buda de Esmeralda", em Bangkok.
Saturday, August 18, 2012
Mensalão
As Olimpíadas abafaram as fases mais chatas do julgamento do mensalão. O melhor começa nesta segunda-feira. Na última semana, consegui acompanhar algumas discussões e posso antecipar um intenso debate. As divergências entre o relator e o revisor são sinais da complexidade da matéria. Ficarei três semanas fora do Brasil, então deixo algumas poucas palavras sobre um assunto tão relevante.
Mesmo torcendo por uma condenação exemplar de todos os réus, entenderei se eles escaparem deste julgamento inocentados. Acho que a ideia de "pizza" não é apropriada nesse contexto. Por mais evidente que seja o crime cometido, prová-lo de forma definitiva é muito difícil. Ainda mais quando uma centena dos mais prestigiados advogados do Brasil estão do mesmo lado. São cem contra um!
A situação me lembra o clássico filme "Reverso da Fortuna", baseado na história real do envenenamento da esposa do milionário Claus Von Büllow. Condenado num primeiro julgamento, ele recorre a um dos ícones do Direito americano, Alan Dershowitz. Até mesmo o célebre advogado desconfiava de Claus. Porém, quando percebeu uma grave falha na acusação, não hesitou em defendê-lo. De graça.
O réu foi inocentado. Julgamentos justos estão entre os pilares da democracia. Por mais evidente que um crime possa parecer, não podemos nos deixar levar pela condenação prévia, pela manipulação ou pelo preconceito.
Voltando ao mensalão. O aspecto mais preocupante da não condenação é o sinal verde para operações desse tipo, que voltarão ainda mais sofisticadas. Afinal, o mercado financeiro é pródigo em criar soluções para disfarçar as mais "tenebrosas transações".
É por essas e outras que afirmo: O mensalão não é a doença em si, mas um sintoma. Pouco importa como se compra um deputado, se ele já chegou em Brasília para se vender. Então, depois do julgamento e independentemente do seu resultado, é preciso se discutir a reforma política.
Precisamos acabar com os partidos de ocasião, estabelecer a fidelidade partidária, discutir o financiamento de campanha, ampliar o ficha limpa, revisar o número de cadeiras de todo Legislativo e, mais importante, adotar o voto distrital.
Foto: O Grande Palácio abrigava a antiga sede administrativa (foto) do Reino do Sião, nome da Tailândia até 1932. O "Templo do Buda de Esmeralda" integra o mesmo complexo.
Monday, August 13, 2012
Notas Olímpicas 3
Ainda é muito cedo para se avaliar os resultados dos Jogos para a cidade de Londres. Certo é que a Grã-Bretanha mostrou que tinha um projeto olímpico, transformando-se numa potência esportiva. Vale notar que essa importante ascensão começou bem antes. Vejam a evolução do seu total de medalhas de 2000 a 2012: 28->30->47->65.
Jogos Olímpicos nem sempre dão certo. O exemplo grego é trágico. O país não digeriu o custo do investimento, não virou uma potência olímpica e tampouco transformou a sua capital. Não é fácil fazer algo pior do que Atenas 2004!
Os jogos de Barcelona 1992 não fizeram da Espanha uma campeã olímpica, mas alavancaram o progresso e o turismo da capital catalã. O renascimento de Barcelona através dos Jogos é um dos melhores exemplos de legado olímpico.
Como nem tudo é perfeito, houve um efeito social perverso. A valorização imobiliária acabou expulsando muita gente para a periferia. Se fosse no Brasil, as encostas do Montjuic estariam devidamente ocupadas ;-)
E os jogos do Rio em 2016?
Em termos esportivos, estamos no pior dos mundos. Melhoramos o nosso desempenho, passando de 15 para 17 medalhas. Porém, nesse período, nosso o governo colocou 100 milhões a mais no bolso do COB. Eu escrevi A MAIS! Aparentemente, o Irã, a Coreia do Norte e o país do Borat foram mais sábios.
Se o investimento em medalhas é duvidoso por si só, pior é gastar e nem obtê-las. A conversa entre Dilma e os dirigentes do COB não será das mais amistosas.
Fica a esperança de uma grande contribuição das Olimpíadas para o Rio de Janeiro. É claro que o investimento direto na infraestrutura da cidade é um real benefício, o difícil é alavancar os bilhões que vão para o circo olímpico. Deixo a reflexão para o leitor.
