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Monday, February 25, 2013

Depois do Oscar


Além da revista semestral, meu último post de cinema foi sobre Argo. À época, sem ter assistido aos demais candidatos ao Oscar, disse que o filme estava com a taça na mão. De fato, Argo e Amor arrebataram todos os grandes prêmios internacionais, numa rara convergência.

Graças à sensível melhora na distribuição dos filmes no Brasil, que chegam cada vez mais rápido, consegui assistir a todos os candidatos ao Oscar de melhor filme antes da premiação. No título original: Amour, Argo, Beasts of the Southern Wild, Django Unchained, Les Misérables, Life of Pi, Lincoln, Silver Linings Playbook e Zero Dark Thirty.

Sem dúvidas, são nove bons filmes, mas nenhum é excepcional. Se ainda estiver inspirado para falar sobre cinema, volto em breve com um post sobre o filme Amor. Reconheço os méritos do filme, mas não gosto muito do tema.

Apesar de tantas atuações marcantes, faltam boas histórias. Uma linha sobre cada filme:

Amour - Interpretação esplendorosa do casal de atores veteranos.
Argo - Se fosse ficção, seria um delírio hollywoodiano.
Beasts of the Southern Wild - Uma visão dos EUA bem incomum.
Django Unchained - Just for fun!
Les Misérables - Como é bom relembrar aquelas músicas!
Life of Pi -  Só vale pelas imagens deslumbrantes.
Lincoln - É dos poucos que nos faz pensar: Política e democracia.
Silver Linings Playbook - Veremos os "louquinhos" com outros olhos.
Zero Dark Thirty - Será que o Bin Laden morre no final?!

Se você quiser ver algo diferente dentro dessa lista, fique com Beasts of the Southern Wild (Indomável Sonhadora). Um filme fora dos padrões de Hollywood, daqueles gravados com câmera na mão, que é lindo e original. Também conquistou muitos prêmios pelo mundo.

Este post foi escrito domingo à tarde. Só não publiquei antes da premiação por que a NET estava fora do ar lá em casa. 


Foto: Outra tomada nas ruelas de Saint-Paul deVence, na Provence.

Friday, October 22, 2010

É o amor!

Pense rápido e cite cinco filósofos brasileiros. Que tal três? Dois? Um? Se você não se lembrou de ninguém, não fique envergonhado. O Brasil não é a França, que festeja seus filósofos, como já havia comentado em 01/03/10. Também citei Bernard-Henri Lévy (BHL), o filósofo mais popular da atualidade, algumas vezes.

O assunto deste post é Luc Ferry, outra estrela da filosofia 'pop' francesa. Ao contrário de BHL, Luc joga no time do Sarkô, sendo um dos intelectuais mais prestigiados da direita. A novidade da semana é o lançamento do seu livro "A revolução do amor". Não lerei o livro, mas tive a oportunidade de assistir uma longa - e excelente - apresentação do autor, durante a cerimônia de aniversário da ADIRA, a associação dos dirigentes de informática de Rhône-Alpes (região que tem Lyon como capital). Pelo que eu pude pesquisar no Youtube, ele vem repetindo o discurso há algum tempo.

Luc Ferry é de um otimismo peculiar. Afirma que vivemos (os europeus) num momento muito especial da História, onde o amor do Homem pela própria vida bem como a vida dos seus entes queridos nos lança numa nova era de humanismo. Nem sempre foi assim.

Durante séculos, os casais formavam-se por inúmeros fatores, menos pela atração ou respeito mútuo. Os casais possuíam muitos filhos, nem sempre tão amados. A perda de um cavalo era um golpe mais duro do que a perda de um filho. O casamento por amor mudou tudo.

A partir do momento em que passamos a amar o cônjuge de verdade, também amamos os filhos e a família como um todo. Essa lenta transformação, colocando a família como peça central, muda a forma com que nos relacionamos com o Estado, a Religião e a Sociedade. Com a família mais sólida, passamos a procurar a justiça, a fraternidade e a verdade. O conceito de sagrado é outro.

Luc usa a acepção original de sagrado, ou seja, aquilo pelo qual estaríamos dispostos a nos sacrificar. Durante séculos, o sagrado foi reservado à Pátria, a Deus ou à Revolução. Hoje em dia, qual europeu está disposto a se sacrificar por tais abstrações? Felizmente, cada vez menos pessoas.


Fotos: Acima e abaixo, as duas tomadas laterais do magnífico castelo de Schönbrunn.