Monday, August 15, 2016

Olímpicas

Mais uma vez, aproveitei o verão europeu para tirar umas férias. Pela Europa Central, cruzei várias vezes com grupos da juventude católica, que foram ao encontro do Papa em Cracóvia. Ainda mais frequentes foram os encontros com os grupos de turistas asiáticos. Tudo indica que um pouco do fluxo dedicado à Europa Ocidental foi desviado para lá, por conta do risco de atentados.

No meu celular tem um aplicativo de SOS com números de emergência e alertas específicos para cada país. O aplicativo usa a geolocalização para saber quando estou num novo país. Cada vez que entro na Bélgica, Brasil ou França, recebo inúmeras advertências. Na Croácia, Eslovênia e Hungria, nenhum alerta. Portos seguros para as férias.

Nesses três países, entre um passeio e outro, pude acompanhar os Jogos Olímpicos pela TV e jornais locais. Entendia tudo! ;-)

Esses canais locais concentram-se nos seus representantes e equipes, com algum espaço para as estrelas olímpicas (Biles, Bolt, Phelps, etc) e pouco espaço para fofocas. Enfim, muitos dos incidentes esmiuçados pela imprensa brasileira pouco repercutiram no exterior.

A câmera que cai, a piscina verde e os assaltos aos atletas ficarão no folclore olímpico. Se houve algum evento relevante, não tem nada a ver com o Brasil. Falo da posição do COI com relação à Rússia. Isso sim é um desastre. A gente já sabe como funciona o COI, faltam culhões e sobram milhões.

Passada metade da competição, o desempenho esportivo do Brasil é patético. Não que as medalhas sejam importantes, mas o dinheiro alocado para obtê-las faz disso um escândalo. Apenas mais um.

Espero mesmo que não haja nenhum incidente importante e que os próximos dias sejam de encantamento esportivo e organizacional. Assim como vocês, estarei torcendo pelo Brasil. E que consigamos resultados mais expressivos, muito provavelmente nos esportes coletivos.


Foto: Belle-Île-en-Mer, como o próprio nome diz, um belo refúgio na costa da Bretanha.