Foto: Outra tomada do conjunto do "Templo do Buda de Esmeralda" em Bangkok, Tailândia.
Saturday, August 11, 2012
Notas Olímpicas 2
As Olimpíadas dominaram as conversas dos últimos dias. O espetáculo grandioso, a beleza do esporte e a nossa torcida ofuscam quaisquer outros assuntos, até mesmo o julgamento do mensalão. Entre tantas discussões, uma se destaca: Afinal, os brasileiros amarelam mais do que os outros?
Para explicar a percepção de amarelada geral, poderíamos recorrer às mais sofisticadas teses sociais e antropológicas, a um certo complexo terceiromundista (complexo de vira-lata, para alguns). Porém, acredito que seja muito mais simples do que isso.
Todo mundo amarela: Americanos, chineses e ingleses. A diferença é que os americanos e chineses possuem tantos aspirantes às medalhas, que os fracassos passam batidos. Nós, brasileiros, temos apenas uma dúzia de favoritos. E, é claro, seus eventuais insucessos pesam muito. Num ambiente extremamente competitivo, isso é natural. Um mínimo detalhe pode roubar a vitória de alguém que tanto se dedicou para aquele momento.
Bolt não costuma amarelar, por que é muito melhor do que seus concorrentes. Mesmo assim, queimou a largada no Campeonado Mundial e saiu sem nada nos 100m. Federer e Sharapova foram surrados pelos seus adversários nas finais individuais de tênis. Amarelaram?
Enfim, é muito mais uma questão de expectativas do que um acovardamento generalizado da classe esportiva nacional. Torça pelo Brasil, mas com moderação!
Foto: Nova tomada do conjunto do "Templo do Buda de Esmeralda" em Bangkok, Tailândia.
Thursday, August 9, 2012
Notas Olímpicas 1
A organização dos Jogos Olímpicos londrinos é notável. Assistí-los pela TV tem sido muito bom. Em tempos de HD e vários canais simultâneos, a experiência de acompanhá-los melhorou muito: Um festival de tomadas diferentes, câmera lenta e muitos outros recursos técnicos. Imperdível!
Pensando nos Jogos em si e considerando o esporte como um eixo de confraternização universal, acho que poderíamos melhorar as próximas edições. Pela paz e pela sustentabilidade.
Aí vão minhas reflexões:
1) Sustentabilidade: É uma exigência básica para os dias de hoje. Significa deixar de fazer elefantes brancos que ganhem prêmios de arquitetura, mas construções que propiciem economia de energia, maximizando a iluminação e a ventilação natural. Dar preferência às cidades médias e não às megalópoles, permitindo uma melhor integração das sedes dos Jogos com os núcleos urbanos, sem o risco de colapso do transporte público. Zerar as emissões de carbono, considerando-se o deslocamento de todo público (não vale plantar árvores na Guatemala para compensar). Ideias não faltam.
2) Artes Marciais: Sei que o tema é polêmico. Meu saudoso "sensei" sempre enalteceu os valores espirituais do judô e eu acreditava piamente. Porém, confesso que não vejo nenhuma graça nesse jogo de agarra-e-solta-quimono que é o judô olímpico. Ainda assim, é melhor do que o chuta-chuta do taekwondo. Eu suprimiria todas as lutas das Olimpíadas: Judô, taekwondo, boxe, luta livre e greco-romana. Eu sei que são tradicionais, que têm toda uma tecnicidade, que são voltadas à defesa pessoal, que envolvem valores espirituais, etc, etc. Mas, em nome da era de Aquário, que caiam fora.
3) Quadro de Medalhas: A ênfase dada no quadro de medalhas não é muito compatível com o espírito olímpico. Devemos celebrar os melhores atletas, mas não fazer uma competição entre nações. Montar fábricas de medalhas não é difícil, basta desviar dinheiro da saúde e educação para o esporte. É só percorrer o quadro de medalhas, que vemos alguns países de terceira categoria fazendo "mais bonito" do que o Brasil. Uma nação deve permitir que seus cidadãos tenham pleno acesso ao esporte, como meio de saúde, recreação e educação. Medalhas não são nem meio nem fim.
