Monday, December 21, 2009
Vinum Nostrum
Sunday, December 20, 2009
Cop15
Wednesday, December 16, 2009
Bala perdida
Saturday, December 12, 2009
Revista do cinema - S2/2009
Friday, December 11, 2009
Um post de merda
Tuesday, December 8, 2009
Trem bão
Como assíduo usuário de trens de alta velocidade, faço os seguintes comentários:
1 - Falam em 8 estações. Quero crer que as estações sejam usadas de forma alternada. Ou seja, alguns trens param em São José, outros em Taubaté, outros em Resende, mas nunca mais de duas paradas por viagem. O que adiantaria um super trem que viaja a 350 km/h fazendo tantas paradas? A viagem Lyon-Paris passa por muitas estações, mas o trem vai direto ou faz apenas uma parada. O custo de se acelerar ou desacelerar o gigante é enorme! Ainda no TGV, o trem desliga os motores a uns 50 km de Lyon: O resto da viagem é "na banguela".
2 - Falam em 2h de viagem. Considerando-se que a passagem do trem bala não será barata, pois a manutenção é caríssima, por que então abandonaríamos a ponte aérea? A opção Congonhas / Santos Dumont com meia hora de viagem e meia hora de espera no aeroporto ainda é bem melhor do que a alternativa Estação da Luz / Central do Brasil. A menos que o governo feche Congonhas em nome da sustentabilidade!
3 - O BNDES vai pagar a maior parte. Não tem como fugir disso. O investimento é pesadíssimo. Se vocês leram que a empresa que opera os trens franceses (SNCF) tem lucro, saibam que o investimento nas linhas férreas está em outra empresa (RFF), que possui dívidas monstruosas. A França sabe disso. Está consciente dos custos e dos benefícios de ter a maior malha ferroviária de alta-velocidade do mundo. A opção ferroviária é uma questão de Estado.
Foto: Saindo da Normandia, um passeio dominical em Lons-le-Saunier, cidade da Jura, região de Franche-Comté. O teatro mostrado na foto é uma das atrações da cidade natal de Rouget de Lisle, o autor da Marselhesa.
Monday, December 7, 2009
Home pit-stop 2
No vôo Paris-São Paulo, foi detectada uma pane no 777 quando sobrevoávamos Portugal. O piloto recebeu a instrução de voltar para Paris. A espera levou 24hs. Todos os demais vôos estavam lotados, não havia como redistribuir os passageiros.
O atraso de um dia pode atrapalhar muita gente. A grande maioria dos viajantes reagiu com calma absoluta. A única exceção foi uma francesa que subiu no palanque e começou a discursar contra tudo e contra todos. Como eu sei que a AF tem uma frota muito bem mantida e esse tipo de evento tem acontecido com mais frequência, concluo que eles apertaram seus critérios de segurança. Como compensação, recebi um pacote generoso de milhas e a seguinte explicação da companhia:
"Uma falha em alguns visores da cabine de comando foi detectada durante o vôo, situação esta que levou o Comandante de Bordo, em conformidade com as regras de segurança em vigor, a retornar ao aeroporto de Charles-de-Gaulle a fim de que pudéssemos efetuar as verificações técnicas. Com efeito, sua segurança é nossa maior prioridade. Vimo-nos, desta forma, na necessidade de adiar a partida de seu vôo para o dia seguinte."
Foto: O castelo renascentista de Fontaine-Henry é um dos mais antigos e importantes da Normandia. A aparência atual é fruto da reconstrução do século XVI e alguns ajustes mais recentes. A família Tilly e seus descendentes ocupam a propriedade há cerca de mil anos!
Saturday, December 5, 2009
Home pit-stop 1
Como visitante, tenho feito grande parte dos meus deslocamentos de táxi. Ainda bem, pois indo pela faixa de ônibus, consigo salvar algumas boas horas. A última sexta-feira de novembro foi inesquecível. Fiz uma viagem Faria Lima-Berrini (trecho de 3km) em 90 minutos. Não foi pior por que eu abandonei o táxi e continuei caminhando. Sexta-feira à tarde com chuva e show do AC/DC só poderia dar nisso. Saudades da França!
