O mundo só fala do risco paquistanês. Espero que não tenhamos acordado tarde demais. Apesar das boa intenções de Obama e seus emissários na Ásia, o Paquistão é um caso especial, simboliza a complexidade do mundo. Talvez seja possível encontrar soluções negociadas para o Irã, a Coréia, a Síria e outros. No Paquistão, o máximo que se pode fazer é empurrar o problema com a barriga.
A Guerra do Afeganistão foi considerada por Obama como legítima ("right war"). Motivada pelo atentado de 11 de setembro, levou à invasão do país e a derrubada do regime talibã. A guerrilha com a facção islâmica continua. O pior resultado desta guerra começa a ser percebido pelo Ocidente. Os talibãs abandonaram o Afeganistão, uma sociedade tribal e primitiva, para conquistar adeptos no Paquistão, este sim, um país de verdade.
As evidências de conquistas talibãs no Paquistão estão por aí. O movimento encontrou um terreno fértil: Islã mais enraizado, superpopulação, pobreza, fome, o inimigo indiano jurado de morte e, mais importante, uma deliciosa cenoura para se correr atrás: O arsenal nuclear.
O Paquistão tem que ser a prioridade do Ocidente. Tomar o Afeganistão, um vazio cheio de fazendas de papoula foi uma resposta insuficiente para o 11 de setembro. Talvez fosse imprevisível. Pouco importa, pois a guerra do Afeganistão é um desastre. Os bilhões de dólares lá despejados só serviram para resgatar o abastecimento de heroína do planeta. Vai ver que este era o real motivo da guerra e não nos avisaram.
Foto: Faltava uma foto mais clássica de Londres, então lá vai o Parlamento e o mais famoso de todos os relógios.
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