4) Fair play: Os Jogos de 2012 estão chegando ao fim e o doping não roubou a cena. O COI certamente vai comemorar, mas fica uma leve desconfiança de que há novas técnicas por aí. O mais importante é manter a determinação de se combater o doping bem como todas as manipulações anti-esportivas. Em nome do fair play, deve-se aplicar penas cada vez mais rigorosas aos atletas e às delegações. A desclassificação sumária de oito jogadoras de badmington da China, Coreia e Indonésia foi excelente.
Foto: O templo mais importante de Bangkok é o "Templo do Buda de Esmeralda" (Wat Phra Si Rattana Satsadaram), um conjunto de prédios magníficos que ilustram este e os próximos posts.
Saturday, July 28, 2012
Hotel 2
2008 foi meu ano de hotel. Passei 80% das noites daquele ano fora de casa - à época, em Lyon. Já no começo de 2009, era "Platinum" e "Diamond" em vários dos quase inúteis programas de fidelidade das companhias hoteleiras.
Felizmente, foram viagens bem organizadas, com uma certa antecipação e duração média de uma semana. Digo isso, pois 80% das noites pulando de um hotel para o outro poderia estressar qualquer um.
Foi justamente no período 2008-2009, que experimentei três vezes a sensação de acordar e não saber onde estar. Abrir os olhos e não reconhecer o lugar. É estranho, mas não é ruim. Possivelmente, devo ter dormido muito bem. Como uma pedra.
Eram feriados, quando eu fugia para não ficar em Lyon, onde tudo fechava. Preferia aproveitar para conhecer algum canto da França ou da Europa. A sequência de viagens e o cansaço natural devem ter propiciado as condições para dormir daquela forma e levar alguns segundos a mais para reconhecer onde estava.
Precisaria de muitas páginas para contar momentos pitorescos passados em hotéis ao longo dos últimos anos. Como por exemplo:
- Um dia de poltergeist em Punta del Este: Em cerca de 20 minutos, queimaram-se duas luminárias, a TV e a fonte do meu computador. A essa altura, nem arrisquei a pegar o telefone para pedir ajuda.
- A sinfonia do amor em Londres: Não estava num motel, mas num classudo hotel londrino. E justo na noite na qual precisava dormir bem, os casais dos quartos vizinhos estavam inspiradíssimos e sonoros. Quarto da direita, quarto da esquerda e o de cima também. Pegar o telefone para reclamar? Não, isso é sacanagem!
- Dia de DSK às aversas em Paris: Foram vários, sobretudo em Paris. Naqueles poucos segundos exatamente antes ou depois do banho, quando estamos desprevenidos, o quarto é invadido por algum funcionário do hotel. Me lembro de três situações em que os invasores eram mulheres. O pior de tudo é que elas nunca mais ligaram nem mandaram e-mail... Snif... Snif...
Foto: Última tomada no Templo de Mármore de Bangkok.
Tuesday, July 24, 2012
Hotel 1
Ontem, um dia depois de ter chegado da Europa, passei numa lavanderia paulistana para pegar um pacote de roupas deixado uma quinzena antes. Sabia que deveria pagar R$ 56,80. Separei de antemão uma nota de cinquenta, uma de cinco e 1,80 em moedas. Mais tarde, no estabelecimento, a gentil atendente reagiu: "Sr., essas moedas são de euros!".
Tenho viajado muito. E, por falar em viagem, além de somar milhas, conheci muitos hotéis. Neste post, comento três problemas comuns, que encontro por aí.
1) Wi-fi
Qualquer espelunca oferece conexão wi-fi, o problema é a banda disponível para cada hóspede. Numa época em que facilmente conectamos até três aparelhos na rede do hotel, é preciso se rever os conceitos. Bons hotéis precisam de conexões poderosas. Já foi o tempo em que o serviço de acesso à Internet era um luxo, dirigido para executivos estressados ou nerds solitários. Hoje, é um serviço essencial.
Já vi hotéis que recebem convenções e eventos profissionais falharem nesse quesito. Aquela rede compartilhada por centenas de pessoas nos faz lembrar do já extinto acesso discado. Imperdoável! Mereceriam perder uma estrela!
Mesmo um hotel voltado ao turismo deve proporcionar uma conexão razoável. Tarefas como falar com a família pelo Skype, fazer check-in no próximo vôo ou buscar as informações sobre os locais a serem visitados são rotineiras.