Foto: Outra tomada das belíssimas falésias de Etretat.
Sunday, November 22, 2009
O pestinha
Thursday, November 19, 2009
Entre taças e copas
Wednesday, November 18, 2009
Sushina
Saturday, November 14, 2009
Corridinha invernal
Thursday, November 12, 2009
Sarkô e as suas negas
Sunday, November 8, 2009
Pink Waterman
Saturday, November 7, 2009
Palma de Ouro
Thursday, November 5, 2009
Égalité
Sunday, November 1, 2009
Bayeux
Thursday, October 29, 2009
Revoluções
1) Separamos o lixo: Na França, a reciclagem está a caminho dos 70% do lixo total, um índice bem razoável. Depois que me acostumei a separar o lixo, fica difícil jogar uma garrafa PET e casca de banana no mesmo cesto. Para evitar aqueles comentários irônicos do meu post “Saco!”, as coletas do lixo comum, do reciclável e do vidro são independentes. Perfeito! Só não descobri aonde jogo as lâmpadas incandescentes.
2) Não precisamos mais possuir as coisas: Fenômeno mundial de transformação de certos produtos em serviços. A tendência é forte em tudo que é relacionado à tecnologia da informação e conhecimento, mas vai se replicando para outros setores da sociedade. Exemplo recente são as bicicletas públicas das cidades francesas: Pega-se numa esquina e deixa-se em outra.
3) Não vivemos sem conexão: Seja via celular ou micro, não dá para abrir mão do e-mail, SMS, redes sociais, etc. Existem 1,1 bilhão de pessoas conectadas à Internet. Ainda falta muita gente, mas isso já é 95% do PIB do planeta.
4) Largamos a TV: Pelo menos, na França, a audiência caiu brutalmente. Não faltam opções e, de alguma forma, o fenômeno está ligado ao item anterior. Considerando que todas as TVs do mundo estão sujeitas a uma certa manipulação, é uma vitória democrática.
5) Queremos tudo de graça: Eu até concordo com a tendência, mas talvez escrevesse de outra forma. A verdade é que quase ninguém tem pago por música. Muita gente não tem pago por filmes. E, logo mais, com a popularização dos leitores eletrônicos, não vão pagar por livros. E o jornalista do Le Monde que escreveu isso vai perder o empreguinho dele. O mundo está buscando um novo modelo de comercialização e remuneração do conteúdo cultural.
6) Largamos o carro: Só na Europa! A combinação de medidas que punem o uso do carro (e.g. pedágios urbanos) com o transporte público que funciona faz com que o carro seja um mico. Não é incomum encontrar europeus que não sabem dirigir. Quanto às Américas, ainda tem muito chão pela frente.
7) Comemos de maneira diferente: O governo francês promove o consumo de frutas e legumes. Ainda tem os produtos orgânicos, cuja oferta não para de crescer. Enfim, acho que é uma tendência mundial, mas andando em ritmos diferentes através do mundo.
8) Não enchemos mais o carrinho do supermercado: O hábito da grande compra semanal ou mensal no hipermercado tem diminuído muito. Não é bem por causa da crise, mas por que o varejo de proximidade cresceu e aprendeu ser competitivo. Enfim, é mais pratico e ecológico comprar perto de casa, sem grandes filas, mesmo que duas ou três vezes por semana, do que ir até o Carrefour da periferia. Parece algo bobo, mas afeta o dia a dia de quase todos.
9) Compramos mais usados: A credibilidade do mercado de segunda mão foi restaurada pela Internet. Por que não?
10) Voltamos ao centro das cidades: Já com alguns anos, a atratividade dos centros urbanos é maior do que a periferia, onde ficam os grande bolsões residenciais. O transporte acaba pesando no bolso de quem vem de longe. A tendência é limitada pela própria disponibilidade de imóveis nos já caros centros das cidades européias.
Foto: Um cantinho no centro de Bayeux, às margens do Aure. A cidade normanda foi uma das poucas que saíram intactas da Segunda Guerra.