Um dia (e esse dia está chegando) ainda pagaremos para ficar completamente desconectados. Será uma espécie de tratamento de choque contra o excesso de conectividade. Mas, não é o caso deste comentário.
2) Ar condicionado
Já encontrei muitos brasileiros na Europa questionando o funcionamento do sistema de ar condicionado em certos hotéis.
Começo esclarecendo que o gosto europeu pelo condicionamento é diferente do nosso e, sobretudo, dos americanos. É algo que varia de pessoa para pessoa, mas, em média, eles preferem ambientes com temperaturas bem mais elevadas, tanto no verão como no inverno.
Inúmeros hotéis, bem razoáveis por sinal, têm sistema único de aquecimento e refrigeração. Assim, no inverno, a tubulação espalha ar quente. No verão, ar frio. Sim, é só um de cada vez! E não adianta reclamar pois, em alguns lugares, a mudança quente/frio e vice-versa é feita apenas duas vezes por ano.
Outros hotéis são mais flexíveis. Basta pegar o gerente do hotel delicadamente pelo pescoço e gritar que não está pagando 200 euros por dia para dormir na sauna!
3) Check-out
As redes de hotéis brasileiras e europeias precisam copiar as americanas, que aboliram o check-out há tempos. Para ser justo, há umas poucas exceções.
Estou reclamando por 10 minutos de espera? Para mim, aqueles minutos em pé na hora de ir embora parecem uma eternidade. De qualquer modo, se o hotel pode fazer seu cliente ganhar esses minutos, então, por que não?
Foto: Ainda passeando pelo Templo de Mármore de Bangkok.
Sunday, July 15, 2012
Revista do Cinema S1/2012
Durante o primeiro semestre, comentei sobre “A separação” e “Jogos vorazes”. “The artist”,
vencedor do Oscar, esteve nos meus posts do ano passado.
Entre os dois filmes que homenageiam o cinema, “The artist” e “A Invenção de Hugo Cabret”, gostei mais do último. Fui ao cinema duas vezes para curtí-lo, pois raramente um filme em 3D é tão bom. Para quem gostou do filme, saiba que George Méliès é tema de uma mostra do MIS, em São Paulo.
Entre os dois filmes que homenageiam o cinema, “The artist” e “A Invenção de Hugo Cabret”, gostei mais do último. Fui ao cinema duas vezes para curtí-lo, pois raramente um filme em 3D é tão bom. Para quem gostou do filme, saiba que George Méliès é tema de uma mostra do MIS, em São Paulo.
Não vi
grandes filmes neste semestre, mas achei “Os descendentes” e “O exótico Hotel Marigold” bem razoáveis. O último filme de Woody Allen, “Para Roma, com amor”, é
muito pior do que seu anterior, “Meia-noite em Paris”, apesar do superelenco e da
própria presença do diretor.
Mudando
para o cinema francês. Só pude ver o blockbuster “Intouchables” (2011) no
começo deste semestre. Entra na esteira
dos sucessos franceses pouco exportáveis (“The artist” é uma história à parte).
É notável abocanhar 20 milhões de
entradas num país de 65 milhões de habitantes. O filme é baseado numa história real sobre
a relação de um empresário tetraplégico e seu acompanhante faz-tudo de origem
humilde. Uma comédia dramática, como diz
a crítica.
A cadeira de
rodas também foi a estrela do filme francês que balançou Cannes, “De rouille et d'os”. Este sim, muito mais dramático e com show de interpretação de Marion
Cotillard. Recomendo para quem gosta da atriz e do cinema francês. Caso
contrário, fique com a comédia.
Estou
botando mais fé no próximo semestre. Teremos o remake de “Total Recall”, o “Hobbit”
de Peter Jackson e “Les Misérables”. Também tem novos Batman e 007. Para
fechar, o vencedor da Palma de Ouro, “Amour” de Michael Haneke. O diretor austríaco
não faz filmes tão chatos como a maioria dos premiados em Cannes.
Foto: Mais
uma tomada do complexo que inclui o Templo de Mármore de Bangkok. O céu pode
estar meio cinzento, mas a temperatura passava dos 35.
Tuesday, July 10, 2012
Bangkok
Assim como no último post, ilustratrei os próximos com fotos dos templos de Bangkok visitados no final de junho. Também estive numa cidade balneária da Tailândia, mas sem grandes fotos. Estou numa intensa sequência de viagens até o início de setembro. Espero que, pelo menos em agosto, uma dessas viagens seja de férias. Enfim, minha viagem à Tailândia foi centrada numa convenção, sem Phuket nem Koh Lanta.
Nem por isso foi ruim. Nossos anfitriões garantiram uma semana plena em termos gastronômicos e de entretenimento. Entre alguns restaurantes turísticos e outros mais locais, foi excepcional. Apesar de ter frequentado restaurantes tailandêses algumas vezes, não imaginava que me daria tão bem almoçando e jantando aquela comida especialmente saborosa todos os dias. Quando no Extremo Oriente, siga o conselho: Coma tudo e, só depois, pergunte o que era. Ou nem pergunte. A semana foi 100% thai. Bem, é verdade que tomei alguns sorvetes. Ninguém é de ferro!
Para compensar as calorias, deu para malhar bastante. Com a diferença de fuso horário, acordava muito cedo. Ao invés de ficar rolando na cama, levantava e começava o dia, nem que fosse às 4 da manhã: Ler os e-mails do Brasil, corrida na praia, malhação na academia, banho, um bom café da manhã, etc. Parece óbvio, mas eu mesmo já insisti muito em tentar dormir em viagens anteriores.
Bangkok serviu para reviver o caos paulistano. Os templos são lindos, mas o resto... Congestionamento, rio imundo, viadutos cortando a cidade, inúmeros shoppings e uma infinidade de novas construções. A relativa "prosperidade" impressionava ao mesmo tempo que descobríamos outros aspectos da sociedade local.
As aventuras de táxi e tuk-tuk foram hilárias, com os motoristas fazendo de tudo para ganhar comissão de algumas lojas. Um deles, percebendo que estávamos lá para conhecer e não para comprar, simplesmente nos abandonou. Para falar a verdade, cansei de ficar "negociando" com esses motoristas. Também cansei de tirar os sapatos para visitar os templos.
Muita gente quer tirar uns bahts a mais quando vê um branquela ocidental boquiaberto. O consolo é que, mesmo sendo roubado, ainda sai barato. E, como diz a propaganda, conhecer um país tão diferente não tem preço.
Foto: O mesmo templo de mármore do post anterior, visto de fora. No post anterior, a tomada foi feita do seu páteo interno. (Wat Benchamabophit)
Saturday, July 7, 2012
Oxymoron
Entre correntes e modismos que surgem no Twitter, alguns são interessantes. Os 140 caractéres propiciam muita prosa, poesia e bom jornalismo. Muitos americanos escreveram tweets dignos de nota utilizando o recurso do oxímoro. Oxímoro?!
A Wikipedia responde: Oxímoro ou oximóron ou paradoxismo é uma figura de linguagem que harmoniza dois conceitos opostos numa só expressão, formando assim um terceiro conceito que dependerá da interpretação do leitor. Trata-se duma figura da retórica clássica.
Nos últimos dias, coletei alguns tweets com este recurso de linguagem:
- I have a twin brother; he's identical, but I'm not.
- Tweeting about "unplugging" is an oxymoron.
- My aim in life is to die young when I'm very old.
- Dad, thanks for always helping me out financially, so I can focus on being independent.
- Depressing oxymoron: "Please print out your e-ticket".
- Clean politics is perhaps an oxymoron.
- Stop using the phrase "God particle" in physics articles. It's trite, annoying, and an oxymoron.
- A transition plan for Syria that leaves Assad in place is an oxymoron.
Google's top references for "oxymoron":
- Military intelligence
- Rap music
- Business ethics
- Microsoft Works
Há oxímoros politicamente incorretos, mas há também pura poesia, como destaca a Wikipedia, lembrando o soneto de Camões, "Amor é fogo que arde sem se ver".
Amor é fogo que arde sem se ver
É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer
É um não querer mais que bem querer
É solitário andar por entre a gente
É nunca contentar-se de contente
É cuidar que se ganha em se perder
É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence, o vencedor
É ter com quem nos mata lealdade.
Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade,
Se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Foto: Ainda tenho muitas fotos de Chicago separadas para este blog. Mas, para mudar de ares, vamos mostrar algumas da Tailândia, onde estive recentemente. Acima, o belíssimo templo de mármore de Bangkok (Wat Benchamabophit).
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